Logo mais, na noite desta segunda-feira (07/04), quem tiver acompanhando o confronto entre KTO Minas e R10 Score Vaco da Gama, na Arena UniBH, pode estranhar o quinteto inicial do Cruzmaltino sem o destaque da semana que tanto ajudou o time carioca a subir na tabela e encostar no CAIXA/Brasília, um dos times derrotados pelo Gigante da Colina. Paulo Scheuer viveu uma semana que oscilou entre boas atuações e idas ao hospital, mas no melhor estilo “quanto mais apanho, melhor eu jogo”.

O ala/pivô registrou médias de 19,5 pontos e seis rebotes para 21 de eficiência na semana. No primeiro jogo, na terça-feira (1º de abril), mostrou que o R10 Score Vasco da Gama é um time unido de verdade. Contando com apenas sete jogadores para rotação, sem sua estrela maior Marquinhos, Scheuer assumiu a responsabilidade e foi o cestinha da vitória sobre o Paulistano/CORPe por 78 a 66, com 22 pontos, seis rebotes e duas assistências, jogando em São Januário. Mas ser ala/pivô com tamanha importância no garrafão Cruzmaltino, ainda mais contra o jogo físico da equipe paulista tem seu preço. Em um lance sofreu uma batida na cabeça e precisou ir ao hospital para averiguação, mas estava tudo certo com o atleta.

Paulo Scheuer viveu uma semana de alto desempenho e pequenos problemas de saúde entre os jogos. Foto: Mauricio Almeida/R10 Score Vasco

Depois, no último sábado (05/04), jogando na Arena BRB Nilson Nelson, converteu bolas que fizeram Marquinhos o maior assistente da partida na vitória por 79 a 77 sobre o CAIXA/Brasília. Foi novamente o cestinha do time Cruzmaltino, com 17 pontos e seis rebotes. E o que era para ser apenas comemoração, teve mais uma daquelas coisas que atleta de elite precisa superar, passou a noite no hospital com gastroenterite e não começa a partida nesta segunda-feira.

Mesmo assim, Paulo está contente com o destaque. “Feliz e confiante de que isso é resultado de um processo que vem sendo feito desde agosto do ano passado. É um trabalho silencioso e sem glamour de todos os dias, de acreditar na rotina, na disciplina. Isso é resultado de um trabalho duro, e também é uma grande parcela de um grupo que confiou em mim.”

Scheuer entende que estar em um grupo calejado e com experiência para atuar bem nos momentos decisivos da temporada é o que faz suas atuações crescerem também. “Falamos muito sobre isso dentro do grupo e acredito que, pela experiência do grupo, todos sabem que o momento mais importante é os playoffs. Então, buscamos evoluir ao máximo durante a temporada, para assim chegar nessa reta final o mais afinado possível.” E acrescenta que, no estilo que o treinador acredita de jogar, o ala/pivô acaba aumentando a importância. “A minha posição é muito cobrada no basquete e pela torcida vascaína. O jogo do Léo (Figueiró) é muito forte na defesa e eu fico muito feliz que além da defesa, eu tenho crescido também no ataque. Dos últimos sete jogos, perdemos apenas um.”

 

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Paulo Scheuer é um atleta tímido, que não é espalhafatoso fora de quadra. Vindo de Francisco Beltrão (PR) e com 26 anos, não é acostumado aos holofotes apontados para si. Contudo, dentro de quadra vira um leão e é onde se sente mais a vontade para mostrar seu potencial. “Uso muito o basquete para me expressar, tento sempre deixar tudo dentro de quadra. Tanto que, no último jogo em São Januário (contra o Paulistano), tive dois momentos críticos dentro de quadra e saí do jogo direto para o hospital. Mesmo assim, tive um dos meus melhores rendimentos na temporada. Busco viver apenas aquele momento e, por conta da paixão pelo esporte e pela preparação, para mim não existe lugar no mundo que me sinta mais confortável do que em uma quadra de basquete. Ali posso me expressar, esquecer de tudo, viver apenas o momento e fazer tudo isso vestindo o manto do R10 Score Vasco da Gama é um sonho se realizando. Essa camisa tem história.”

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