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LIVE COMGUERRINHA

21-04-2020 | 01:50
Por Liga Nacional de Basquete

Em programa com Rodrigo Lazarini, treinador do Mogi mostrou seus dotes culinários e falou sobre a rotina durante a quarentena

Enquanto o NBB não volta para a fase de playoffs por conta da quarentena devido ao surto do Covid-19, os astros que compõem o campeonato de basquete do Brasil vão mostrando seus dotes em outras áreas.

Durante a Live #BasqueteEmCasa, ocorrida na última segunda-feira (20/04) no Instagram do NBB, Guerrinha, treinador do Mogi, falou um pouco sobre a sua rotina. Além disso, o comandante da equipe paulista mostrou outra paixão além da bola laranja: as massas.

“Acordei as 7h, fiz um pão com ciabatta e já já vamos tomar um café. Gosto muito de mexer com massa. Já fazia bastante pizza, mas tenho amigos que chamam e agora estou melhorando essa parte minha no pão. A internet ensina bastante e eu e a Renata (esposa) dividimos a cozinha, mas lavar a louça é mais eu”, disse o treinador, que também falou sobre as mudanças alimentares que teve ao longo dos últimos anos.

“A gente tem um hábito alimentar muito bom. Comemos bastante salada, verdura, frutas, a quantidade sempre foi razoável. Desde que eu parei de jogar, aumentei 12 kg em 22 anos e isso não é muito. Fomos criando o hábito de cozinhar justamente pra sair do enlatado, fazer um pão em casa é diferente do pão da padaria. Estou fazendo fermento biológico, que demora 5 dias para ficar pronto”, explicou.

Armador multicampeão pela seleção brasileira e com vários títulos como treinador, Guerrinha afirma que não troca a comida de nenhum lugar do mundo pela brasileira.

“O Brasil é o melhor lugar do mundo para se comer. A gente pega a nossa pizza italiana e a nossa é mais gostosa. A comida japonesa então nem se compara. Quando viajamos para outro país e ficamos uma semana fora, já falamos que não vemos a hora de chegar em casa e fazer um arroz, feijão, bife, uma batata frita.”

Rotina


Além de falar sobre comida e mostrar o pão que fez ao repórter Rodrigo Lazarini, Guerrinha também falou um pouco como vem sendo a sua rotina em casa. E segundo ele, não mudou tanto assim.

“Eu continuo com a mesma rotina, só não vou para os treinos. Tento fazer o máximo de atividades, eu moro num lugar bem isolado, dá pra fazer um passeio, uma corrida isolado, e mantemos a rotina. Tínhamos uma secretária, mas agora ela fica na casa e vamos pagando-a. Hoje por exemplo limpei os banheiros, minha esposa arrumou as gavetas”, disse.

Para ele, a maior mudança de rotina é para os seus jogadores, que não vem conseguindo treinar como deveriam por conta de uma força maior.

“Se pudéssemos mensurar, o que eles estão fazendo em casa não é nem 30% do dia neles na academia. Parte tática e técnica eu não vou nem entrar em questão por causa do ritmo. Perdemos o sentido de quadra, espaço, velocidade. É lógico que não perde 100%, mas no nível em que eles jogam, tem uma interferência muito grande, mas para todas as equipes”, afirmou.

Força do Mogi

Aliás, a temporada de 2019/2020 vem sendo muito especial para Guerrinha. Ativo desde o início da campanha para montar o time, o treinador explicou que a garra entre comissão e jogadores vem fazendo a diferença para a equipe, que terminou a primeira fase no quinto lugar.

“A cidade de Mogi tem um espírito gostoso. Mogi não tem a tradição de Franca, mas respira basquete. É uma cidade gostosa de se viver, tem uma infraestrutura ótima. Com todas as dificuldades de ter um time no Brasil, tudo é difícil, nós conseguimos formar um trabalho muito legal. Eu me identifico com eles (atletas) e eles comigo”, disse o coach.

“Mesmo sem patrocínio master, conseguimos trazer bons jogadores que não eram protagonistas. Fomos formando o time assim, na conversa, com eles abrindo mão de certas coisas e fomos unindo o time. Eu como jogador era assim, que não desistia, um cara de grupo e eles confiam em mim e na comissão. Fomos transformando as dificuldades em oportunidades e fomos tendo resultados inéditos”, relembrou Guerrinha.

Técnico Guerrinha, do Mogi.

Apesar da luta mostrada nesta temporada, o treinador destaca que raça e dedicação fazem parte do DNA mogiano.

“Mogi sempre foi um time assim, desde a época do Filipin e do Gustavinho, e depois com Tyrone, Larry e Shamell, que também eram raçudos e competitivos. A minha personalidade casou muito com as do André Góes, do Gruber, do Fúlvio… Eu brigo para tirar o máximo deles, tivemos um entendimento rápido. O Fúlvio e o André são mais do que assistentes. Eles ajudam muito. O Alexey veio para se estabelecer e entrou no clima. O Fuzaro veio da Espanha e está fazendo uma grande temporada. Que pena que alguns se machucaram, mas o time conseguiu enfrentar as dificuldades”, ressaltou.

Campeão pan-americano

Além de Mogi e culinária, Guerrinha também falou sobre a medalha de ouro conquistada pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 1987 contra os EUA, em Indianápolis. Então armador daquela equipe, ele contou que apenas no último domingo (19/04) assistiu ao jogo inteiro.

“Foi criado um clima no nosso grupo de WhatsApp. O Cadum criou o clima no vestiário, fez a edição do filme, nós entramos no clima e durante o jogo fomos brincando sobre os lances. Mas o mais legal foi que o Cadum ficou muito nervoso vendo o jogo, muito emocionado”, relembrou.

Guerrinha também afirmou que viu o jogo através de uma ótica bastante diferente de 32 anos atrás.

“Eu fiquei muito nervoso, mas eu descobri que eu não consegui ver o jogo como jogador. Eu fiquei analisando o jogo, vendo as mudanças do Ary Vidal. Eu não consegui ver como jogador, fiquei vendo como técnico, mas curtimos muito. O Paulinho Villas Boas falou que foi a melhor live até agora nessa quarentena (risos)”.

Importante!

O momento agora é de proteção ao próximo. Por isso, a conscientização para que o COVID-19 não se espalhe ainda mais é extremamente importante.

Lave bem as mãos, higienize elas com álcool em gel e limpe o seu celular também. Não esqueça de cobrir a boca com o cotovelo se for espirrar ou tossir e evite contato físico com as pessoas, principalmente idosos. Além disso, tente sair de casa apenas para ir a locais essenciais como mercado, farmácia e hospital.

Fique em casa, mas não deixe o basquete parar. Vem com a gente na campanha #BasqueteEmCasa!