#JOGAJUNTO

NBB Caixa

A TRAJETÓRIADE SHAMELL

05-03-2020 | 12:47
Por Liga Nacional de Basquete

Maior cestinha do NBB CAIXA bate papo com o pessoal do podcast DIQUINTA e fala sobre início de carreira, melhores da história do NBB CAIXA e muito mais

Shamell, o maior cestinha da história do NBB CAIXA, concedeu uma entrevista ao podcast DIQUINTA,  apresentado por Marcel Pedroza, jornalista e comentarista das transmissões do NBB CAIXA, Adalto Pedreira, podcaster basqueteiro, e o ex-jogador Gustavinho Lima, atual coordenador do sub-19 do Corinthians. Na conversa, o atleta abordou diversos temas, entre eles a adaptação ao Brasil e sobre se auto-intitular o melhor da história do NBB CAIXA. 

Aos 39 anos de idade, sendo 16 deles vividos aqui no Brasil, o jogador consolidou uma carreira de respeito em solo nacional. Mas até chegar ao status de um dos melhores da história do NBB CAIXA, Shamell teve que ralar e percorreu um caminho longo no mundo da bola laranja. 

Natural de Fresno, quinta cidade mais populosa do estado da Califórnia, o norte-americano nasceu em 1980. Seu primeiro contato com o basquete aconteceu aos 14 anos, na escola, depois do treinador assisti-lo cravar enquanto o ala brincava no intervalo.

“Estava com uma bola de vôlei. Cravei com a mão esquerda, com a direita e o técnico, que estava lá e me viu, perguntou se eu não queria jogar basquete. Respondi que basquete não era muito a minha praia, por que eles corriam e treinavam muito. Nessa época, com 14 anos, não queria isso. Jogava beisebol, que é mais lento, futebol americano, tênis e alguns esportes ligados ao atletismo”, afirmou.

No último ano do high school, Shamell continuava firme em várias modalidades, mas já demonstrava uma nítida melhora com a bola laranja nas mãos. Nesse período, o então treinador do ala do tricolor paulista viu um potencial a ser lapidado no garoto e conversou, de uma forma peculiar, com a mãe do jogador. 

“Meu treinador xavecou minha mãe para que eu escolhesse seguir no basquete. Dizia para ela que eu não ficaria mais forte, que tinha medo que eu me machucasse no futebol americano e que acreditava que no basquete eu conseguiria ter uma boa carreira. Chorei e disse que queria jogar todos os esportes, mas ela disse que eu tinha que decidir e que iria jogar basquete. No final foi praticamente ela que decidiu e eu só aceitei (risos)”, disse o jogador.

Shamell recebeu um empurrãozinho de seu treinador do colégio para se dedicar ao basquete (Rubens Chiri/São Paulo FC)

A escolha de focar no basquete deu certo. Shamell conseguiu uma bolsa para estudar e jogar pela San Francisco University, onde ficou por quatro anos e também se formou em Psicologia e business marketing. 

Mesmo com o certificado do ensino superior na mão e uma oportunidade de emprego em vista, Shamell escolheu seguir a vida no mundo do basquete. Chegou ao Brasil em 2004 para jogar pelo Araraquara, em sua primeira oportunidade como jogador profissional de basquete.

“Não escolhi vir para o Brasil, o Brasil que me escolheu. Estava em casa, desempregado, mas tinha propostas para trabalhar, que eram boas ofertas. Ganharia 100 mil dólares todo ano, com oportunidade aumento todo ano, só que minha paixão era o basquete. Gostava muito de jogar e continuei treinando, até que minha mãe me incentivou a continuar com o meu sonho, já que eu gostava tanto”, afirmou o camisa 8 do tricolor.

Agora, há 16 anos no Brasil e tendo participado de todas as edições do NBB CAIXA, Shamell se firmou como um dos maiores atletas da história da competição, sendo o maior cestinha da história com 7,629 pontos em 410 jogos (média de 18,6 pontos). Perguntado, o jogador afirmou ser o maior da história do NBB CAIXA. 

“Se eu acho que sou o melhor da história do NBB CAIXA? Claro que acho! Tá me tirando? Pensou que eu fosse escolher outro cara? Não, aqui sou eu (risos). Você (Gustavinho) me conhece, toda vez que entro dentro de quadra procuro ser o melhor”, completou.

Shamell se considera o melhor jogador da história do NBB CAIXA (Rubens Chiri/São Paulo)

Rolou também a seleção da história do NBB CAIXA na opinião do Shamell. 

“Vou com JP Batista na 5 (pivô), Leandrinho na 1 (armador), Alex de 2 ou 3, não importa, eu e o Marquinhos na 4 (ala/pivô)”, revelou.

Durante o podcast, o jogador ainda tratou de forma mais profunda sobre como foi a vida durante a universidade, as dificuldades de adaptação, entre outros temas que fazem o Shamell ser o jogador que conhecemos. 

E aí, quer escutar a entrevista na íntegra? Então dá uma olhada no podcast do DIQUINTA, disponível no Spotify

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), em parceria com a NBA, e conta com os patrocínios oficiais da CAIXA, Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos e VivaGol e o apoio da Pátria Amada Brasil – Governo Federal.