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Mais um ano no Brasil

19-09-2012 | 09:44
Por Liga Nacional de Basquete

Depois de chegar arrebentando no país, Dawkins, da Liga Sorocabana, se prepara para uma nova temporada no NBB

Kenny Dawkins, da Liga Sorocabana

Dawkins terminou a temporada passada do NBB entre os 15 maiores cestinhas do torneio (Marianna Barreto/Divulgação)

Ele já é corintiano, mas não se rendeu totalmente ao pagode e ao sertanejo. Gosta de arroz e feijão e descobriu que o Brasil tem mais do que mulheres bonitas. E quer ser campeão do NBB. Este é Kenny Montrell Dawkins, armador norte-americano de 25 anos, que vai entrar em sua segunda temporada jogando pela LSB – Liga Sorocabana de Basquete.

O jogador estrangeiro nunca tinha jogado no Brasil, mas não demorou muito para se adaptar e já aparecer como o principal destaque da Liga Sorocabana na temporada passada. Dawkins teve médias de 16,4 pontos, 4,7 rebotes e 2,9 assistências por jogo. Com esses números, o norte-americano foi o 14º principal cestinha e o 18º colocado no ranking de eficiência do campeonato.

Com estatísticas assim, a equipe paulista tratou logo de segurar Dawkins para mais um ano. O armador conheceu melhor o Brasil e não se sentiu um estranho. Adaptado, não quer mais deixar o país antes de atingir uma meta que pode ser ousada para muitos. “Ficarei aqui até ganharmos o título [do NBB]”, disse. A prova de um jogador que não se contenta com pouco e foca sempre na vitória.

O norte-americano voltará às quadras pelo NBB no dia 24 de novembro, quando a Liga Sorocabana estreia contra o Mogi das Cruzes/SaniFill, fora de casa. Nessa entrevista, Dawkins conta mais sobre a experiência brasileira, seus objetivos e a opinião sobre a competição mais importante do basquete brasileiro, depois de disputá-la pela primeira vez na carreira.

LNB – Na sua opinião, como foi o seu primeiro ano no Brasil? Sua adaptação foi rápida?

Dawkins – A adaptação foi rápida, o Rinaldo (Rodrigues, técnico da Liga Sorocabana) ajeitou as coisas de forma que eu pudesse estranhar o mínimo possível. Encontrei algumas coisas diferentes, como comidas, mas aqui também tem arroz, feijão e basquete, que é universal. Todos jogam basquete, seja no Brasil ou nos EUA.

O que você achou do país? Era tudo o que você imaginava?

Quando eu vim aqui pela primeira vez, não sabia nada do Brasil. Só sabia o que todos falavam – que era uma terra de mulheres muito bonitas. Agora sei que há muitas coisas boas, como o basquete, as pessoas, lugares como o Rio de Janeiro e São Paulo, etc.

O norte-americano (à dir) descobriu no Brasil muito mais do que mulheres bonitas (Eric Mantuan/Divulgação)

Você já incorporou alguma característica brasileira à sua rotina? Como ver futebol, ouvir samba.

No futebol, torço para o Corinthians. Ouvi um pouco de samba, pagode, mas gosto mais de hip hop e black. Samba, pagode e sertanejo eu gosto às vezes, quando estamos brincando.

Como você avalia o NBB, após sua primeira temporada?

Foi um NBB muito bom, creio que nosso time foi bem. Gosto de jogar basquete contra times fortes como Flamengo, Minas, Uberlândia e Pinheiros. Esse ano vai ser a mesma coisa, e espero chegar novamente aos playoffs.

Você foi o principal jogador da Liga Sorocabana, líder em quase todas as estatísticas do elenco, foi um dos 15 principais pontuadores do campeonato. Você esperava exercer um papel de destaque já no seu primeiro ano no Brasil?

Eu me surpreendi, sim. Quando cheguei aqui, eu não conhecia nada, e eles também não me conheciam. Mas agora, se eu sei, por exemplo, o que o jogador do Flamengo pode fazer em quadra, ele também sabe do meu jogo.

Você ficou satisfeito com a campanha da Liga Sorocabana? As metas foram alcançadas?

Satisfeito, não, porque a gente perdeu. Chegamos aos playoffs, mas não ganhamos o campeonato. Fico um pouco triste porque eu quero ganhar. Mas trabalhamos forte no ano passado, e ficarei aqui até ganharmos o título.

O que esperar do Dawkins e da Liga Sorocabana na próxima temporada?

Espero sempre poder ajudar para que nosso time jogue bem, e que joguemos bem duas, três, quatro vezes seguidas, porque essa oscilação entre boas e más partidas nos complicou um pouco. Para isso, nós trabalhamos bastante, todo dia, porque nós temos um time bom.

Kenny Dawkins, da Liga Sorocabana

O armador sonha em ser campeão do NBB com a Liga Sorocabana (Marianna Barreto/Divulgação)