Mogi x CAP:outra final

A Copa Super 8 não poderia ser aberta com um duelo melhor: Paulistano/Corpore e Mogi das Cruzes/Helbor, finalistas da última edição do NBB CAIXA, serão os responsáveis por abrir o inédito torneio que dará ao campeão uma vaga na Liga das Américas da temporada que vem.

A partida entre esses dois gigantes do basquete brasileiro atual será nesta quinta-feira (20/12), no Ginásio Prof. Hugo Ramos, às 20h15, com transmissão ao vivo da ESPN.

Com campanhas idênticas no primeiro turno do NBB CAIXA – nove vitórias em 13 oportunidades (69,2% de aproveitamento) – as duas equipes farão um duelo com tom de playoffs. Quem vencer, avança, e quem perder, está fora.

Para explicarmos melhor o tamanho dessa partida, separamos alguns fatos importantes sobre o duelo. Confira:

Rivalidade aflorada

Paulistano x Mogi já pode ser chamado de clássico. Isso porque, ao longo dos últimos anos, as duas equipes estiveram em situações de extrema importância, entre finais de campeonato e duelos marcantes.

Em toda a história do NBB CAIXA, os dois se enfrentaram 17 vezes, com leve vantagem para o CAP, que tem nove vitórias contra oito dos mogianos.

Temporada quente

Só na temporada passada, ambas equipes mediram forças pelas semifinais do Campeonato Paulista (3×2 para o CAP), na Liga das Américas (87 x 86 para Mogi) e na grande decisão do NBB CAIXA (3x 1 para o CAP), que rendeu ao Paulistano seu primeiro título nacional da história.

Já nessa temporada, ambas equipes reeditaram a finalíssima da última temporada e realizaram o jogo de abertura da atual temporada do NBB CAIXA. Quem saiu com a vitória, na casa do adversário, foi o Mogi, com uma bela vitória com dez pontos de frente, por 85 a 75. Entendeu o porquê dessa rivalidade?

+Tabela de jogos da Copa Super 8

Ataque ou defesa?

Com campanhas idênticas no primeiro turno do NBB CAIXA (nove triunfos em 13 jogos), Mogi e Paulistano prometem fazer um confronto de extremo equilíbrio – os números, pelo menos, apontam isso.

Estatísticas de Mogi e CAP apontam extremo equilíbrio no duelo (Arte/LNB)

Com o melhor ataque da competição (média de 88,15 pontos por jogo), o Mogi terá pela frente um velho adversário que também se destaca no fator ofensivo (CAP tem 82,0 pontos por jogo, quarto melhor ataque).

Se nos diversos fundamentos o equilíbrio é grande, um ponto que pode fazer a diferença é a defesa das duas equipes. Alvirrubros e mogianos detém, após o término do primeiro turno, dois dos menores desempenhos defensivos entre os oito primeiros do NBB CAIXA 2018/2019.

Com média de 79,31 pontos sofridos por jogo, o CAP detém a terceira pior defesa dentre os oito que estão na Copa Super 8. O Mogi vem no mesmo embalo e, com média de 82,0 pontos sofridos por jogo, é o dono da defesa mais vazada dentre as equipes participantes da Copa Super 8.

Yago x Shamell

O duelo também marcará um encontro entre dois representantes de gerações distintas, mas ambos com grande importância não só em seus clubes, mas no basquete nacional: o experiente Shamell (Mogi) e o garoto Yago Mateus (Paulistano).

Yago, do Paulistano, e Shamell, do Mogi, se enfrentaram na última final do NBB CAIXA (Fotojump/LNB)

Aos 38 anos, Shamell é um dos poucos atletas que disputou todas as edições do NBB CAIXA. O ala norte-americano, que já teve passagem pelo próprio Paulistano (2004 a 2007), é atualmente o maior pontuador da história da competição nacional, com 6.870 pontos.

Do outro lado, Yago já acumula cinco finais de campeonato (2x Paulista, 2x NBB CAIXA e 1x Sul-Americano Sub-21) em seis campeonatos disputados em somente duas temporadas como profissional, sendo que foi campeão em três oportunidades (Paulista 2017, NBB CAIXA 2017/2018 e Sul-Americano Sub-21).

Em todas elas, o “monstrinho” teve papel fundamental de protagonista. Agora, virou também figurinha carimbada nas convocações de Aleksandar Petrovic para a Seleção Brasileira. Pouco antes, foi selecionado para participar do Nike Hoop Summit ao lado dos maiores prospectos do basquete mundial.

Reencontros

O clássico entre Paulistano e Mogi também promoverá alguns encontros entre atletas que já atuaram pela equipe rival em suas carreiras.

É o caso de Shamell, que atuou pelo CAP entre 2004 e 2007 (seu segundo clube no Brasil), do ala/pivô Gruber, na temporada 2015/2016, e o armador Arthur Pecos, que foi projetado ao cenário nacional pelo clube alvirrubro. Por lá, Pecos ficou por quatro temporadas e conquistou dois vice-campeonatos do NBB CAIXA (2013/2014 e 2016/2017).

Arthur Pecos se firmou no cenário nacional com as cores do Paulistano (Fotojump/LNB)

Já pelo lado do CAP, o técnico Régis Marrelli é nascido em Mogi das Cruzes e iniciou por lá sua carreira de treinador, em meados dos anos 2000.

Guerrinha fora do Super 8

O técnico Guerrinha não comandará o Mogi durante a Copa Super 8. Isso porque o treinador passou por um procedimento cirúrgico para tratar de uma sinusite e ficará de fora do torneio de final de ano para se dedicar à recuperação.

A previsão de retorno é somente no mês de janeiro e, até lá, o assistente técnico Danilo Padovani dirigirá a equipe na ausência de Guerrinha.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio máster da CAIXA, os patrocínios de INFRAERO, Avianca, Nike e Penalty e os apoios de UNISAL, Açúcar Guarani, Ministério do Esporte e Governo Federal.

Treinador do Mogi em 2015/2016 e atual auxiliar de Guerrinha, Danilo Padovani comandará a equipe na Copa Super 8 (João Pires/LNB)