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LNB

Nota oficial

19-01-2017 | 05:01
Por Liga Nacional de Basquete

LNB lamenta posição da FIBA em relação à ausência dos clubes brasileiros na próxima edição da Liga das Américas

A Liga Nacional de Basquete (LNB), através de sua Presidência, Conselho de Administração e todos Clubes Associados vem por meio desta lamentar profundamente que as equipes brasileiras, Clube de Regatas do Flamengo, Gocil/Bauru Basket e Mogi das Cruzes/Helbor, tenham sido atingidas, em virtude de punição imposta pela FIBA à Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e, consequentemente, impedidas de participarem da Liga Das Américas 2017.

A LNB e os Clubes Associados têm sido, ao longo dos últimos anos, um importante parceiro da FIBA. Ajudamos a consolidar a Liga das Américas no continente, demos o devido peso e valor à Liga Sul-Americana, organizamos mais de duas dezenas de eventos em conjunto com a FIBA e realizamos três finais da Copa Intercontinental, resgatando este importante confronto entre o campeão das Américas e o campeão europeu. Durante esses oito anos, tivemos nossa equipe de trabalho (LNB/Clubes e FIBA) atuando em total sinergia para atender aos objetivos da FIBA em nosso país. Da mesma forma, sempre que instada, a FIBA prestou o suporte necessário à LNB. A Liga foi muito mais que uma simples entidade pertencente ao “Mundo FIBA”, fomos parceiros no sentido mais amplo e parte importante para que a FIBA tivesse o sucesso que tem hoje no continente.

Nossas equipes, na recente história da Liga das Américas, acreditaram e valorizaram as competições internacionais da FIBA. O investimento feito pelos brasileiros, em uma clara demonstração de respeito à esta entidade, fez com que o resultado esportivo fosse traduzido, nos últimos quatro anos, em quatro títulos sul-americanos consecutivos, três títulos da Liga das Américas e um vice-campeonato dessa mesma competição. Na última edição, apesar de não termos vencido, as equipes brasileiras ocuparam, respectivamente, o segundo, terceiro e quarto lugares. Tivemos ainda o Flamengo como campeão da Copa Intercontinental ao vencer o Maccabi Tel Aviv (Israel), em 2014, então campeão europeu.

Diante deste histórico, tornam-se inexplicáveis as ações e a falta de manifestação da Federação Internacional. A Liga das Américas 2017, edição da qual os Clubes citados estão alijados de participarem, inicia-se nesta sexta-feira (20 de janeiro) e a punição imposta à CBB, e que por extensão atinge nossas equipes, tem término dia 28 de janeiro. Oito dias apenas para se imputar a pior punição já sofrida pelo basquetebol brasileiro. Inexplicável ainda a pressa da FIBA Américas em anunciar os substitutos às nossas equipes, em um tempo recorde comparado às edições anteriores. Inexplicável a extensão desta punição à LNB uma vez que o alvo da FIBA sempre foi a CBB, por motivos que são de domínio público e de responsabilidade exclusiva da Confederação. Inexplicável uma punição a um país que tem a performance que teve nas últimas edições das competições internacionais de Clubes conforme demonstramos acima.

Ao alegar a preocupação com o desenvolvimento da modalidade no Brasil, a FIBA, com este ato, está trazendo grandes prejuízos ao basquetebol brasileiro. Nossas equipes fizeram grandes investimentos com vistas a participarem da Liga das Américas envolvendo patrocinadores, atletas e, principalmente, seus torcedores. A exclusão dessas equipes, uma vez garantida a classificação no exclusivo mérito esportivo, está gerando grande frustração e danos a todos os envolvidos.

A LNB e os Clubes impactados por esta injustiça, receberam inúmeras manifestações de apoio nos últimos dias, que incluem torcedores, imprensa, atletas e ex-atletas, técnicos, Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Somado a essas manifestações, a LNB tem mantido contato permanente com a FIBA para tratar deste assunto. Infelizmente, nenhum argumento ou o histórico entre nossas entidades foram suficientes para que a punição fosse revertida.

A Liga Nacional de Basquete ratifica que reconhece e respeita a hierarquia do sistema do desporto brasileiro, e isto tem sido uma marca da nossa história e da relação com as entidades de Administração do Basquetebol no Brasil. Todas as ações da LNB sempre foram com o único propósito de elevar o basquete brasileiro em conjunto com aqueles que apreciam a modalidade. Os resultados, frutos de competência, são aparentes, inquestionáveis e amplamente reconhecidos.

 

João Fernando Rossi
Presidente da LNB