Momentos distintos

Atravessando seu melhor momento no NBB 7, o Basquete Cearense terá mais um duro desafio na luta pela ascensão no campeonato. Nesta quarta-feira, a equipe da Região Nordeste medirá forças com o Mogi das Cruzes/Helbor, que passa por uma fase complicada na competição e carrega três derrotas seguidas atuando como mandante.

O confronto entre os dois “distintos” na competição será no Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza (CE), às 20 horas (de Brasília), em partida adiada da sétima rodada da sétima edição do NBB e remarcada por conta da participação do clube do Alto Tietê na Liga Sul-Americana 2014, no qual foi vice-campeão.

Por se tratar de um confronto remarcado da sétima rodada, alguns dos atletas contratados por ambos os times com o NBB em andamento não entrarão em quadra por não estarem inscritos na data real do confronto. Pelo lado cearense, o pivô paraguaio Guillermo Araujo e o ala Felipe Taddei não estarão à disposição do técnico Alberto Bial. Já na equipe paulista, o armador Alexandre Pinheiro é a baixa.

“Estamos todos na mesma situação. O Araujo não joga pelo Basquete Cearense, o Brasília também terá muitos desfalques. Eu não gosto dessa situação, mas temos que aceitar. Temos um problema, o Alexandre (Pinheiro) é um jogador fundamental no espírito que ele passa dentro de quadra, é um guerreiro. Mas temos confiança no Vithor (Lersch) e no Bié. Eles tem que aproveitar as oportunidades”, comentou o técnico do Mogi, o espanhol Paco García, que segue sem contar com o armador Gustavinho, lesionado.

Basquete Cearense vem de 2 vitórias seguidas e está beirando a zona de playoffs do NBB 7 (LC Moreira/Divulgação)

Com as duas vitórias consecutivas conquistadas nos dois últimos jogos, contra Liga Sorocabana e Unitri/Pilhas Energizer, o Basquete Cearense emplacou sua primeira sequência de êxitos seguidos na atual temporada do NBB, algo que não acontecia desde a 23ª rodada da fase de classificação do NBB 6, em fevereiro de 2013, quando os nordestinos acumularam três triunfos de maneira ininterrupta.

“Esperamos manter o nível de atenção e disciplina tática que tivemos nos dois últimos jogos. Isso nos proporcionou jogarmos um melhor basquete da melhor forma até agora. Para que essa situação se mantenha, a gente está fazendo trabalhos específicos com alguns jogadores, dentro e fora da quadra”, afirmou o técnico do Basquete Cearense, Alberto Bial.

Após voltar a sentir o gosto de uma sequência após quase um ano, o esquadrão de Fortaleza subiu para a 13ª posição, no limite da zona de classificação aos playoffs, com quatro êxitos positivos em 14 confrontos (28,6% de aproveitamento). Para o duelo frente aos atuais vice-campeões sul-americanos, o técnico Alberto Bial pode ter, além de Araujo, o desfalque do jovem pivô Erick Camilo, que se lesionou no último jogo contra o Uberlândia e segue como dúvida.

“Sabemos da força do adversário, que vem de três derrotas. Espero que todos os nossos atletas estejam em condições. O Erick é muito difícil, o tornozelo está muito inchado. O Araujo, por ser um jogo adiado, não tem condições. Esperamos continuar subindo na tabela. A gente se sente muito bem quando é recompensado por um trabalho duro, difícil, mas compromissado”, completou Bial.

Mogi das Cruzes vem de três derrotas seguidas em casa e busca reabilitação imediata para voltar ao pelotão de elite do NBB 7 (Cleomar Macedo/Helbor)

Se no Basquete Cearense o clima é bom, do outro a maré não é lá tão positiva. O Mogi das Cruzes vem de três derrotas seguidas jogando no “caldeirão” Hugo Ramos, sequência esta que os afastou do G-4 e os jogou para a oitava colocação, com campanha de sete resultados positivos em 13 partidas (53,9% de aproveitamento). Por outro lado, a equipe do técnico Paco García venceu os últimos três jogos que fez fora de casa, contra Rio Claro, Paulistano e Pinheiros.

Apesar de estar mais à frente do que os cearenses na tabela, o treinador mogiano Paco García prega total respeito ao adversário, lembrando-se da dificuldade que é de jogar no Nordeste. As duas partidas entre Basquete Cearense e Mogi realizadas em Fortaleza no NBB foram decididas na última bola, com uma vitória para cada lado.

“O Basquete Cearense é um time mais forte do que diz a tabela de classificação. Tem um dos melhores armadores de futuro do Brasil, que é o Davi, um cara que está evoluindo demais. Tem um jogador com muita facilidade de pontuar que é o Fischer. O Andrezão está sendo muito bem utilizado de 3 (ala) e de 4 (ala/pivô). Temos que ter ambição para buscar um jogo forte. Os dois últimos jogos no Ceará foram decididos na última bola. Agora precisamos da vitória para melhorar na classificação. Ainda estamos em tempo de melhorar nossa posição”, analisou Paco.

Melhor fora? Mogi venceu os últimos 3 jogos que fez como visitante (Guilherme Peixinho/Divulgação)

Em Fortaleza (CE), o Mogi das Cruzes fará a primeira partida de uma maratona de seis duelos longe de seus domínios. Depois de enfrentar o Basquete Cearense, Shamell, Tyrone, Gerson, Elinho e Cia. medirão forças com UniCEUB/BRB/Brasília (ao vivo no SporTV), Unitri/Pilhas Energizer, Minas Tênis Clube, Palmeiras/Meltex e Pinheiros/SKY, todos na casa do adversário, sequência vista com otimismo pelo treinador Paco García.

“Buscar vitórias. Chegamos perto delas em algumas ocasiões e nos escaparam por detalhes. Agora temos que buscar vitórias fora de casa. Quando cheguei em Mogi há alguns anos disse que queria um time que pudesse buscar vitórias dentro e fora do caldeirão. Agora temos que mostrar esse caráter. Perdemos três jogos em casa e agora precisamos buscar vencer como visitantes. Temos time para ganhar os seis jogos”, contou o comandante mogiano.