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LDB / Seleção Brasileira

Isso é LDB!

17-08-2017 | 06:56
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Oito dos 12 atletas que disputarão AmeriCup pela Seleção Brasileira passaram pela LDB; técnico César Guidetti também atuou na competição Sub-22

Agora juntos na Seleção, Guidetti, Lucas Dias e Georginho foram campeões da LDB 2015 pelo Pinheiros (João Pires/LNB)

Não há como negar que a LDB é um dos principais feitos do basquete brasileiro nos últimos anos. E a convocação da Seleção Brasileira para a disputa da AmeriCup 2017 (Copa América) comprova ainda mais a tese de que o campeonato de base criado em 2011 é uma “joia” criada pela Liga Nacional de Basquete.

Oito dos 12 atletas relacionados pelo técnico César Guidetti para o torneio continental disputaram a competição Sub-22, que já teve seis edições realizadas. São eles: Bruno Caboclo, Danilo Siqueira, Davi Rossetto, Georginho, Jimmy, Léo Meindl, Lucas Dias e Lucas Mariano.

“Eu sempre disse que a LDB é a melhor coisa que aconteceu no basquete brasileiro nos últimos anos. Não tenho dúvidas disso. A LDB veio para ser uma fonte inesgotável de jogadores. Existia uma lacuna muito grande entre a base e o profissional e a LDB atua exatamente nessa transição. Muitos jogadores que estão aqui conosco vieram da LDB. Acho que se a LDB não tivesse acontecido alguns poderiam nem estar aqui hoje”, disse Guidetti.

“A LDB dá um, dois ou até três anos a mais para os garotos jogarem em alto nível. A maioria dos garotos sofre com pouco tempo de quadra quando chega ao adulto. É por isso que a LDB é importante, para os garotos seguirem em atividade com bastante competitividade. É um campeonato muito forte e que dá muita visibilidade para atletas e técnicos”, completou o treinador da Seleção, campeão da LDB 2015 pelo Pinheiros.

Caboclo despontou na LDB 2013 e foi direto para a NBA (João Pires/LNB)

Entre os oito atletas da “lista LDB”, algumas histórias chamam a atenção como a de Bruno Caboclo. Grande destaque da edição 2013 pelo terceiro colocado Pinheiros, o jogador foi selecionado pelo Toronto Raptors no Draft de 2014 da NBA poucos meses depois de ter grandes atuações nas quadras da LDB, com direito a médias 14,5 pontos, 6,8 rebotes e 2,4 tocos por jogo.

“A LDB é muito importante não só por dar oportunidade de garotos de 17, 18 anos jogarem contra caras de 21, 22 mas também por ser um ‘trampolim’ para ir para o profissional. É um campeonato muito importante para todos os jovens que querem se tornar profissionais”, afirmou Caboclo, que disputará seu primeiro torneio oficial com a Seleção.

Dois atletas que atuaram ao lado de Caboclo no Pinheiros em 2013 e também em mais duas edições da LDB são Lucas Dias e Georginho. Juntos, os garotos foram campeões da edição 2015 pelo clube da capital paulista – depois do quarto lugar em 2014 –, com direito a atuações individuais memoráveis.

Lucas Dias fez barba, cabelo e bigode na LDB 2015: campeão, MVP da Final e jogador mais eficiente (João Pires/LNB)

MVP de 2015, Lucas detém as três maiores pontuações da história da competição (51, 44 e 37 pontos). Já Georginho, que disputou 77 partidas em três edições, é o único atleta na história com dois triplos-duplos na conta. Ambos se transferiram na última temporada para o Paulistano e foram dois dos grandes destaques do vice-campeonato conquistado no último NBB CAIXA.

Quem também escreveu grande história na LDB foi Davi Rossetto. O atleta também disputou três vezes a competição e a principal delas foi em 2014. Na ocasião, o camisa 5 liderou o Solar Cearense ao inédito e histórico título invicto, sendo eleito o MVP, com médias de 13,2 pontos, 6,4 rebotes e 4,6 assistências na conta.

Davi foi MVP e campeão da LDB 2014 pelo Basquete Cearense (Luiz Pires/LNB)

Depois de trilhar sua caminhada na LDB, Davi se firmou como titular do Basquete Cearense no NBB CAIXA e foi eleito o Melhor Armador da temporada 2016/2017 do maior campeonato de basquete do país. Agora irá representar a Seleção adulta pelo segundo ano consecutivo em um torneio internacional – em 2016 disputou o Campeonato Sul-Americano.

Com cinco edições de LDB no currículo, todas pelo Minas, Danilo Siqueira é outro que usou a competição Sub-22 como trampolim para se firmar entre os profissionais. Vice-campeão das LDB’s 2013 e 2015, o ala/armador veio subindo sua produção ano a ano no NBB CAIXA e fechou a última temporada como terceiro maior cestinha do clube mineiro (13,1 pontos por jogo).

Formados nas categorias de base do Sesi/Franca Basquete, Léo Meindl e Lucas Mariano disputaram as três primeiras edições da LDB (2011 a 2013). Na edição de 2012, a dupla teve grande protagonismo na campanha que levou Franca ao vice-campeonato. Depois disso, ambos foram promovidos de vez ao elenco adulto e “explodiram” no basquete brasileiro.

Danilo Siqueira e Lucas Mariano em ação durante a LDB 2012 (Newton Nogueira/LNB)

De volta ao time francano após dois ano no Gocil/Bauru Basket, Léo defende a Seleção desde 2014 e, de lá para cá, disputou dois Sul-Americanos e agora irá à Copa América pela segunda vez seguida. Já Lucas, eleito o Melhor Pivô do último NBB CAIXA pelo Brasília, atuará pelo time verde-amarelo pela segunda temporada seguida.

Mais velho entre os atletas da LDB na Seleção, Jimmy, de 27 anos, teve apenas uma edição da LDB para disputar por conta do limite de idade. Nascido em 1990, o atleta só pôde atuar na primeira edição e, ainda com a camisa do São José, fechou sua participação com média de 17 pontos por jogo. Há três anos no Mogi, o camisa 18 é outro que estava no último Sul-Americano e que volta à Seleção pelo segundo ano consecutivo.