HOJE
Inteligência e intensidade
Por Liga Nacional de Basquete
Jogadas precisas e muito “sangue nos olhos”: veja os principais motivos que levaram o Flamengo a dominar o placar do início ao fim no Jogo 3 das Finais do NBB CAIXA
O Jogo 3 das Finais do NBB CAIXA 2015/2016 teve o Flamengo na ponta do placar durante os 40 minutos. Com a liderança nas mãos desde o primeiro lance da partida, a equipe carioca venceu o Paschoalotto/Bauru, por 89 a 84 e voltou a ficar em vantagem na série que definirá o grande campeão do maior campeonato de basquete do país.
Para ficar na frente o tempo todo e sair vencedor, o time comandado pelo técnico José Neto colocou em prática dois ingredientes especiais para o bom rendimento de uma equipe de basquete: “sangue nos olhos” e inteligência para selecionar seus arremessos. Com isso, a equipe fez algo inédito nesta série e ficou os 40 minutos na liderança, ao contrário do que ocorreu nos dois primeiros jogos em que os times se alternaram na ponta do placar.
“Nosso jogo foi o mesmo, só que usamos mais os contra-ataques. Nossa defesa funcionou muito bem e tivemos mais chances de jogar em transição. Isso fez a diferença, com certeza. Fora isso nós soubemos controlar o jogo e, mesmo com a reação do Bauru no fim, o que é normal em um jogo desse nível, ficamos com a vitória”, disse o ala/armador Ronald Ramon.
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“Todo o time foi muito importante. No começo do jogo nossos pivôs foram muito bem e abriram espaço para nós do perímetro. Tivemos um grande desempenho coletivo e todo mundo contribuiu de alguma forma”, completou o dominicano, que foi um dos destaques do Flamengo na partida, com 21 pontos, sendo 16 deles no segundo tempo.
Intenso desde o pulo-bola, o Flamengo colocou muitas dificuldades ao poderoso ataque do Bauru no duelo realizado neste sábado. Uma prova da forte defesa rubro-negra foi o baixo aproveitamento dos paulistas nas bolas de três pontos, com apenas seis arremessos certos em 30 tentativas (20%). Antes deste jogo, o aproveitamento dos bauruenses era de 38,5%, o melhor de toda a competição.
“A gente sabe que do outro lado está uma equipe de muita qualidade, então nossa postura não poderia ser outra. Em uma série de playoffs todo o detalhe é importante. Temos que manter o foco e continuar pensando somente no objetivo final”, analisou Ramon.
Aliado ao grande desempenho defensivo, o clube da Gávea também mostrou muita inteligência para atacar. Diferente do que aconteceu no Jogo 2, em que a equipe tomou algumas decisões precipitadas, os rubro-negros mostraram muita tranquilidade para pontuar e aproveitaram as “bolas boas” para construir a vitória ao lado de sua torcida.
Na derrota na última quinta-feira, o Flamengo teve aproveitamento de apenas 37,5% nas bolas de dois pontos, com 18 acertos em 48 tentativas. Já neste sábado, o cenário foi completamente diferente e os cariocas converteram 22 dos 37 arremessos de dois que tentaram (71,4%).
“Sempre fui favorável em ter um elenco. Sempre há dúvidas se um time quer ter sete jogadores para alguns terem mais confiança, ou se montam um elenco com dez. Eu sou a favor de ter um elenco grande. O esporte mostra que se você tem um elenco em uma modalidade coletiva a possibilidade de êxito é maior, pois não se pode pensar só em um jogo, e sim numa temporada. Se você tem um elenco a qualidade do treino é melhor e consequentemente os resultados aparecem mais”, analisou o técnico rubro-negro José Neto.