A Liga de Basquete Feminino 2025 foi lançada oficialmente nesta terça-feira (18/02), em evento na Arena Centauro Ibirapuera, em São Paulo, com participação de jogadoras, treinadores e dirigentes das equipes. A temporada que celebra os 15 anos da LBF terá 11 clubes e começa em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, às 11h, com o jogo entre Corinthians e Pontz São José Basketball, no ginásio Wlamir Marques, com transmissão da TV Brasil.

São representantes de cinco Estados (São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Maranhão e Paraná), além do Distrito Federal. O Cerrado Basquete é o segundo time da Região Centro-Oeste na história da LBF, já que o Clube Vizinhança esteve presente na temporada 2014/15. As equipes são: AD Santo André-SP, ADRM Maringá-PR, Blumenau-SC, Cerrado Basquete-DF, Corinthians-SP, Ourinhos Basquete-SP, Pontz São José Basketball-SP, Sampaio Basquete-MA, SESI Araraquara-SP, Sodiê Mesquita-RJ e Unimed Campinas Basquete-SP.

Jogadoras participam do lançamento da edição de 2025 da LBF. Foto: Nelson Toledo/Fotojump

O formato de disputa contará com todas as equipes jogando entre si em turno e returno. Na sequência, as oito melhores avançam às quartas de final, disputada em um playoff melhor de três partidas. As semifinais também serão disputadas em uma série em melhor de três. A grande decisão será realizada em melhor de cinco jogos.

Durante o evento de lançamento também foi confirmado o local do Jogo das Estrelas em junho: o Pacaembu. Palco do Pan-Americano de 1963, o ginásio foi totalmente reformado após ter sido cedido à Concessionária Allegra em 2020. Além disso, São Luís-MA foi escolhida como sede da segunda edição da Copa LBF, competição que reunirá os quatro melhores times do primeiro turno. Equipe da casa, o Sampaio Basquete está garantido, o que pode diminuir o número de vagas para três.

Outra novidade da temporada 2025 fica por conta do troféu de Melhor Jogadora da Partida, que levará o nome de Simone Lima. A ex-capitã de Santo André, autora da primeira cesta da história da LBF e também a primeira a levantar o troféu, faleceu em outubro de 2023, aos 44 anos, e terá sua silhueta no troféu deste ano para a destaque de cada jogo.

“Estou muito feliz. Tudo que é novo dá um friozinho na barriga, mas não tem segredo. É trabalhar com dedicação, com felicidade, que é o mais importante, e desfrutar ao máximo o que essa temporada da LBF tem para nos oferecer”, afirmou Lee Lisboa, que defenderá o Cerrado Basquete, o novato da LBF. “Vamos chegar bastante entrosadas, com bastante tempo para treinar. Temos uma equipe bem completa e espero que possamos alcançar o melhor resultado possível”, disse Mari Dias, do Corinthians.

Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB

Outra novidade da edição de 2025 da LBF será o Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB. O documento elaborado por Rafael Garcia, coordenador do departamento de ESG da Liga Nacional de Basquete, será replicado na competição feminina. “Muito obrigada ao NBB por estar abraçando o basquete feminino, porque eu costumo dizer que, por mais que exista feminino e masculino, é tudo basquete. Só quem é preto sabe como é essa luta, só mulher sabe como é essa luta. É importante todos entenderem que o que você é não tem relação com sua cor, gênero, ou se você é mulher ou homem. Começou no NBB e agora está expandindo na LBF e espero que possa expandir muito mais”, afirmou Sassá, jogadora do Sampaio Basquete. “Deu das pessoas falarem o que você é pela sua cor. Sou a mesma coisa que você, porque debaixo da pele é a mesma coisa. É importante isso ser implementado na LBF porque teve muitas meninas, não só aqui no Brasil, que sofreram isso. É um assunto delicado, mas não tem de ter mais. Vai ser um divisor de águas para muitas pessoas.”

Presente no evento de lançamento da temporada da LBF nesta terça-feira (18/02), Rafael Garcia falou da importância do Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB se explandir. “É extremamente importante. Ele sinaliza um processo inicial de entregar um produto para o esporte nacional. No basquete, ele já está na ANB 3×3 e hoje entra no basquete feminino. É muito importante para uma consolidação do basquete como um esporte antirracista, para dar um exemplo para as outras modalidades. Esse evento só consolida esse processo, que vai trazer grandes frutos para o esporte nacional.”