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ESG / Jogo das Estrelas

Som das quadras

20-03-2024 | 11:56
Por Juvenal Dias

Através da música, Jogo das Estrelas 2024 valoriza ligação do basquete com a cultura negra e da periferia; confira a primeira reportagem da série 'ESG no JDE'

Passado o Jogo das Estrelas 2024, o site oficial da Liga Nacional de Basquete (LNB) inicia uma série de três matérias para mostrar como o evento abordou e dialogou com as práticas ESG na busca de um ambiente mais sustentável e acolhedor para todo o ecossistema da modalidade. Na primeira reportagem da série ‘ESG no JDE’, falaremos das apresentações musicais que agitaram os atletas e o público no Ibirapuera e como elas representaram a cultura do basquete e a cultura negra.

O Jogo das Estrelas de 2024 foi uma grande festa para os atletas do NBB CAIXA, para o público presente no ginásio e para quem acompanhou o maior evento de entretenimento esportivo do país através das transmissões ao vivo pela TV e plataformas digitais. Muito do clima de descontração que contagiou a plateia e os melhores jogadores do Brasil foi resultado das apresentações musicais, que não deixaram ninguém parado. Não só dentro do ginásio, mas fora dele também. E o que isso tem a ver com práticas ESG?

Práticas ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) – são uma grande tendência no mundo corporativo e representam um conjunto de padrões e boas práticas que posicionam empresas como socialmente conscientes, sustentáveis e corretamente gerenciadas. Seguindo a estratégia ESG da Liga Nacional de Basquete e reforçando a consciência social que a entidade visa transmitir em todos os seus eventos, as apresentações musicais do Jogo das Estrelas trouxeram a representatividade de estilos oriundos da cultura negra, da cultura da periferia e da cultura do basquete.

Rafael Garcia, coordenador das práticas ESG da Liga, explica que desde o anúncio do Jogo das Estrelas de 2024 o pensamento foi de justamente conciliar estas práticas com a realização do evento:

“Desde a sua concepção, o Jogo das Estrelas em São Paulo tinha como objetivo contemplar culturalmente a cidade de certa forma. As ações artísticas e culturais fortalecem o laço do basquete com a cultura de rua. Esse é o primeiro ano do projeto ESG da Liga Nacional de Basquete e a avaliação é positiva pela representatividade dentro do evento”, comentou o coordenador.

Exaltasamba e o Pagode anos 90

Show do Exaltasamba no intervalo do Jogo das Estrelas. Foto: Fotojump/ LNB

No sábado (19/3), a atração do Show do Intervalo foi o grupo Exaltasamba, que soma 42 anos de carreira e inúmeros sucessos que fazem parte do repertório de todo mundo que gosta de pagode. Um dos grupos mais longevos da música brasileira, o Exaltasamba começou sua trajetória no começo dos anos 80 e ficou marcado como um dos ícones do Pagode anos 90. O grupo teve diferentes formações ao longo do tempo, mas se mantém como uma das bandas de Pagode mais bem-sucedidas do Brasil.

O Pagode dos anos 90 foi criado, basicamente, nas periferias de São Paulo. É um movimento negro original das regiões mais distantes do centro paulistano, derivado do samba. A apresentação no Jogo das Estrelas foi uma homenagem a movimento que se originou nas periferias, mas que cresceu e ocupou outros espaços na cidade, antes de ganhar fama nacional.

Douglitz, um dos vocalistas do Exaltasamba, falou sobre a emoção do grupo ao se apresentar no Jogo das Estrelas:

“Ficamos muito felizes pelo convite de tocar no Jogo das Estrelas, veio em um momento que já estamos no processo de gravação de um novo projeto, trazendo algumas canções do lado B e C do Exalta. Para fazer o repertório para esse show foi muito fácil porque a galera que iria escutar o som conhece o Exalta. Então o que colocar? Aquilo que o povo canta, aquilo que a galera canta em um pagode à tarde, tal como acontece aqui pertinho, no bairro do Ibirapuera mesmo ou em tantos outros na cidade. Foi muito gratificante fazer esse show, foram 20 minutos que ficarão na nossa história, na nossa memória e, com certeza, na história do NBB CAIXA, em um evento maravilhoso que é o Jogo das Estrelas, o momento das Estrelas brilharem”, comentou Douglitz.

E se há alguma dúvida sobre o Pagode pertencer à cultura do basquete, dá uma olhada no post das redes sociais do NBB CAIXA:

 

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Thaíde e os 50 anos do Hip Hop

 

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O Hip Hop é um dos estilos musicais e movimentos culturais mais identificados com a expressão urbana e que é a cara de São Paulo. No ano passado, o gênero musical celebrou 50 anos de existência. E na sexta-feira (15/03), dia dos torneio individuais, foi a vez do rapper Thaíde celebrar o movimento.

A história do cantor é intimamente ligada ao Hip Hop. Afinal, o rapper, compositor e produtor de 56 anos atravessou gerações com seu trabalho, bebendo das influências dos primeiros artistas do gênero e seguindo até os dias atuais como uma de suas maiores referências, com vasta discografia. Thaíde começou em meados dos anos 80 e fez bastante sucesso na década seguinte ao lado do DJ Hum.

A presença do Thaíde no JDE foi uma reverência ao movimento iniciado na região do metrô São Bento, fortalecendo a cultura de rua e o basquete como pilar desse processo. Além disso, a participação do artista mostrou a importância de um dos quatro dos elementos do Hip Hop, com a figura do MC no palco principal.

Os outros três elementos dessa cultura que vieram para o Jogo das Estrelas são o grafite, abordado em toda a identidade visual do evento; os DJs, como foi o caso do DJ Double B e DJ Mu540; e, por fim, o Break Dance.

DJ’s Double B e Musão

Já que um dos elementos do Hip Hop são os DJs, dois representantes dessa vertente do Hip Hop estiveram em momentos distintos do Jogo das Estrelas. O DJ Mu540 fez uma festa particular para os jogadores durante o “Media Day”, realizado na quinta-feira (14/03). O DJ Mu540 representa o funk carioca e o funka paulista na contemplação de toda a cultura negra que faz parte do basquete.

Por outro lado, a atração internacional DJ Double B veio da Califórnia, nos Estados Unidos, para tocar durante o evento principal, no sábado. Ele colocou todos na arquibancada para dançar nas batidas de sua caixa de mixagem. O Double B representa o Trap, mais recente ramificação do Rap, e é mais um expoente de toda a trajetória da Black Music.

O quarto elemento da cultura do Hip Hop é o Break Dance, que se tornou esporte olímpico a ser disputado pela primeira vez em Paris 2024.

O lado artístico: a apresentação do grupo de dança Quadrela, de Paraisópolis, e o trabalho artístico entregue aos atletas no kit de boas vindas será o tema da segunda reportagem da série sobre as práticas ESG da Liga no Jogo das Estrelas.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.