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Já aconteceu

11-05-2018 | 03:15
Por Liga Nacional de Basquete

Grandes atuações de Ramon e Larry, toco de Marquinhos e vitória rubro-negra; relembre o Jogo 4 entre Mogi e Flamengo pela semifinal do NBB CAIXA 15/16

O Jogo 4 da semifinal entre Mogi das Cruzes/Helbor e Flamengo não é novidade. No mesmo Ginásio Hugo Ramos, pelo NBB CAIXA 15/16, as duas equipes chegaram à quarta partida da série em situação idêntica, com a equipe paulista vencendo por 2 a 1, e o confronto foi histórico.

O Jogo 4 da semifinal deste ano acontecerá neste sábado (12/05), às 14 horas (de Brasília), no Hugão, em Mogi das Cruzes (SP), com transmissão ao vivo da Band e dos Canais SporTV.

Após uma atuação grandiosa no Jogo 3, com vitória por 83 a 77, em pleno Tijuca Tênis Clube, o Mogi chegou para a quarta partida da semifinal com tudo para fechar a série dentro de casa e se classificar pela primeira vez às Finais do NBB CAIXA. Porém, os mogianos não contavam com a força do futuro tetracampeão consecutivo da competição.

Com grande atuação coletiva, Mogi venceu o Jogo 1 da série dentro do Hugão (Marcelo Zambrana/LNB)

Clima quente

O início de jogo foi de muito equilíbrio. Com as duas equipes com bom aproveitamento ofensivo, a diferença do primeiro quarto foi de apenas três pontos, 23 a 20, favorável ao Flamengo. No segundo quarto, Marcelinho veio muito bem do banco de reservas (11 pontos) e liderou o rubro-negro na vitória por 31 a 25, fechando o primeiro tempo com nove pontos de frente (54 a 45).

O clima não foi nada amistoso, principalmente nos bancos de reservas. José Neto, técnico do Fla recebeu falta técnica. Já Danilo Padovani, então técnico do Mogi e hoje assistente de Guerrinha, acabou desqualificado e o comando da equipe paulista ficou nas mãos de Alexandre Rios, assistente do time naquela temporada.

Mesma intensidade

O segundo tempo se iniciou no mesmo ritmo do primeiro. Muita intensidade e ataques inspirados dos dois lados. O começo foi dominado pelo rubro-negro carioca, que chegou a abrir 14 pontos de diferença (59 a 45), porém, logo o Mogi ‘voltou para o jogo’ e venceu a parcial, por 25 a 24.

Com oito pontos de diferença favoráveis ao Fla no início da parcial final (78 a 69), o Mogi foi gradualmente se aproximando, até cortar a desvantagem para apenas uma posse de bola, a seis minutos do fim (81 a 79). A partir daí, as duas equipes se mantiveram coladas, com o Flamengo sempre à frente. Foi quando, com 59 segundos no relógio, Shamell colocou os mogianos à frente pela primeira vez desde a reta final do primeiro quarto (91 a 89).

Marquinhos salvador

O minuto final pareceu obra de roteiristas de Hollywood. No ataque seguinte a virada mogiana, Marquinhos sofreu falta, foi à linha do lance livre e empatou o jogo em 91 a 91. Na sequência, Shamell tentou arremesso para 3 pontos, não foi feliz, Lucas Mariano manteve o Mogi no ataque com um rebote ofensivo, mas o camisa 24 mogiano acabou perdendo a bola para Rafael Mineiro. Sem pensar duas vezes, o ala/pivô rubro-negro partiu para cesta, sofreu falta e converteu os dois pontos.

Com a chance de colocar o Fla três pontos à frente, Mineiro foi à linha do lance livre, mas errou o arremesso de bonificação. Sem tempo para perder, a equipe paulista conquistou o rebote defensivo. No lance que empataria a partida, Larry Taylor infiltrou, atacou a cesta, mas em uma ação defensiva espetacular, Marquinhos bloqueou o arremesso do armador mogiano, restando um segundo para terminar o jogo, e deu a vitória ao rubro-negro, levando a série de volta ao Rio de Janeiro, para o Jogo 5.

Que isso, Ramon?

Para chegar ao resultado positivo o Fla precisou contar com uma atuação espetacular de Ronald Ramon. Em uma tarde iluminada, o dominicano foi praticamente perfeito. Em 33 minutos de atuação, Ramon converteu todos os sete arremessos de 3 pontos que tentou e deixou a quadra como cestinha da partida, com 27 pontos, e jogador mais eficiente, com 30 no quesito.

“A sensação é muito boa quando você pode ajudar seu time em momentos decisivos como aquele. Esse jogo sempre vai ficar gravado no meu coração”, declarou Ramon, ala/armador do Flamengo.

Não foi só o toco

A contribuição de Marquinhos foi bem além da jogada decisiva da partida. Apesar de sair zerado nas tentativas de 3 pontos (0/3), o ala rubro-negro minou a defesa mogiana, sofrendo seis faltas e indo 13 vezes à linha do lance livre, com aproveitamento perfeito. Com isso, o camisa 11 foi o segundo principal pontuador do Fla, com 15 tentos, além de quatro rebotes e seis assistências.

“Não foi a jogada do toco que deu a vitória. Nós fizemos um jogo muito bom e calhou, no momento em que estávamos vencendo por dois pontos e se a bola caísse o jogo iria para prorrogação, de eu executar ela. Eu usei minha envergadura, meu tamanho, o conhecimento que eu tenho de anos jogando contra o Larry e saber que naquela situação ele iria bater para dentro. Eu tentei fechar o ângulo possível e confiei na minha envergadura”, declarou Marquinhos, ala rubro-negro.

Dominicano foi o grande nome daquele Jogo 4, com 27 pontos e 7/7 nas bolas de 3 (Luiz Pires/LNB)

Duplo-duplo é com ele mesmo

Outra peça fundamental para o Flamengo na partida foi o Mr. Duplo-duplo, Olivinha. Jogador com mais tempo de quadra pela equipe rubro-negra, quase 34 minutos, o ala/pivô deixou seus dois dígitos em pontos e rebotes, como já é tradição, com 14 tentos anotados e 11 sobras alcançadas.

Tentou de tudo

Apesar da derrota, Larry, ao lado de Shamell (28 pontos), fez de tudo para trazer a vitória para o Mogi e classificar a equipe pela primeira vez a decisão do NBB CAIXA. Contribuindo significativamente em todos os quartos, o armador converteu um total de dez cestas de dois pontos na partida, deixando a quadra com 23 tentos, além de cinco rebotes e duas assistências.

“Para mim aquele jogo foi muito disputado. Os dois times queriam muito ganhar. Nós tínhamos 2 a 1 de vantagem, com um jogo em casa, podendo fechar a série, e tudo foi decidido só no final do jogo. Os dois times entraram com muita raça, muita vontade e tudo foi decidido nos detalhes”, declarou o camisa 4 mogiano.

“Desta vez eu acho que será diferente. A gente tem mais experiência e sabemos o que precisamos fazer no jogo, o mais difícil é executar. Nós temos um plano de jogo, principalmente para nossa defesa, para tirar os pontos fortes deles. Vai ser um jogo que precisaremos de muita raça, inteligência e coração. Se conseguirmos realizar isso, vamos ter grandes de sair de quadra com a vitória e fechar a série”, completou Larry.

Deu Fla

Após o Jogo 4 da série, as duas equipes decidiram a vaga para decisão do NBB CAIXA 15/16 na quinta e decisiva partida, no Rio de Janeiro (RJ). Em mais uma partida extremamente equilibrada, o Mogi liderou o placar ao longo do segundo quarto, sofreu com reação do Fla na volta  do intervalo e a vitória acabou ficando com o rubro-negro carioca, por 79 a 75, chegando à sua quarta final consecutiva, que posteriormente seria conquistada diante do Sendi/Bauru Basket, também por 3 a 2.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.

Dentro do Tijuca, Flamengo venceu também o Jogo 5 e avançou para as Finais do NBB CAIXA 15/16 (João Pires/LNB)