O maior de todos

Alex, do Bauru, MVP da Liga das Américas 2015 (Gaspar Nobrega/FIBA Americas)

A equipe montada pelo Paschoalotto/Bauru tinha um único e ousado objetivo: ganhar tudo o que fosse possível nesta temporada. A diretoria investiu pesado em contratações de diversos atletas, mas um deles era fundamental para que os bauruenses pudessem chegar onde queriam.

Alex Garcia era o cara que faria essa diferença. Mais de 10 anos defendendo a Seleção Brasileira, tricampeão do NBB, atleta com passagens por NBA e Euroliga, o ala mostrou nesse Final Four da Liga das Américas o tamanho da sua importância na equipe.

MVP da decisão, Alex Garcia tem na coleção uma série de conquistas individuais na carreira, que não necessariamente são referentes à performance ofensivas. O “Brabo”, como é carinhosamente conhecido, ganhou todos os títulos de Melhor Defensor do NBB, é famoso por impedir que os rivais tenham boa atuação em quadra e, claro, tem o histórico toco no pivô da seleção norte-americana, Tim Duncan, lance que, inclusive, o creditou para atuar na NBA.

“Isso aqui é resultado de muito trabalho, não só meu mas do grupo inteiro. O Rafael merecia ser MVP, Ricardo Fischer merecia, Murilo também. A verdade é que se qualquer um desses ganhasse o titulo eu ficaria muito feliz”, assumiu Alex.

Com atuações brilhantes, Alex liderou a campanha vitoriosa do Bauru na Liga das Américas (Gaspar Nóbrega/FIBA Américas)

Líder nato, Alex se tornou rapidamente a principal referência na equipe de Bauru, após 10 anos defendendo o Brasília. Os atletas reconhecem a importância do jogador no time.

“Não há o que falar do Alex. Ele trabalha muito forte, já foi campeão de muitos campeonatos. E nós vamos seguindo ele, pois sabemos que ele sabe o caminho das vitórias. Qualquer coisa que ele faz, a gente vai seguindo. Ele é o nosso líder”, afirmou o armador Larry Taylor.

Alex terminou a Liga das Américas como líder histórico de jogos (43), rebotes (207), assistências (197) e roubos de bola (71). Ele ainda é o segundo em pontuação na competição, com 685. Na final, terminou com 16 pontos, cinco rebotes e oito assistência, atuação que lhe rendeu o troféu de MVP do Final Four.

Aos 35 anos de idade, Alex parece que a cada temporada está evoluindo fisicamente e atuando de forma mais refinada.

“O Alex é monstruoso. Ele arma, pontua, joga até de pivô se precisar. Ele é um cara excepcional não só pelo que faz em quadra, mas por tudo que ele é. Ele é um ‘caça-títulos’ e a importância dele dentro desse grupo é fundamental. Ele tem 35 anos, mas para nós será sempre um garoto de 20”, declarou Ricardo Fischer.