Pela diversidade!

Há pouco mais de um mês, na sede da Liga Nacional de Basquete, foi lançado o Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB, que visa implementar a cultura de prevenção e combate ao racismo estrutural e de todo tipo de discriminação. Portanto, nesse 17 de maio (Dia Internacional da Luta contra a LGBTfobia), foi realizada uma roda de discussão com atletas, pós-jogadores, influenciadores e pessoas do meio do basquete que também fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+.

Em um primeiro momento, foi apresentado por Rafael Rocha Garcia, coordenador de ESG da LNB, o tratado lançado no dia 11 de abril. Foi explicado aos presentes a ideia do acordo e os objetivos, além de metas para o futuro: “Enquanto escrevia o Tratado Antirracista, percebi que não teria sentido existir um tratado que falasse de uma luta, mas excluísse outras. É um tratado que luta contra o racismo, mas também por toda diversidade. A ideia foi abrir uma conversa para entender o papel da LNB no combate a violência. Queremos construir algo concreto para chegar em ações que realmente possam surtir efeito”, afirmou.

A conversa aconteceu de forma remota e reuniu mais de 18 pessoas que discutiram diversas pautas e ideias que ajudam na luta pela diversidade. Os presentes contaram sobre suas próprias vivências e batalhas pessoais, como é o caso de Sassá, jogadora da seleção brasileira feminina e do Sampaio Corrêa.

“Sou bi, tenho uma filha e sou casada com uma mulher. Faço questão de mostrar isso, sinto que posso influenciar positivamente outras jogadoras, que posso ser uma referência. Eu sei que o gênero de ninguém vai mudar o caráter da pessoa e muito menos diminuir a sua capacidade enquanto atleta. Tento falar disso em todos os lugares que vou, em todas as entrevistas “, afirmou Sassá.

Durante a idealização de ações, uma das pautas mais levantadas foi a do apoio psicológico aos atletas. Relatos pessoais comprovaram que manter a sua cabeça tranquila ajuda a se sentir mais seguro dentro do ambiente do esporte.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por NBB CAIXA (@nbb)

“O que mais me ajudou quando toquei no assunto pela primeira vez foi o apoio que recebi. Se os atletas tiverem um local confortável e seguro, será um ambiente acolhedor. Sempre fui muito receoso de falar sobre isso pois nunca entendia como as pessoas reagiriam dentro do vestiário, no dia a dia, nos bastidores”, afirmou JP de Paula, jogador de basquete.

“O mental é o principal. Passei por muita coisa e pensei em muita coisa. Acompanhamento psicológico é essencial na vida de um atleta, agora, imagine na vida de um atleta LGBTQIAPN+? Por muito tempo, quando eu tinha de sair de casa, eu ‘vestia uma capa’ e me tornava um Jeff diferente do que eu sou, criava um personagem que era feito para ser aceito. Ter um apoio, ter alguém para conversar, tranquilizaria diversas outras histórias”, acrescentou Jeff Campos, pós-jogador de basquete

Por fim, os representantes da LNB se comprometeram a desenhar ações voltadas às discussões promovidas e posteriormente tornar a se reunir para apresentar as ações.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.