HOJE
Final feliz
Por Liga Nacional de Basquete
Lucas Dias dá volta por cima na seleção brasileira e desabafa após título da AmeriCup três anos depois de errar o último arremessos na final diante da Argentina em 2022: "Meu lugar é aqui"
Há três anos, Lucas Dias saiu da quadra com o peso do mundo sobre os ombros. Contra a Argentina, na final da AmeriCup, foi dele o último arremesso desperdiçado, aquele lance que selou a derrota brasileira e entrou para a memória de quem acompanha o basquete. Vieram as críticas, as dúvidas, os comentários que questionavam se ele merecia vestir a camisa da seleção.
Mas a dor não quebrou Lucas Dias. Ela o fortaleceu. A estrela do Sesi Franca transformou cada crítica em determinação, cada dúvida em motivação para se superar. Treinou mais, estudou mais, lutou mais. E foi com essa garra silenciosa, longe dos holofotes, que construiu o caminho para o que viria.
O reencontro com a Argentina não foi por acaso. Foi a chance de escrever uma nova história. A mesma rivalidade, a mesma pressão, mas agora com a experiência, a confiança e o coração prontos para fazer diferente. O título veio. Com ele, a redenção. Lucas Dias não celebrou apenas um troféu. Ele celebrou a coragem de resistir às vozes que duvidaram do seu potencial.

Lucas Dias foi implacável na marcação e ajudou o Brasil na final diante da Argentina. Foto: AmeriCup
“Desde quando eu cheguei na seleção, sou o mais criticado. As pessoas mandam mensagem me perguntando por que estou na seleção? E, às vezes, eu mesmo me perguntava se realmente fazia parte do grupo. Sempre que eu tinha conversa com o coach, ele me colocava o ponto de vista de que precisava de mim, de que eu precisava fazer o meu trabalho. Estava com um gosto meio que amargo na minha boca, porque eu chutei aquela última bola diante da Argentina. Lembro o quanto foi triste para nós, todo mundo bravo, não pela bola, mas por tudo que tínhamos construído naquele torneio. E eu não queria que aquela história se repetisse”, afirmou.
Lucas Dias se entregou de corpo e alma. Foi fundamental na reta final da AmeriCup, principalmente depois da lesão de Ruan Miranda. Jogou simplesmente 117 minutos dos 120 da seleção no mata-mata da competição.
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“A mentalidade era ver o que o Brasil precisava. Tenho uma função em Franca e, na seleção, tenho outra função. Se tivesse de marcar, ia marcar; se tivesse de pontuar, iria pontuar; se tivesse que zerar e pegar 10 rebotes, eu ia fazer isso. E o que o coach precisar, eu vou estar na quadra, vou jogar 50 minutos, vou dar meu máximo. Isso é o Lucas Dias, esse é o Lucas Dias que joga em Franca, joga aqui. Obrigado pela oportunidade de acreditar em mim”, explicou.
Na final, Lucas Dias não teve oportunidade de anotar o arremesso da vitória, mas não precisou. Como ele mesmo disse, ajudou o Brasil de outras maneiras. O título serviu para afastar qualquer dúvida da cabeça do jogador. “Fico muito feliz de ter conquistado esse título. Sempre ouvi que eu que afundava a seleção. Agora não vai ter mais isso. Estava cansado dessas pessoas que falam que o meu lugar não é aqui. E agora eu tenho certeza de que o meu lugar é aqui”, finalizou.
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