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Rio 2016 / Seleção Brasileira

#NossosOlímpicos – Guilherme Giovannoni

20-07-2016 | 05:56
Por Liga Nacional de Basquete

Em sua segunda Olimpíada, ala/pivô Guilherme Giovannoni é um dos personagens da série #NossosOlímpicos; confira a trajetória e a entrevista do jogador

Giovannoni, da Seleção Brasileira

À caminho de seu segundo Jogos Olímpicos, ala/pivô Guilherme Giovannoni é um dos personagens da série #NossosOlímpicos (Divulgação/FIBA)

Um dos jogadores mais experientes do basquete brasileiro, o ala/pivô Guilherme Giovannoni disputará em 2016 seu segundo Jogos Olímpicos, desta vez em casa, no Rio de Janeiro. Aos 36 anos de idade, o atleta do UniCEUB/Cartão BRB/Brasília é um dos cinco nomes da Seleção Brasileira que esteve presente na edição 2015/2016 do NBB CAIXA.

Natural de Piracicaba (SP), Giovannoni estreou no basquete profissional com o EC Pinheiros, em 1997. Com a equipe da capital paulista, o ala/pivô esteve até o ano de 2000, quando se transferiu para o Fuenlabrada (ESP) e iniciou sua primeira passagem pelo basquetebol europeu. No país, Guilherme também atuou pelo Gijón, em 2001, mas no mesmo ano voltou ao Brasil.

De volta ao Brasil, Giovannoni voltou a jogar pelo Pinheiros. Logo, o ala/pivô se transferiu para o COC/Ribeirão Preto, onde atuou por mais um ano até despertar novo interesse do basquete europeu. Em 2002, Guilherme foi confirmado como novo reforço Treviso (ITA) e assim iniciou sua trajetória pelo basquetebol italiano.

No país, Giovannoni pertenceu ao Treviso de 2002 a 2005, onde conquistou um Campeonato Italiano e uma Copa Itália. Apesar da passagem vitoriosa pelo time, Guilherme alternou idas e vindas, sendo emprestado para o Basket Rimini e para o Pallacanestro Biella neste meio tempo. Em 2005, o ala/pivô foi contratado pelo B.K. Kiev (UCR), onde atuou até 2006.

Após o período na Ucrânia, Giovannoni voltou ao basquetebol italiano para defender o Bologna. Com o time, o jogador atuou de 2006 a 2009 e conquistou o EuroChallenge no ano de despedida. Depois desta longa fase no basquete europeu, Guilherme voltou a jogar no Brasil, sendo anunciado como novo atleta do Brasília.

Com a equipe candanga, Giovannoni viveu os momentos mais vitoriosos da carreira. O atleta foi tricampeão do NBB CAIXA (2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012), campeão do Campeonato Sul-Americano (2015), além dos prêmios individuais, como o MVP (2010/2011) e MVP das Finais (2010/2011 e 2011/2012) do próprio NBB CAIXA.

Pela Seleção Brasileira, Guilherme atua desde 2002, quando disputou junto ao esquadrão verde-amarelo a Copa do Mundo dos Estados Unidos. Com a camisa do Brasil, Giovannoni conquistou um ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003, em Santo Domingo (DOM), e duas vezes a Copa América (2005 e 2009).

Além das conquistas, o ala/pivô fez parte dos grupos que disputaram a Copa do Mundo em 2006, no Japão, em 2010, na Turquia, e em 2014, na Espanha. Giovannoni também no elenco da Copa América de 2011, em Mar Del Plata (ARG), que classificou o Brasil para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 (que Guilherme também disputou) após 16 anos de ausência.

Comemoração Giovannoni, do Brasília

Após muito tempo no basquetebol europeu, Giovannoni voltou ao Brasil para atuar pelo Brasília (Brito Júnior/UniCEUB)

Confira a entrevista completa do ala/pivô sobre o Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro:

Seleção Brasileira

“Vestir a camisa da Seleção Brasileira é um sonho de criança que eu tenho, quando eu comecei a jogar basquete. Comecei vendo muito Paula, Hortência. Eu sou de Piracicaba e via elas jogando na minha cidade, elas na Seleção, então criou este sonho para mim e hoje eu tenho a possibilidade de realizar este sonho, ainda mais jogando uma Olimpíada, que eu acho que é a competição mais glamorosa que tem no esporte”.

Olimpíada

“É muito difícil colocar em palavras. A gente têm aquela imagem na cabeça de como foi e como provavelmente vai ser estar no mesmo ambiente com outros grandes atletas de diversas modalidades e isto é um privilégio para que está lá dentro, ainda mais sendo em casa, o privilégio é ainda maior, são muito poucos atletas no mundo que vão ter esta oportunidade. Então, é claro que a gente fica feliz por estar curtindo este momento, mas a gente também têm que conter esta euforia, porque nós estamos lá para disputar uma coisa muito grande e tentar um resultado super importante para nossa modalidade e para o nosso país. Lógico que a expectativa é grande em cima da Seleção de basquete, porque a gente vêm batendo na trave tanto em Mundial quanto em Olimpíada e a gente têm uma grande oportunidade, de quem sabe brigar por uma medalha”.

Apoio da torcida

“A gente saber que têm um monte de gente olhando com um olhar diferente, admirando e até mesmo se espelhando na gente, nós temos esta responsabilidade e temos que saber desta responsabilidade. Claro que a gente pensa em tudo isto que acontece e tenta trazer para um lado motivacional, positivo, sem deixar que se transforme em uma pressão e sim em uma motivação. É desta maneira que a gente tem que levar, sabendo que têm muita gente aqui com a gente, sem dúvida alguma, na torcida com pensamento positivo e vamos tentar tirar proveito disto”.

Grupo experiente

“Esta experiência sem dúvidas vai nos ajudar em momentos difíceis dentro do jogo, em finais de jogos em que você precisar ser um pouco mais frio. Eu já tenho, provavelmente, mais de 1000 jogos na carreira, Anderson (Varejão) também, então já passamos por inúmeras situações diferentes. Então, é isto que a experiência nos trás, de passar por situações diferentes e que naquele momento, alguma situação vai ser parecida e a gente já têm mais tranquilidade em relação à isto”.

Primeira fase

“Primeira fase, sem dúvida alguma, muito dura. A gente têm campeão e vice da Europa (Espanha e Lituânia), têm a Argentina que é um rival histórico nosso, a Nigéria que fisicamente é uma equipe muito forte e têm alguns jogadores que inclusive estão na NBA. Nós temos que encarar um jogo de cada vez. A gente não pode jogar com a Lituânia pensando na Espanha que provavelmente a gente vai tropeçar na Lituânia. Então, acho que nosso primeiro foco vai ser Lituânia e vamos fazer de tudo para tentar sair com a vitória”.

NBB CAIXA

“A gente vê a importância de um campeonato competitivo. Obviamente, quanto mais competitivo, melhor a qualidade dos nossos jogadores. Melhor a qualidade dos nossos jogadores, mais jogadores do NBB CAIXA a gente vai ter na Seleção. É natural que seja assim. Então, a gente espera e a gente sabe que está acontecendo isto, mas que o campeonato continue crescendo e aumentando sua qualidade e competitividade, porque assim vão surgir mais jogadores prontos para defender a Seleção”.