Destaque na estreia

Campeão da segunda etapa do NBB Trio, Wallison Guilherme foi decisivo na semifinal e na decisão, com a bola que deu o título para o Sesi Franca. Com regularidade no sábado (07/09) e no domingo (08/09), o camisa 0 do time francano foi o destaque da etapa de Campina Grande (PB), que ocorreu no Parque do Povo, ao fechar com 35 pontos na competição, maior pontuador da equipe. Apesar de ser a primeira etapa que competiu, não é primeira competição da Liga Nacional de Basquete que participa, começou na LDB, passou pela Liga Ouro e pelo NBB CAIXA, além de passagem pelo basquete argentino.

Wallisson Guilherme comemorando com seus companheiros do Sesi Franca o título do NBB Trio de Campina Grande. Foto: Gabriella Tayane

“É uma honra poder ajudar a rapaziada a conquistar o título dessa etapa. É minha primeira etapa, eu pude ajudar meus amigos, representamos uma equipe muito grande. Estou muito feliz. O campeonato foi muito bom, qualidade altíssima, só posso agradecer”, comemorou Wallisson, camisa zero do Sesi Franca. “Para mim é muito gratificante termos saído campeões dessa etapa, foi uma oportunidade que me deram de fazer parte dessa equipe animal, todos apaixonados pelo esporte e com sede de vitória. Representar a grande equipe de Franca e fazer parte desse projeto de Floripa ao lado de grandes amigos não tem preço.”

Com 27 anos, Wallisson Guilherme, que veio de Londrina (PR), já teve muitas experiências e andanças no mundo do basquete, transitando entre o 5×5 e o 3×3. Com 17 anos, fez sua estreia na Liga de Desenvolvimento de Basquete de 2014, pelo Joinville e competiu em 20 partidas naquela edição. Esteve também nas edições de 2015, com o Limeira, e em 2017, com o Basquete Cearense, edição na qual lembra que foi o maior reboteiro, com 8,6 de média. Foi vice-campeão na Liga Ouro de 2017 pelo Joinville e terceiro lugar de 2019 pelo Londrina. Na temporada de 2017/18 do NBB CAIXA fez parte do elenco do Fortaleza Basquete Cearense e disputou 15 partidas com o Carcalaion.

Wallisson Guilherme, quando ainda jogava pelo Londrina na Liga Ouro de 2019. Foto: Acervo pessoal

“LDB foi fundamental para mim e minha formação, foi onde abriu minha visão e me trouxe muitas oportunidades, as maiores promessas do Brasil reunidas jogando em alto nível. Que aliás, muitas estão no NBB CAIXA e também no NBB Trio, um novo mundo de possibilidades”, afirmou o atleta. “A Liga Ouro foi um torneio incrível, estive em duas equipes muito competitivas e com uma vontade enorme de vencer. Era um baita de um torneio, estive presente em uma final, sendo vice-campeão e também fiquei em 3° lugar em 2019 por Londrina, que inclusive é minha cidade natal. O NBB CAIXA foi animal. Estava participando de uma equipe muito competitiva e com uma estrutura incrível. Na época, não tive muitos minutos porque a equipe tinha muitos jogadores de qualidade. Mas foi uma experiência que marca minha vida, uma oportunidade que Daniel Russo e Alberto Bial me deram.”

Felipe Vezaro, Wallisson, Diego Santos, que faz parte do Florianópolis/Sesi Franca e Will Weihermann, um dos melhores do 3×3 do Brasil, pelo time vice-campeão da LDB com o Joinville. Foto: Acervo pessoal

Depois disso, ficou por pouco mais de um ano entre 2019 e 2020 entre os times sub-23 e principal do Quimsa, da Argentina, mas teve que interromper seu contrato lá por causa da pandemia de covid-19. “Foi outro passo muito incrível. Uma equipe enorme, com uma história incrível, pude aprender muito, evoluir meu jogo de uma maneira enorme. Estávamos invictos até a pandemia entrar, aí o torneio parou”, relembrou. E ele regressou ao Brasil, mais especificamente ao Botafogo.

Betinho, Felipe Ribeiro, Paulinho Boracini, Matheus Leal, Leozão, Bruno Fiorotto e Davi Rossetto foram companheiros de Wallisson no Fortaleza BC. Foto: Acervo pessoal

Em seu percurso, Wallisson, que foi ala-pivô, teve uma lesão no ombro que o tirou por dois anos da quadra, limitando seus movimentos e o desmotivando. “Sofri com dores e também a parte psicológica me pegou muito, mas sou muito grato à minha noiva Emilly e minha família, que sempre me motivam e me ajudaram muito em todo esse processo. Me recuperei, voltei a treinar e foquei minha mente no que mais amo fazer, que é jogar basquete.”

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Seu retorno não poderia ser mais triunfal, game winner na semifinal do NBB Trio contra o Paulistano e na final contra o Caxias do Sul Basquete, para dar o título ao Sesi Franca, no primeiro torneio oficial em basquete de meia quadra. “Estava muito bem, meus parceiros me deram toda confiança para que eu pudesse arremessar, estou treinando bastante, venho me preparando para oportunidades como essa que surgiu, sou muito grato. Vou seguir trabalhando mais ainda, visando as finais, novos voos e oportunidades.”

 

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Além do título da etapa de Campina Grande, Wallisson foi o melhor jogador do time pelo critério de pontuação. Ao todo, anotou 35 pontos e foi o cestinha do Sesi Franca nos dois dias em seis jogos. “Ser o destaque dessa etapa é muito especial para mim, estive afastado dois anos das quadras, com uma volta dessas em um nível tão alto é incrível. Tenho trabalhado bastante e me preparando para oportunidades como essa, maduro e focado para os objetivos. Tenho que agradecer e Deus, a minha noiva, minha família e aos meus amigos, Emilio, Kevin, Diego e Afonso pela oportunidade. Além de toda galera que faz parte do Florianópolis 3×3 e do Sesi Franca.”

 

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O bicho do NBB Trio “mordeu” de vez Wallisson. Quando questionado se pretendia voltar ao basquete 5×5 ou se esse título o motivava a continuar no 3×3, respondeu: “O basquete é minha vida, o basquete convencional está no meu coração, tenho um carinho grande por Fortaleza e o Carcalaion, mas com certeza vejo uma oportunidade incrível de alçar novos voos no 3×3. Me trouxe bons ventos e me senti muito bem jogando, muito mesmo. Então, com certeza, irei me preparar e competir pelo 3×3.”

Para quem se dedica tanto ao amor pelo basquete, o mais importante é ver Wallisson de volta às quadras, seja qual tamanho for, mas correndo e fazendo seus arremessos decisivos.