O Maestro Gegê

Divulgação/LNB

Quando o armador Gegê acertou sua ida para o Tijuca/Rio de Janeiro para atuar no time adulto do NBB, o torcedor do Flamengo deve ter ficado preocupado em como ficaria a situação da equipe sem um de seus principais jogadores durante as fases finais da Liga de Desenvolvimento Olímpico (LDO).

Mas a equipe carioca se movimentou para não ter seu time desfalcado justamente no momento mais importante do torneio Sub-21 e conseguiu um acordo com o clube tijucano para liberar o armador para vestir novamente a camisa rubro-negra neste final de ano. Os dois clubes cariocas possuem um bom relacionamento fora das quadra e até dividem o mesmo ginásio em partidas do NBB, fator que facilitou o acordo entre as equipes.

Bom para o Flamengo, que mais uma vez pôde contar com o talento de seu comandante em quadra e é o único time invicto no campeonato. O armador lidera o hexagonal semifinal da LDO em assistências, com média de 9,2 por partida, e aparece em quarto entre os cestinhas, com 14,2 pontos. Um verdadeiro maestro que, apesar do grande desempenho, mantém os pés no chão e a humildade.

“Não é um crédito só meu. Todo o time está de parabéns por essa campanha. O grande maestro desse time é o Chupeta, que é quem comanda esse time”, disse Gegê.

Feliz por poder defender o Flamengo nas fases finais da LDO, Gegê agradeceu ao Tijuca, clube pelo qual vem atuando no NBB e se sente orgulhoso de poder vestir a camisa de dois dos mais importante clubes cariocas.

“Eles entenderam que para mim seria legal terminar esse projeto com o Flamengo. E defendendo o Tijuca e o Flamengo eu me sinto defendendo o Rio”, declarou.

Principal beneficiado pelos passes de Gegê, o ala/pivô Fred Duarte teceu elogios ao companheiro, com quem tem uma relação de amizade também fora das quadras. Eles atuam juntos desde 2007 e já defenderam a Seleção Carioca, foram juntos para a Espanha, contratados pelo Torrejon, e depois voltaram ao Brasil para defender o Flamengo.

“Ele é um jogador muito inteligente, muito rápido e sabe onde você quer receber o passe e o momento certo de fazer. E fora de quadra é um grande parceiro, estamos sempre nos falando, saímos juntos e conhecemos a família um do outro”, comentou.

Para o treinador Paulo Chupeta, ter o armador em quadra garante uma tranquilidade a mais durante as partidas e assegura a manutenção do mesmo esquema tático utilizado na primeira fase da LDO.

“O armador é uma extensão do técnico dentro das quatro linhas. E ter um cara como ele facilita. E se ele vem sendo o melhor armador do campeonato, é porque ele trabalhou e muito para isso”, disse o técnico. “Sem ele, teríamos um outro esquema de jogo, talvez com dois armadores, para um auxiliar o outro. Mas com ele eu posso jogar com um só, porque sei que ele vai conseguir sair de uma marcação mais forte e encontrar os espaços”, completou Chupeta.

Após a disputa do quadrangular final da LDO, que será realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 27 e 29 de dezembro, Gegê se reapresenta ao Tijuca, para dar sequência a temporada no NBB.

“Agora estou começando a ter tempo de quadra também no adulto e estou aprendendo bastante”, disse o armador que, em nove partidas no NBB ficou em quadra uma média de 21,7 minutos por jogo.