HOJE
Não pode parar
Por Liga Nacional de Basquete
Depois de evoluir bastante na temporada passada, Elinho trabalha para manter crescimento individual, só que priorizando o conjunto do Paulistano
Sempre evoluindo. Essa frase poderia até virar um mantra para Elinho, do Paulistano/Unimed, indicado ao prêmio de jogador que mais evoluiu na temporada passada do NBB. Humilde ao extremo, o armador faz questão de atribuir o seu crescimento profissional à subida de produção do time da capital paulista, que foi uma das surpresas da quarta edição da competição. “Eu consegui evoluir bastante, mas isso foi junto com a equipe. Foi um resultado do time, todo mundo cresceu junto”, afirmou.
De fato, a evolução de Elinho se confunde com a do Paulistano. Pegando as médias das temporadas 2010/2011 e 2011/2012, o armador dobrou seu tempo de jogo (de 13,7 para 26,6 minutos por partida), quase triplicou sua pontuação (de 2,5 para 6,7 pontos) e melhorou consideravelmente seu índice de assistências (de 0,6 para 3,8). No mesmo período, a equipe saltou de oito vitórias e o 12º lugar na fase de classificação para 17 jogos ganhos e a sétima colocação.
Ao ser questionado sobre a parcela de contribuição do técnico Gustavo De Conti neste ganho de qualidade, Elinho não tem nenhuma dúvida de que o treinador é o grande responsável pela evolução não só do próprio jogador, como de um grupo inteiro. “Ele é bem severo, não aceita perder e não deixa a bola cair. O trabalho é constante. A expectativa é ainda maior para esta temporada”, disse.
Espelhando-se em jogadores como Marcelinho Huertas, Steve Nash, Rajon Rondo e Fúlvio, o armador do Paulistano, que acredita ter adquirido mais experiência durante o NBB, indicou quais são as características do seu jogo que têm de ser trabalhadas com mais intensidade para esta temporada. “Preciso evoluir no aproveitamento de três pontos e na minha defesa”, declarou.
Elinho quer crescer individualmente, mas suas pretensões são coletivas. Sempre que perguntado, o atleta prefere não expor suas qualidades pessoais, exaltando sempre os seus companheiros. O importante para ele, sempre, é o conjunto. Em detrimento até de si próprio. “Sou bem tranquilo quanto a isso. No último jogo, contra o São José (pelo Paulista), não fui bem, mas o importante foi que vencemos. Foi um alívio porque no ano passado não ganhamos nenhuma deles. É o que importa”, comentou.
Isso não significa que Elinho não almeje voos mais altos. Mesmo se preocupando com o presente e com o trabalho no Paulistano, o jogador não nega sua vontade de vestir a camisa do Brasil, algo que já fez em treinos para o Sul-Americano. “Busco o sonho de estar em Rio-2016. Não só para as Olimpíadas, mas como para agora também, para o Mundial. Participar da seleção foi inacreditável, uma experiência maravilhosa”, concluiu.
O NBB é um campeonato organizado pela Liga Nacional de Basquete (LNB) em parceria com a Rede Globo e patrocínio Eletrobras, Caixa, Penalty e Netshoes.