HOJE
Valeu, JP!
Por Liga Nacional de Basquete
"Obrigado por tudo, hoje me despeço das quadras": JP Batista, Um dos maiores pivôs do basquete brasiliero, anunciou a sua aposentadoria
Mais do que pivôs, alguns jogadores são verdadeiros bailarinos dentro de quadra, usando e abusando das danças dentro do garrafão para conseguir espaços e criar jogadas. JP era um verdadeiro dançarino, um mestre na arte do “Footwork”, referência para jogadores de todas as idades que buscam se aperfeiçoar no jogo do garrafão. Hoje (16/09), através das suas redes sociais, JP Batista anunciou a sua aposentadoria das quadras com uma carta aberta para todos os seus fãs.
“Hoje me despeço das quadras, como jogador. Obrigado por tudo. Treinadores e comissão técnica, companheiros de quadra, amo todos vocês, sem exceção. Torcida por onde passei, muito obrigado pelo carinho e paixão. Muito obrigado a toda minha família por me apoiar e me motivar todos esses anos. Pra finalizar quero agradecer a minha parceira de vida, meu grande amor: minha esposa Simone e minha filhas, Vitória e Vanessa, por todo sacrifício nesse anos. Eu não conseguiria chegar aonde cheguei sem vocês”, disse JP, através do seu Instagram.
João Paulo Lopes Batista, o JP, tem como um dos principais marcos de sua carreira a passagem pela universidade de Gonzaga, onde se tornou uma lenda dos Bulldogs. O ex-pivô se formou em gestão esportiva na faculdade, fez parte do time por dois anos e em ambas as temporadas chegou no March Madness. Graças a seu grande desempenho, JP chegou à Europa, onde passou pela Lituânia, Letônia, e principalmente França, onde jogou por sete temporadas, seis no Le Mans e uma no Limoges, além de defender no mesmo período a seleção brasileira.

JP Batista, eleito o MVP da Galera, no Mogi
No Brasil, JP chegou com o pé direito, logo de cara integrando a vitoriosa equipe do Flamengo. Em 2015/16, o pivô conseguiu médias de 11.6 pontos e 4.9 rebotes, além de ter um papel fundamental no Jogo 5 das finais, quando o rubro-negro se sagrou campeão com uma grande atuação do jogador, com 20 pontos, seis rebotes e 23 de eficiência. Após três temporadas nos cariocas, JP rumou à cidade de Mogi, onde teve um grande papel na equipe semifinalista da temporada. Nesta temporada, o ex-jogador foi MVP do NBB, com médias de 16.6 pontos, 8.8 rebotes, 20.5 de eficiência e um grande poder de liderança.
“Falar do JP é um prazer. É um cara que pessoalmente é muito bom, é muito família, e profissionalmente nem se fala. Independente do momento da carreira dele, no começo, no inicio e no final, ele sempre foi um cara exemplar. Sempre se dedicou ao jogo, e fora dele, é um cara que tem uma imagem admirável”, afirmou Guerrinha, treinador do Mogi na temporada 18/19.
Após tantos anos de experiência na Europa, NBB e Seleção Brasileira, JP se tornou uma referência de modelo de jogo para jovens atletas que pensam em evoluir cada vez mais o seu basquete. Alias, ele não se tornou um espelho apenas para os mais novos, jogadores mais consolidados também se inspiram no JP e um exemplo muito claro é Lucas Mariano, que em uma live do Território LNB, assumiu ser fã do ex-pivô e ainda afirmou que se ele abrisse uma ‘escola de pivô’, seria o primeiro aluno.
“Eu joguei com o JP no Flamengo. Sempre foi muito difícil, ele é muito técnico. No começo eu ficava nervoso, pela história do cara mesmo, mas ele é muito resenha, me acolheu como família. Aprendi muita coisa com o Flamengo, eles me ofereceram experiências que vou levar pelo resto da minha vida, mas no garrafão, o cara mais complicado de enfrentar era o JP”, disse Ruan Miranda, destaque do Cerrado Basquete na LDB e NBB, que jogou com JP Batista no Flamengo.
Sem dúvidas, o legado de JP ficará marcado para sempre no basquete brasileiro. Nos últimos dois anos, mesmo fugindo de sua característica, ele integrou equipes que usavam e abusavam do small ball, o que ‘obrigava’ o ex-pivô a ter um volume muito maior na linha dos três pontos. Mesmo jogando uma carreira inteira sem ter o arremesso como uma das suas principais características, JP treinou, aprimorou a sua mecânica e atingiu um aproveitamento de 42% no perímetro, o que mostrava sua dedicação, mesmo aos 40 anos de idade.
Quem enfrentou, dividiu quadra ou até mesmo o assistiu jogando basquete, se encantou com sua técnica e habilidade. Ele era um exemplo de liderança, de companheirismo e apoio aos colegas de equipe, marcou todos os atletas que com ele compartilharam vestiário. Ter o seu jogo dentro das quadras do NBB foi uma honra.
“Aos 10 anos de idade Deus me abençoou com o dom de jogar basquete. Através do esporte cheguei a lugares inimagináveis, conheci pessoas incríveis e aprendi lições que vou levar pro resto da minha vida. Obrigado por tudo, hoje me despeço das quadras, COMO JOGADOR”, finalizou JP.
O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e em parceria com a NBA e o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), e conta com os patrocínios oficiais da Budweiser, SKY, Penalty, EY, Betmotion, Centauro e apoio da IMG Arena, Genius Sports e Accor.
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