77

MANTEVE
4º Colocado (*)

X

79

+2 POSIÇÕES
5º Colocado (*)

COMPARE AS EQUIPES

77

PTS

79

12

A3C

8

13

A2C

18

15

LLC

19

35

RT

40

11

ASS

15

Pts: Pontos RT: Rebotes ASS: Assistências A3C: Arremessos de três certos A2C: Arremessos de dois certos LLC: Lances livres certos
(*) Colocação refere-se a rodada em que esta partida foi realizada

Quando um casamento vem de longa data, pode até ter certos desentendimentos no caminho, mas a relação de amor prevalece e gera bons frutos. A relação de Marquinhos com o R10 Score Vasco da Gama já é antiga e mostra que está mais forte e intensa do que nunca. Em sua turnê de despedida, o ala foi um verdadeiro gentleman do time para conduzir a vitória do Gigante da Colina sobre o CAIXA/Brasília na Arena BRB/Nilson Nelson por 79 a 77 e recolocar o Cruzmaltino na quinta colocação do NBB CAIXA e no altar.

“Brasília foi um dos rivais que mais enfrentei no NBB CAIXA, tive várias vitórias e derrotas, acho que mais vitórias do que derrotas. Uma memória boa foi agora, no Torneio Abertura, foi uma semana dura de muitos jogos seguidos, perdemos a final contra o Minas, mas foi uma semana legal, torcida vascaína presente, é um lugar muito bom para o basquete”, recordou Marquinhos. De fato, de tantas histórias que o ala viu ao longo de seu casamento com o NBB CAIXA, já presenciou a fase áurea do Brasília tricampeão seguido no começo da competição e também deu o troco, conquistando o título com outro time carioca, o Flamengo. Mas deixar uma última boa impressão é a melhor imagem que pode ter, tanto no torneio preparatório da temporada 2024/25, quanto nos momentos decisivos antes dos playoffs.

Primeiro quarto

Marquinhos demorou algum tempo para calibrar a mão para os arremessos. Em compensação, mostrou que está em perfeita sintonia no casamento com os companheiros do R10 Score Vasco da Gama. No primeiro arremesso, sofreu um toco de Daniel Von Haydin, mas, na sequência, mostrou seu lado garçom. Pegou o próprio rebote e serviu Humberto, que partiu para a bandeja. Anderson Rodrigues tentou um novo toco, porém a bola já estava na descendente. A primeira assistência de Marquinhos na manhã não teve bola balançando a rede no visual, contudo contou com a regra a seu favor.

Marquinhos na assistência para Scheuer cravar para o R10 Score Vasco da Gama. Foto: Matheus Maranhão/ CAIXA Brasília

Em seguida, três assistências para consagrar Paulo Scheuer dentro do garrafão e para mostrar que não é à toa está na nona colocação de maiores assistentes da história do NBB CAIXA. A última foi tão genial ao abrir espaço, que Scheuer partiu para a cravada e ainda recebeu falta. Marquinhos também recebeu passe preciso de Paulichi, para anotar seus únicos dois pontos no primeiro período. Faltando três minutos, foi substituído, mas as oportunidades criadas com suas jogadas fez o Cruzmaltino vencer o quarto por 20 a 11.

Segundo quarto

No início do segundo período, Marquinhos sofreu falta e converteu os dois lances, cometeu falta, buscou rebotes defensivos, devolveu a assistência para Paulichi, cometeu erro na posse de bola e foi substituído. Ainda deu tempo de retornar para consagrar mais um companheiro, Gu Basílio, que converteu uma bola importante de três pontos. Nessa altura, o CAIXA/Brasília vencia por 35 a 33 em um momento de reação e maior ritmo de ataque. Das nove assistências do time carioca até o intervalo, o ala foi responsável por seis, que também deixou mais dois pontos nos momentos finais. Foi para o vestiário com o mesmo número de pontos e assistências.

O CAIXA/Brasília, por sua vez fez um período com maior intensidade ofensiva e maior precisão nos seus arremessos. Lucas Lacerda e Anton Cook anotaram oito pontos cada e lideraram o time da casa para fazer 29 a 20 no período e deixar o marcador empatado em 40. O intervalo teve um pedido todo especial de casamento que fez a Arena BRB/Nilson Nelson vibrar.

Terceiro quarto

Falando em casamento, a sintonia fina entre Marquinhos e Scheuer lembrava Bebeto e Romário ou, no basquete, Byrd e Vargas, do Vasco dos anos 90. Quarta assistência do ala para o ala/pivô. A mão para o arremesso não estava realmente nos melhores dias. Na tentativa para três, aro e rebote de Anderson Rodrigues, na tentativa para dois, toco de Pedro Mendonça. Aí que vem a sabedoria para ajudar a equipe de outras formas, por exemplo, buscando mais dois rebotes defensivos, cinco no total, até que sofreu a falta para anotar seus únicos pontos no quarto.

Mais uma vez, o CAIXA/Brasília mostrou-se mais efetivo, principalmente com sua maior rotação dos quintetos. Não teve um jogador que se destacou, mas teve um jogador a mais pontuando do que os atletas do time adversário. No final do quarto saiu de 54 a 50 desfavorável, para 66 a 57, antes de Paulichi descontar mais dois pontos faltando 19 segundos para o término do período.

Quarto quarto

Com um último período mais intenso fisicamente, Marquinhos sofreu com a estratégia que o técnico do CAIXA/Brasília, Dedé Barbosa, traçou com Pedro Mendonça perseguindo e desgastando o ala de 40 anos. Léo Figueiró, técnico do R10 Score Vasco da Gama, percebendo a situação, sacou Marquinhos com três minutos percorridos, afim de poupar o craque para os momentos decisivos. Do banco, viu seus companheiros aguerridos para buscar a virada com a bola de três de Eugeniusz no meio da corrida de 10 a 0 do Cruzmaltino.

Retornando, Marquinhos tentou mais arremessos e buscou rebotes. Mostrou tranquilidade e bom humor, durante dois arremessos de lances livres, quando o árbitro Marcos Antonio Ferreira falava mais alto para todos no garrafão. Marquinhos sorriu com a chamada de atenção e ainda converteu os dois arremessos. Aí, o placar marcava 76 para o time visitante e 72 para o mandante. Cook deixou a distância em um ponto e Eugeniusz converteu lances livres. O clima realmente ficou tenso no final, com Dedé Barbosa sofrendo uma falta desqualificante na discussão com a arbitragem, faltando seis segundos, que se transformou em dois lances não convertidos por Jamaal.

Na retomada da bola em jogo, a laranja, eterno caso de amor de Marquinhos, não poderia ir para outra pessoa para definir o confronto. Ao recebê-la, sofreu a falta e converteu o primeiro lance livre para deixar o placar em quatro pontos de distância. Von Haydin pegou o rebote do segundo e correu para converter a bandeja. No entanto, a vitória e a lua de mel ficaram para Marquinhos e o R10 Score Vasco da Gama. O ala foi o maior garçom da partida, terminando com 11 pontos, sete rebotes e sete assistências, em um jogo com vários destaque do Gigante da Colina. Scheuer, o consagrado, terminou como cestinha, com 17 pontos, Paulichi teve duplo-duplo (13 pontos e dez rebotes), Humberto e Eugeniusz terminaram com pontuação nos dois dígitos. Anton Cook foi o cestinha pelo outro lado, com 19 pontos.

Esse não foi um jogo de playoff do NBB CAIXA, mas teve toda a cara para isso. Inclusive, com o Cruzmaltino vencendo pela sétima vez fora de casa e a 18ª na competição, o time sobe para quinto lugar. Isso, projetando um eventual confronto de quartas de final, promoveria um novo encontro com o CAIXA/Brasília, que está em quarto na tabela, caso os dois times confirmem suas melhores campanhas contra os adversários das oitavas. Se tudo isso acontecer, a partida desse sábado (05/04) não terá sido a última boa lembrança que Marquinhos terá da Arena BRB/Nilson Nelson.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Penalty e UMP e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.