Mais uma festa da NBA

Praticamente lotada, a HSBC Arena foi o palco do primeiro jogo entre um time do Brasil contra uma franquia da NBA (Divulgação/Inovafoto)

O torcedor fanático do basquete que esteve no Rio de Janeiro neste final de semana viveu um verdadeiro sonho. Primeira partida de time brasileiro contra franquia da NBA, diversas atrações dentro e fora de quadra e toda a estrutura organizada pela liga norte-americana fez com que os últimos dias fossem de uma verdadeira festa.

O público que compareceu a HSBC Arena viu de perto um verdadeiro espetáculo. Primeiramente da própria torcida, que praticamente esgotou todos os ingressos colocados à venda e deram show. Além disso, a partida foi histórica para o Flamengo, que se tornou a primeira equipe brasileira a enfrentar um time da NBA em solo verde-amarelo.

“Pra nós foi um prazer jogar uma partida dessa de NBA e a gente ficou muito orgulhoso em ver a HSBC Arena lotada. A nossa equipe é muito diferente do ano passado e a do Orlando mudou um pouco mas não tanto. Estamos no começo da temporada, temos muitas expectativas e um jogo como esse agrega demais para nosso time”, comentou o técnico José Neto, do Flamengo.

O resultado final não foi positivo para a equipe rubro-negra e o Brasil não conseguiu vencer a primeira partida contra uma franquia da NBA, porém o resultado é o de menos em um evento como esse, onde todos ganharam, o basquete brasileiro, o fã da modalidade e a própria equipe rubro-negra. 

A partida entre o Flamengo e o Orlando Magic foi o terceiro NBA Global Games no Brasil. Em 2013, a primeira edição da turnê mundial da NBA trouxe ao Brasil o Chicago Bulls e o Washington Wizards, do brasileiro Nenê Hilário, e o duelo terminou com vitória da franquia de Chicago, por 83 a 81. Já no ano passado, o NBA Global Games Brasil foi entre Miami Heat e Cleveland Cavaliers, do brasileiro Anderson Varejão. Com decisão só no tempo extra, o Cavaliers acabou com a vitória, por 122 a 119.

Além dos astros do Orlando Magic e do Flamengo, o NBA Global Games 2015 contou com a presença das cheerleaders do Orlando Magic e do mascote da franquia do Estado da Flórida, o Stuff, que animaram e fizeram festa junto com os torcedores durante toda a partida.

As dançarinas do Orlando agitaram e fizeram a festa junto com a torcida do NBA Global Games 2015 (Divulgação/Inovafoto)

Também como parte do leque de atrações promovidas pela liga norte-americana, o ex-ala alemão Detlef Schrempf, duas vezes eleito o melhor sexto homem da NBA (1990/1991 e 1991/1992), e o ex-armador Muggsy Bogues, o jogador mais baixo da história da NBA (1,60m) marcaram presença durante o intervalo da partida na HSBC Arena.

Fora de quadra, o NBA Global Games 2015 também foi um show. Tão tradicional nos Estados Unidos e agora também pelo mundo com a série de partidas válidas pelo calendário Global Games, o “NBA Cares”, principal projeto social da NBA, fez a alegria e realizou o sonho de diversas crianças carentes.

“Penso que essa experiência no NBA Global Games no Brasil foi muito satisfatório para nosso time. Crescemos muito aqui com essa experiência. Saímos do Brasil um time muito mais unido fora de quadra e isso só trás benefícios para nós”, declarou o pivô Nikola Vucevic, cestinha da partida entre Flamengo e Orlando, com 18 pontos. 

Na quinta-feira (15/10), o elenco do Flamengo e do Orlando Magic foram à Cruzada São Sebastião, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e por lá ministraram uma clínica para cerca de 50 crianças da Escola Municipal Santos Anjos. Além disso, a liga norte-americana promoveu uma reforma completa da quadra da escola, com direito a piso, teto, pintura, bolas, cesta e tabelas novas.

Fechando a série de ações da NBA no fim de semana no Rio de Janeiro, o público pôde participar mais uma vez do NBA Fan Zone. Direto da praia de Ipanema, a NBA instalou uma quadra e os fãs de basquete puderam acompanhar as Finais dos torneios da plataforma 3×3, e usufruir de toda a estrutura e atividades que a liga norte-americana oferece com maestria.

“Tivemos tempo de conhecer as praias do Rio de Janeiro, até jogamos o futevôlei, com gente que não entendia meu inglês e eu não entendendo o português deles. Além disso fui para o Maracanã e diversos lugares muito legais, em que as pessoas tratavam a gente muito bem. Não sei quando vou ter outra oportunidade de voltar para o Brasil, mas com certeza voltarei”, finalizou o pivô do Orlando Magic.

A quadra instalada pela NBA na praia de Ipanema e as atividades feitas por lá são sinônimos de sucesso para o fã do basquete (Divulgação/Inovafoto)