Novos atalhos

Todos que entram em quadra para enfrentar o Paschoalotto/Bauru certamente têm uma preocupação em especial: a bola de 3 pontos. A equipe do interior paulista tem em seu elenco chutadores de altíssimo nível, que colocam a bola na cesta do lugar que estiverem, como Robert Day, Hettsheimeir, Jefferson William, Paulinho Boracini, entre outros.

Não à toa, o time do técnico Demétrius é líder em bolas de 3 pontos na atual temporada do NBB CAIXA, com média de 11,0 por partida. No entanto, o Flamengo está conseguindo, de certa forma, neutralizar bem este ponto forte do Dragão durante os jogos das Finais, no qual sofreu apenas um total de 22 tiros longos – 7,3 por jogo.

“O Flamengo está tentando tirar nossas bolas de 3, pois sabem que é uma grande força nossa. Então eles apostam muito nas trocas, e isso acaba nos trazendo alguns problemas para a gente, por isso estamos explorando bem o Rafael (Hettsheimeir) embaixo no miss-match. Estamos mudando um pouco do nosso jogo, mas temos que nos adaptar e jogar assim mesmo se quisermos vencer”, comentou o principal chutador do time, Robert Day, segundo em bolas de 3 na temporada, com média de 2,7 por jogo.

Alex Garcia

Murilo Becker

Hettsheimeir

Paulinho Boracini

Robert Day

Demétrius Ferraciú

Na fase de classificação, o Bauru teve média de 10,9 bolas de 3 por partida, mas o desempenho cresceu assustadoramente nos playoffs. Na série quartas de final contra o EC Pinheiros (3 a 1) os atuais vice-campeões tiveram média de nada menos que 14,25 arremessos de 3 por jogo, e na semi contra o UniCEUB/Cartão BRB/Brasília (3 a 0), foram 12,0 de média.

“Dependendo de como o adversário marca, você se adapta. Nessa série estamos priorizando as bolas no garrafão, pois o Rafael (Hettsheimeir) está sendo superior e se saindo muito bem. É claro que estamos fugindo um pouco do que apresentamos durante o campeonato, que foi muito jogo de infiltração e bola pra fora para chute, mas o que nos trouxe até aqui foram as bolas de 3. Então vamos continuar, mas dosando com as bolas de 2 também”, declarou Alex Garcia, capitão do Bauru.

Portanto, os bauruenses chegaram às Finais contra o Flamengo com média de 13,2 tiros longos nos playoffs. Mas é aí que entra em cena a qualidade do elenco bauruense, que têm peças com capacidade de decidir as bolas em outras situações que não sejam nos arremessos de longa distância, como Rafael Hettshemeir.

+Saiba mais: Bauru e Flamengo estão “empatados” na temporada 2015/2016; confira a análise

Um dos poucos pivôs com bom arremesso de fora no basquete nacional, o camisa 30 teve média de 3,8 bolas de 2 pontos e 1,6 bolas de 3 na fase de classificação. Já nessas Finais contra o Flamengo, Rafael, que é o cestinha da série, com 19,0 pontos por partida, está anotando em média de 5,3 arremessos curtos, com apenas 0,6 para 3 pontos (2 no total).

“É claro que um dos nossos pontos fortes é a bola de 3, mas precisamos seguir explorando novas coisas, como fizemos nos três primeiros jogos. Bater bastante pra dentro, jogar no garrafão, jogar com pick and roll. Tem dias que a bola não cai mesmo, nessa série não conseguimos atingir nosso bom volume de bolas de 3, mas temos que fazer outras coisas que estão dando certo”, comentou Hettsheimeir.

Hettsheimeir aumentou significativamente seu volume nas bolas de 2 pontos nas Finais (João Pires/LNB)

Seja com bolas de 3 ou não, dentro ou fora do garrafão, com ou sem emoção, o Paschoalotto/Bauru tentará empatar a série melhor de cinco das Finais, que está em 2 a 1 para o Flamengo, já neste sábado (03/06), no Ginásio Neusa Galetti, em Marília (SP), às 14h10 (de Brasília), com transmissão simultânea ao vivo para todo o país nos canais SporTV e RedeTV!.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, o patrocínio da SKY e o apoio do Ministério do Esporte, Avianca e Spalding.