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LDB

Troca de ideias

23-06-2024 | 04:18
Por Marcius Azevedo

Com enorme vivência no basquete, Léo Figueiró e Dedé Barbosa vão ajudar no desenvolvimento dos treinadores na LDB de 2024 na função de orientador técnico

Além dos jovens atletas que buscam evoluir na Liga de Desenvolvimento de Basquete, porta de entrada para o NBB CAIXA, os treinadores recebem uma atenção especial na competição que acontece com apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). Desde as primeiras edições da LDB são designados observadores técnicos para que possa existir uma troca de experiências.

Na edição de 2024, a função é desempenhada por Léo Figueiró, que vai acompanhar os jogos pelo Grupo A, e Dedé Barbosa, que fica responsável pelo Grupo B. Atualmente no comando de equipes do NBB CAIXA, os dois treinadores já passaram pela LDB.

A Liga Nacional de Basquete conversou com Léo Figueiró e Dedé Barbosa sobre essa função de orientador técnico. As perguntas foram exatamente as mesmas para os dois treinadores. Confira o que cada um respondeu:

Léo Figueiro vai acompanhar os jogos do Grupo A da LDB. Foto: Mauricio Almeida/ Vasco da Gama

Como é o trabalho do orientador técnico na LDB?

Léo Figueiró: Assistimos todos os jogos, fazemos uma avaliação técnica/tática para depois abordar os treinadores e ter uma troca. A gente não vai lá para ensinar ninguém, vamos compartilhar ideias, acrescentar alguma coisa no trabalho deles. Gerar algumas provocações no que enxergamos nos jogos.

Dedé Barbosa: Já tive essa experiência no passado como orientador, e, com certeza, agregou demais na minha função de técnico. Acredito que o nosso trabalho acrescenta valores e uma visão um pouco mais ampla de como as equipes irão se apresentar, isso por meio de relatórios, conversas e clínicas.

Qual a importância desse trabalho?

Léo Figueiró: Como um ex-técnico de LDB, eu já fui orientado pelo Régis Marelli e o André Germano. Esse trabalho foi muito importante. Eu estava no começo da minha carreira e eles tinham muito mais experiência, mais vivência e puderam me ajudar com detalhes, comportamentos, momentos certos para fazer determinadas coisas. Abriram minha cabeça para novas ideias também. É sempre em uma situação de ajudar no desenvolvimento desses treinadores.

Dedé Barbosa: É muito importante essa troca de informações e conhecimentos entre os técnicos e assistentes, em todos os níveis, porque sempre conseguimos tirar algum conteúdo que iremos utilizar mais adiante. Eu já fui técnico da LDB em Limeira e, certamente, acrescentou muito na minha carreira como treinador.

Existe um foco principal de observação ou é necessário ser algo mais amplo?

Léo Figueiró: É enxergar o perfil técnico/tático dos treinadores, fomentar algumas ideias por meio da nossa observação dos jogos. As dificuldades que eles encontraram, facilidades, o que poderia ter sido feito de uma maneira melhor ou, até na troca de informações, despertar novas ideias e formatos que eles possam usar nas suas equipes.

Dedé Barbosa: Acredito que o maior foco nosso é em relação à condução da equipe como um todo, em relação à liderança, postura e química entre jogadores, comissão técnica e também arbitragem.

Dedé Barbosa foi técnico de Limeira em uma edição da LDB. Foto: Matheus Maranhão/BRB Brasília

Como você faz e qual a importância de dar o feedback aos treinadores da LDB?

Léo Figueiró: Gosto de estar presente, gosto de fazer uma abordagem informal aos treinadores. Às vezes, eles estão no calor do jogo, perderam uma partida difícil, perderam por uma bola. Procuro ter essa sensibilidade de fazer uma abordagem em momentos em que eles estão mais receptivos, fazendo perguntas, procurando gerar alguma reflexão sobre o jogo, escutar sobre as dificuldades que eles passaram na preparação ou até durante o jogo. Para que seja informal e, ao mesmo tempo, produtiva.

Dedé Barbosa: Sempre tentamos levar o máximo de dados possíveis para os treinadores das equipes da LDB, e a partir disso, sentamos e conversamos para falar abertamente os pensamentos e ideias perante ao time. Quanto mais conversamos sobre basquete, mais aprendemos juntos. E isso vale para ambos.

Você também analisa individualmente os jogadores?

Léo Figueiró: A análise do talento individual vai aparecendo ao longo das etapas, mas não é o meu foco principal, que é uma análise geral da equipe, de maneira tática/técnica, do desempenho do treinador. As dificuldades, facilidades que possam ter ocorrido e que gerem um bom debate.

Dedé Barbosa: Quando você analisa uma equipe, automaticamente você enxerga os jogadores e perfis individuais, mas o nosso trabalho aqui é mais voltado a qualidade da equipe como um todo e tentar direcionar, principalmente, o lado positivo de cada equipe.

A LDB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, bola oficial Penalty, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), EMS, UMP e Genius Sports.