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No auge
Por Liga Nacional de Basquete
Mesmo perdendo todo primeiro turno por lesão, Marquinhos chega à Final do NBB6 em seu melhor momento na temporada e é o cestinha do Flamengo nos playoffs
O MVP da última edição do NBB demorou para estrear na atual temporada. Com um edema ósseo em seu joelho esquerdo, Marquinhos precisou passar por uma cirurgia, e perdeu todo o primeiro turno da temporada 2013/2014 da competição nacional.
Ao todo, foram 24 partidas disputadas na sexta edição do NBB. O número baixo de jogos, no entanto, não atrapalhou o desempenho do ala, que entrou em cena e colecionou médias de 14,8 pontos e 3,5 rebotes por jogo, números que lhe renderam o prêmio de Melhor Ala do campeonato e a terceira colocação na votação para o MVP, ficando atrás de seu companheiro de equipe Nicolás Laprovittola e o vencedor, David Jackson.
“A minha temporada começou um pouco difícil por conta da lesão, mas quando eu fui pegando ritmo dei muita sorte pelo time estar encaixado, então foi tranquilo chegar no time que já estava entrosado, já jogando bem, conquistando vitórias. E dei muita sorte de todo o elenco me receber muito bem e ter a paciência durante todo o meu processo de retorno, já que era uma lesão muito séria”, disse Marquinhos.
Nos playoffs, o rendimento do camisa 11 do Flamengo só aumentou , e sua média de pontos subiu quase 3,0 pontos por jogo (17,6 pontos de média nas partidas das Finais). E não para por aí. Marquinhos aumentou sua média das quartas para a semi. Na série que levou os rubro-negros para a decisão do NBB, contra o Mogi das Cruzes/Helbor, o jogador de 30 anos somou a expressiva média de 19,3 pontos por duelo e apresentou os melhores números das séries semifinais.
“Venho crescendo nos playoffs, meus aproveitamento estão melhores, isso é um fruto de um trabalho bem feito, desde a minha volta venho treinando muito forte, para chegar nesta fase do campeonato no meu nível máximo”, analisou Marquinhos, melhor ala do NBB6, junto com David Jackson, do Limeira.
O dia 31 de maio pode ser duplamente especial para Marquinhos. No dia da Final do NBB6, o ala completará 30 anos, e de presente, pode conquistar seu segundo titulo do NBB seguido. Com a conquista, o atleta de 2,07m de altura e todo o elenco flamenguista terminariam a temporada 2013/2014 com a Tríplice Coroa, ou seja, faturando os títulos das três competições que participou no ano: Campeonato Carioca, Liga das Américas e NBB.
Após terminar a fase de classificação do NBB com a melhor campanha do campeonato, com 26 vitórias em 32 jogos (81,3% de aproveitamento) – segunda melhor campanha da história – o Flamengo descansou nas oitavas de final. Já nas quartas, enfrentou o Paschoalotto/Bauru, que havia varrido o SKY/Basquete Cearense nas oitavas. A grande fase bauruense continuou e os rubro-negors tomou um susto logo em seu primeiro jogo dos playoffs do NBB6. Vitória do Bauru, por 74 a 70, em pleno Ginásio Tijuca Tênis Clube.
“Nós crescemos muito com essas derrotas, sabíamos que não era hora de perder, mas foi pela falta de ritmo. Com o nosso descanso nas oitavas de final ficamos mais de 20 dias sem jogar, foi normal entrarmos em quadra contra o Bauru ‘enferrujados’, mas tivemos força de conquistar a vitória no Jogo 2 e também vencer os dois jogos na Panela de pressão”, comentou o MVP da temporada 2012/2013 do NBB.
No restante da série só deu Flamengo. O time rubro-negro venceu os três jogos seguintes e conseguiu se classificar para as semifinais. Na mesma, o time rubro-negro enfrentou o embalado Mogi, que vinha de vitórias contra Pinheiros/SKY (5º) e Winner/Kabum/Limeira (4º). Apesar de perder uma partida no Rio de Janeira, o time comandado pelo técnico José Neto venceu duas partidas em pleno ” caldeirão” Hugo Ramos e conseguiu a vaga para a Final do NBB6.
O adversário da Final é o Paulistano/Unimed, adversário que o Flamengo conquistou duas largas vitórias na fase de classificalão (80 x 58 e 67 x 98). Mesmo com este bom histórico nas partidas da atual temporada, Marquinhos sabe que seu time não terá vida fácil no jogo deste sábado, na HSBC Arena.
“O jogo com certeza não será igual, realmente os dois primeiros jogos tivemos vitórias largas contra o Paulistano, mas agora é jogo único, o jogo é totalmente diferente, as estratégias também. A pressão está quase toda com a gente, por estarmos jogando no nosso Estado, nosso ginásio e também com a nossa torcida. Espero que o final seja o mesmo que os dois jogos”, concluiu Marquinhos.