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Mostrou a que veio

06-08-2013 | 01:24
Por Liga Nacional de Basquete

De desconhecido a destaque: conheça o ala/pivô Pajé, um dos principais nomes da segunda etapa perfeita do São José na LDB 2013

Recentemente contratado pelo São José, Pajé já mostrou que é peça-chave no elenco comandado por Paulo Cezar "Jaú" (Luiz Pires/LNB)

Já era esperado que a segunda etapa da LDB 2013 fosse diferente para o São José/Unimed. Primeiro, por sediar esta fase e jogar em casa, no Ginásio Lineu de Moura e contar com o apoio de seu torcedor. Segundo, por contar com o importante reforço do pivô Jerônimo, ex-Vivo/Franca e Joinville. Mas, a torcida joseense ganhou um inesperado motivo para se animar ainda mais: o ala/pivô Pajé, de 22 anos, um dos destaques da segunda fase invicta da ‘Águia do Vale’.

Natural de Várzea Grande, Mato Grosso, Marciel da Silva Santos, o ‘Pajé’, construiu sua carreira bem longe de sua terra natal. Com 16 anos, o camisa 19 saiu de casa para jogar em Garça, cidade do interior de São Paulo. Após dois anos na equipe, o jogador se transferiu para o Winner/Kabum/Limeira, em que ficou por mais dois anos, na categoria juvenil. Sem poder fazer parte da equipe adulta limeirense, o atleta foi para Dracena (SP) atuar pelo time adulto.

Após um ano, Pajé foi contratado pelo Jacareí (SP), clube por onde já passaram muitos jovens jogadores que, hoje, fazem sucesso em outras equipes e até na Seleção Brasileira, caso de Jefferson Campos, do Mogi das Cruzes/Helbor, João Phylippe, hoje no Macaé Basquete, Cristiano Felício, recém contratado pelo Flamengo, Isaac, do Uniceub/BRB/Brasília, Jimmy, do SKY/Basquete Cearense, além de Rafa Moreira, do Minas Tênis Clube, e Douglas Kurtz, ex-Franca, atualmente no Unitri/Universo.

O sucesso do ala/pivô de 22 anos do time jacareiense despertou o interesse do São José, que precisava de alguém para suprir a carência do garrafão do time sub-22. Nos cinco jogos que disputou na segunda etapa do maior campeonato de base do país, o atleta obteve médias de 15,6 pontos e 8,4 rebotes por jogo.

Na partida contra o Bauru, Pajé anotou 32 pontos e igualou o recorde de pontos da LDB 2013 (Luiz Pires/LNB)

Pajé foi um excelente reforço não só para o elenco sub-22 do esquadrão do Vale do Paraíba, mas também para a equipe adulta. Desfalcado de muitas de suas principais peças, o time comandado por Régis Marrelli contou com o talento do camisa 19, que mesmo sendo novo na área, não decepcionou. Nas duas primeiras partidas do Campeonato Paulista, contra seu ex-time, o Jacareí, e XV de Piracicaba, o jogador anotou dez pontos e esteve em quadra aproximadamente por 27 minutos em cada partida.

“A torcida aqui é muito calorosa. Isso ajuda bastante nas jogos, principalmente agora que estamos desfalcados dos norte-americanos (Laws e Ed Nelson), que estão sem documentação, sem o Jefferson, Dedé, machucados. O Fúlvio é um jogador muito importante, pois ele está sempre apoiando. A confiança que o Régis (Marrelli) e o ‘Jaú’ me passam é muito importante para todos estes resultados”, comentou Pajé.

Após conquistar a massa joseense com excelentes atuações em quadra, o público em geral ficou curioso para saber o porquê de seu apelido. Pajé revelou o motivo e afirmou que é devido a sua naturalidade.

“Eu sou natural do Mato Grosso e as pessoas falam que lá só tem índio, só mato. Como ‘índio’ é um apelido muito popular, muito genérico, resolveram colocar Pajé. Aí pegou e está até hoje”, contou.

Tudo aconteceu um pouco rápido para Pajé. A chegada a São José, os excelentes desempenhos, o carinho da torcida. Certamente, ainda é cedo para falar sobre o futuro do jogador na equipe joseense, mas se as coisas continuarem evoluindo da maneira que estão, o jovem ala/pivô realizará um antigo sonho: disputar o NBB.

“Faz tempo que eu assisto o NBB apenas pela televisão. Agora que terei essa oportunidade pelo São José procurarei aproveitar ao máximo para fazer um ótimo campeonato. Queria agradecer a torcida por tudo isso, por me acolher tão bem. E vamos nessa!”, finalizou Pajé.