HOJE
O futuro é logo ali
Por Liga Nacional de Basquete
Jovens nomes do elenco do Flamengo, Vitor Benite, Gegê e Cristiano Felício têm importante chance na carreira com a disputa da Copa Intercontinental
Jogar um Mundial não é pouca coisa. Se para um jogador com a carreira já consolidada um título de campeão do mundo significa a consagração final, para jovens talentos, que ainda buscam se firmar no cenário esportivo, um possível título pode ser a garantia de um futuro mais do que promissor. Esse é o caso de Vitor Benite, Gegê e Cristiano Felício, jovens nomes do elenco do Flamengo.
Nos dias 26 e 28 de setembro, o time campeão do NBB e da Liga das Américas enfrenta o Maccabi Tel-Aviv, equipe campeã da Euroliga. O time carioca e o esquadrão israelense brigam pelo título de melhor equipe de basquete do mundo, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro.
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Vitor Benite, 24 anos, vem sendo um dos principais nomes do futuro do basquete nacional. Com passagem por Seleção Brasileira, o jovem jogador ainda tem um longo caminho a ser trilhado, apesar do sucesso que já alcançou em sua curta carreira. Apesar de novo, entende e vê de maneira positiva a pressão colocada sobre seu clube para as disputas do fim de semana.
“É um sonho você poder jogar um Mundial e essa pressão que está sendo colocada no Flamengo é algo muito bom, porque mostra que o nosso time chegou em posição de ser campeão. Eu acho que todos têm essa mentalidade. Eu, mais ainda, por ser jovem, de querer ter um título tão importante na minha carreira sabendo que eu posso ajudar muito essa equipe”, afirmou o ala armador.
Benite passou por um momento conturbado na última temporada. Após uma lesão logo no começo do NBB 2013/2014, o armador ficou de fora da maior parte do campeonato e ainda não pôde participar da Liga das Américas, torneio que deu a vaga ao Flamengo no Mundial Interclubes. Seu retorno, após uma cirurgia no joelho e incessantes baterias de fisioterapia, foi na final do campeonato nacional, contra o Paulistano, quando teve uma atuação significativa. Agora, está pronto para um desafio maior.
“Eu tenho pensado muito nisso desde que eu voltei da minha lesão. Parece que a vida às vezes deixa umas coisas muito boas, como essa oportunidade de jogar um Mundial com 24 anos apenas, ainda mais voltando de uma lesão. Para mim é uma oportunidade que vou tentar agarrar porque é única”, disse Benite.
Companheiro de Benite, Gegê, 23 anos, também tem grandes pretensões com o Mundial. Fruto das categorias de base do Flamengo, o jovem armador tem em seu currículo, além dos campeonatos conquistados pelo clube carioca no ano passado, a LDB 2013, sendo um dos principais jogadores não somente do seu time, mas também da temporada da competição Sub-22 – o atleta também conquistou a LDB 2011 pela equipe.
Ciente da importância dos jogos que o Flamengo tem na agenda no próximo fim de semana, Gegê sabe que é um Mundial é o sonho de todo atleta. Além do tamanho do feito que pode ser realizado para o tradicional clube do Rio de Janeiro, o armador, que é rubro-negro desde criança, entende a magnitude de defender o time.
“Poder defender o Flamengo em qualquer competição já é especial. Agora, uma final de Mundial em casa, acho que nem no meu maior sonho eu poderia imaginar. Agora que eu tenho essa chance eu vou fazer de tudo. Vou lutar até o final e se Deus quiser eu vou conseguir ser campeão Mundial com a camisa do Flamengo”, disse animado Gegê.
Apesar da pouca idade, o jogador sabe o que tem pela frente. Com um time que teve muitas mudanças, inclusive o retorno do importante armador norte-americano Jeremy Pargo, contra o qual Gegê teria um embate direto em quadra.
“Não só o Pargo, mas a equipe toda. Estamos falando do campeão europeu, então a gente não pode achar que eles vêm com um time fraco. É o time que venceu o Real Madrid na final. Por mais que tenha mudado o time, os que chegaram agora e os reforços, estamos falando do Maccabi em si”, avaliou.
Outro nome importante da nova geração do Flamengo é Cristiano Felício. O pivô de 22 anos e 2,08m já vem conquistando o seu espaço no elenco rubro-negro e na Seleção Brasileira, tendo defendido o Brasil no último Sul-Americano e da Copa América 2013. Como parte, também, das conquistas do time carioca na temporada que se passou, o gigante reconhece a importância dos duelos contra o Maccabi Tel-Aviv.
“Participar da Copa Intercontinental vai ser bem gratificante. Esse será o maior jogo da minha carreira até o momento e eu vou dar o meu máximo para poder sair com a vitória”, disse o garoto que já tem grande responsabilidade.
Assim como Vitor Benite e Gegê, Felício tem consciência da importância desses dois jogos em sua carreira. O melhor time das Américas e o melhor time da Europa jogam no Brasil, mas os olhos do mundo inteiro estarão voltado para a HSBC Arena nos dias 26 e 28 de setembro. Uma oportunidade de ouro para todo jovem talento mostrar o seu potencial.
“Se tratando de um jogo tão grande como esse, muitas pessoas não só do Brasil, mas do mundo inteiro, vão assistir a esse jogo. Acredito que tendo um bom desempenho a minha visibilidade dentro e fora do país aumenta muito”, analisou Felício.
O “garoto” do garrafão tem um árduo trabalho pela frente. Em confronto direto, encara o australiano Aleks Maric, de 2,11, nova contratação do Maccabi que disputou os Jogos Olímpicos de Londres. Os israelenses Idan Zalmanson, 2,07m, e Ben Altit, 2,08m, são seus outros adversários embaixo da cesta. Mesmo assim, Felício não se intimida.
“Eles têm jogadores muito grandes e fortes, principalmente os americanos e o australiano. Mas vamos de igual para igual, independente de quem eu tenha que enfrentar, para fazer uma boa briga lá embaixo”, disse o pivô.
O Flamengo conta, além do experiente elenco composto por Marcelinho, Marquinhos e Olivinha, os estrangeiros Nicolás Laprovittola e Jerome Meyinsse, e o reforço argentino Walter Herrmann, com os três jovens Vitor Benite, Gegê e Cristiano Felício. Junto a Chupeta, Diego e Danielzinho, vai com grandes expectativas para os duelos contra o Maccabi Tel-Aviv no fim de semana.
A Copa Intercontinental
Realizada entre os anos de 1966 e 1987 – somente entre 1971 e 1973 a competição não foi disputada -, a Copa Intercontinetal chegou a ser revivida em 1996, mas não teve continuidade. Em 2013, a FIBA (Federação Internacional de Basquete) anunciou a volta do torneio e o Olympiacos, da Grécia, venceu o Pinheiros/SKY, em disputa realizada na cidade de Barueri (SP), para ficar com o primeiro título da “Era Moderna” do torneio.
Agora, em 2014, a Copa Intercontinental, popularmente conhecida como Mundial de Clubes, voltará a ser disputada em solo brasileiro e, mais uma vez, colocará frente a frente os atuais campeões de duas das principais competições interclubes do planeta: a Liga das Américas e a Euroliga.
Na HSBC Arena, nos dias 26 e 28 de setembro, no Rio de Janeiro, Flamengo e Maccabi Tel-Aviv (ISR) lutarão pelo troféu de campeão mundial em duas partidas. Em caso de uma vitória para cada lado, a equipe que tiver triunfado pela maior diferença de pontos ficará com o título.