A Liga de Desenvolvimento de Basquete 2025 tem como orientadores dois nomes de peso: Vitor Galvani e José Neto. Reconhecidos pela capacidade de formar atletas e liderar projetos com excelência, os treinadores têm como missão acompanhar de perto o aprimoramento técnico, tático e comportamental dos treinadores que estão na disputa da LDB.

Treinador do Pinheiros, Galvani tem se destacado pelo trabalho consistente com jovens atletas, como fez no NBB CAIXA 2024/25, quando chegou às quartas de final. Multicampeão, Neto traz uma bagagem internacional valiosa. Juntos, eles vão atuar como mentores da competição, observando os jogos, promovendo conversas e oferecendo feedbacks construtivos aos técnicos, reforçando o papel da LDB como principal plataforma de formação do basquete nacional.

Galvani está acompanhando os jogos válidos pelo Grupo A, que estão sendo disputados no Ginásio Antonio Prado Jr., em São Paulo. “Já vou cortando alguns vídeos, vou preparando um material, montando um relatório para depois passar para os técnicos, pontuando o que eu achei de interessante e também alguns pontos de melhora. Também pedi aos treinadores que me falassem algum ponto que eles querem discutir”, explicou o treinador do Pinheiros.

Vitor Galvani no trabalho de observação nos jogos do Grupo A da LDB, em São Paulo. Foto: LNB

“Alguns treinadores, por exemplo, querem saber como é o nosso sistema de atacar o rebote ofensivo. Lideramos o NBB CAIXA no ano passado nesse quesito e eles querem que eu fale um pouco sobre como treinamos isso e tudo mais. Se o técnico tem uma visão do que está acontecendo no jogo, e eu estou com uma visão de fora, com outro olhar. Também estou disponível para ter essas discussões entre os jogos, após os jogos, para tentar contribuir da melhor maneira possível”, acrescentou.

Apesar de ouvir que há interesse dos treinadores no sistema que adotou no Pinheiros, Galvani defende que não há uma maneira 100% certa de jogar. “Estou tentando pegar alguns princípios globais do jogo. Acredito no bem feito, tanto que vejo equipes, seja Universitário, Euroliga, NBA, jogando com estilos diferentes e sendo bem-sucedidas. Não existe uma resposta certa, mas existem alguns princípios globais de espaçamento de quadra, de criação de vantagem, de leitura em cima da vantagem, de como manter uma vantagem criada no ataque e, na defesa, tentando fazer o oposto. Tentando diminuir os espaços, tentando impossibilitar essa criação de vantagem”, afirmou.

“A minha ideia não vai ser ditar regra, tem de jogar dessa maneira, e sim, de contribuir para aquela maneira que o treinador propõe do jogo, alguma visão que eles podem passar para os atletas posteriormente. Esse é o ser e o foco”, acrescentou Galvani, que viveu essa mesma situação na figura do treinador que estava buscando seu espaço.

“É um trabalho extremamente importante. Eu sou uma cria da LDB. Na minha época já tinha, essa parte orientadora, que eu me lembro que foi o Regis Marelli uma vez e, na outra, o André Germano. Então, às vezes, só você poder discutir e pegar um ponto com eles, como eu falei antes ali, de um cara que não está todo dia no treinamento, que tem um olhar de fora daquilo que está acontecendo na quadra e um ponto de vista diferente. Às vezes, é uma coisa que o coordenador técnico fala, um ponto de vista diferente, que faz uma diferença legal quando você vai trabalhar com os jogadores na quadra”, finalizou Galvani.

José Neto no trabalho de observação nos jogos do Grupo B da LDB, em Mogi das Cruzes. Foto: LNB

Maior vencedor da história do NBB CAIXA entre os treinadores ao lado de Helinho Garcia, com quatro títulos pelo Flamengo, José Neto é responsável por acompanhar os jogos válidos pelo Grupo B, que está sendo disputado no ginásio Professor Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes.

“É importante destacar que essa é uma iniciativa da LNB que merece reconhecimento, pois valoriza o desenvolvimento dos treinadores ao oferecer ferramentas e suporte técnico para sua evolução. O trabalho do orientador técnico consiste em agregar valor à formação dos treinadores, promovendo a troca de conhecimentos e experiências. Isso está totalmente alinhado ao propósito da LNB, que visa fomentar o crescimento de atletas, árbitros e também dos profissionais da comissão técnica.
A observação dos jogos é uma ferramenta-chave, permitindo a identificação de diversos aspectos que contribuem para esse processo formativo”, explicou.

José Neto se concentra em dois aspectos principais em suas avaliações. “A atuação do treinador e o padrão de jogo de sua equipe. A partir desses elementos, é possível avaliar se o técnico está conseguindo intervir de maneira eficiente, conduzindo sua equipe a apresentar um jogo compatível com os níveis desejados para o desenvolvimento do basquete brasileiro”, afirmou o treinador, que acompanha todos os jogos in loco.

“Elaboro um feedback técnico que é compartilhado em uma clínica teórica e prática com os treinadores. Também me coloco à disposição para conversas individuais sempre que necessário, pois acredito que esse contato direto é essencial para um acompanhamento mais eficaz”, disse José Neto, que valoriza essa troca de ideias.

“É uma excelente oportunidade para que os treinadores recebam feedbacks qualificados sobre o trabalho que vêm desenvolvendo. Além disso, é um momento rico para compartilhar ideias, propor reflexões e estimular a busca constante por evolução dentro da função que exercem”, finalizou.

A LDB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica e Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.