HOJE
Memóriasde menino
Por Douglas Carraretto
Adversário da garotada do Paulistano, Alex Garcia relembra tempos áureos no COC/Ribeirão Preto e exalta “privilégio” de jogar uma final como jovem

Geração de ouro em tempos áureos: COC Ribeirão Preto foi Campeão Brasileiro de 2003 com elenco quase inteiro jovem (Arquivo/CBB)
Em meados dos anos 2000, uma jovem equipe liderada por garotos de tamanho potencial chamou a atenção do Brasil inteiro ao conquistar nada menos que um pentacampeonato Paulista (2001, 2002 e 2003, 2004 e 2005) e um título do Campeonato Brasileiro (2003). Estamos falando do extinto e saudoso COC/Ribeirão Preto, de meninos prodígios como Alex Garcia, Nezinho e Renato Lamas.
Naquela época, o técnico Lula Ferreira, hoje supervisor de operações do Franca Basquete, chegou à equipe ribeirão-pretana e implantou a inovadora filosofia de apostar quase que exclusivamente em jovens talentos. A partir daquele momento, o COC iniciou uma verdadeira dinastia e se tornou uma das maiores potências do basquete brasileiro sob o comando da molecada.
Hoje, o exemplo pode ser aplicado no atual Paulistano/Corpore, finalista do NBB CAIXA 2016/2017 com elenco jovem e média de idade de 21,9 anos. Os promissores garotos Georginho, Lucas Dias, Arthur Pecos e Yago Matheus e Cia, vivem situação parecida com a que viveram Alex, Nezinho, Renato Lamas, Arthur Belchor, Tiagão, André Bambu nos anos 2000.
“Quando você está em início de carreira, chegar a uma Final de campeonato nacional é um privilégio. É gostoso, é importante, te valoriza como jovem, valoriza sua carreira e te torna promissor. É claro que tudo vai depender do que você fizer ao longo do tempo, mas é uma sensação muito boa e tenho certeza que os garotos do Paulistano estão sentindo isso que eu senti lá nos anos 2000”, comentou Alex.
Um dos grandes destaques daquela dinastia ribeirão-pretana, Alex Garcia vive situação inversa no momento atual. Aos 37 anos, o capitão do Gocil/Bauru Basket está na decisão do NBB CAIXA contra a jovem equipe do Paulistano, tão parecida com seu COC/Ribeirão Preto dos anos 2000.
O jogador relembrou a mescla dos garotos com os mais experientes de sua ex-equipe, como o excelente armador Edvar Júnior e os pivôs Juliano e Fabião. Hoje, no clube alvirrubro, o papel de doutrinar a meninada é ocupado por Daniel Hure, Renato Carbonari, Guilherme Hubner, Jhonatan e Eddy no clube alvirrubro.
“O COC estava em uma transição de jogadores mais velhos que não vinham tendo resultados expressivos. E quando trocou a comissão técnica, que era o Edvar Simões e o Tom Zé, entrou o Lula. Ele apostou na garotada que o Tom Zé montou, que era o juvenil, time do Tom Zé. A diretoria do COC apostou, e deu certo”, disse Brabo.
“É claro que nos primeiros anos teve uma mescla com alguns jogadores experientes, como Edvar Júnior, Juliano, Fabião, para dar um respaldo maior para nós garotos. E deu certo, a química deu certo. Soubemos jogar e tivemos a ajuda desses atletas experientes para fazer uma mescla muito legal com o comando do Lula Ferreira”, completou.

Quando jovem, Alex enfrentou experientes e consagrados, como Oscar Schmidt, como estão fazendo os garotos do CAP (Arquivo/CBB)
Experiência é o que não falta na consagrada carreira de Alex Garcia. Aos 37 anos, o “Brabo” carrega na bagagem mais de 15 anos de Seleção Brasileira, com duas Olimpíadas e quatro Copas do Mundo, além de passagem pela NBA e até pela Euroliga, no Maccabi Tel-Aviv (ISR).
Para se firmar no estrelato do basquete, o atleta natural de Orlândia (SP) brilhou quando jovem com a camisa do COC/Ribeirão Preto e, depois da sequência de títulos, pulou direto para o San Antonio Spurs (NBA), de Gregg Popovich, Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker, em 2004, e em seguida atuou pelo New Orleans Hornets (NBA).
Quase 14 anos depois, Alex Garcia voltará a disputar uma final em um palco de diversas conquistas memoráveis: o Ginásio Gigantão, em Araraquara (SP), palco do Jogo 3 das Finais entre Gocil/Bauru Basket, no domingo (04/06), às 14h35, com transmissão simultânea da Band e do SporTV.
Na época do COC/Ribeirão, em 2001 e 2002, o Brabo disputou duas decisões de Campeonato Paulista no Gigantão, diante do também saudoso Uniara/Araraquara, dos experientes Pipoka e Márcio Azevedo e dos jovens Arnaldinho, Dedé Stefanelli e Edu Mariano.
“O primeiro título daquela minha equipe do COC foi em Araraquara. Abrimos 2 a 0, fomos jogar em casa o terceiro jogo e perdemos, aí decidimos o Jogo 4 no Gigantão. É um ginásio grande, que conheço muito bem, joguei muitas vezes lá contra o Uniara, e que será nossa casa nesse Jogo 3. Espero que possa trazer bons fluidos e consigamos meter muita bola lá (risos)”, ressaltou o experiente ala de 37 anos.

Alex Garcia, 37 anos, Lucas Dias, 21 anos: esse é um dos embates das Finais do NBB CAIXA (João Pires/LNB)
Mas antes, Alex e o Gocil/Bauru Basket definirão em que condições chegarão para a experiência nostálgica em Araraquara depois do resultado no Jogo 2, que acontecerá nesta sexta-feira (02/06), no Ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP), às 19h30 (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV. Na abertura da série melhor de cinco, o Paulistano levou a melhor, por 82 a 78.
“Vacilamos no Jogo 1. Cometemos o erro de começar o jogo mole e não do jeito que se deve entrar em uma final. A reação só se concretizou pela nossa postura defensiva. Pressionamos, atrapalhamos o ataque do Paulistano e tiramos quase 20 pontos. Nosso objetivo é esse, sufocar o ataque do Paulistano e correr quando tiver a bola na mão”, finalizou Alex Garcia.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, Nike e Avianca e o apoio do Ministério do Esporte.
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