HOJE
Isso éCajazeiras
Por Liga Nacional de Basquete
Veja como técnico e atletas do Universo/Vitória descrevem a diferença de jogar diante da torcida: “energia muito boa”
Como é jogar no Ginásio de Cajazeiras? Para os adversários, é uma experiência nem um pouco fácil. Não à toa, somente três dos 14 adversários do Universo/Vitória do NBB CAIXA foram capazes de sair de lá vencedor: Flamengo (1º), Paulistano/Corpore (2º) e Sesi Franca (3º).
Nesta quarta-feira (04/04), o Leão terá a oportunidade de adicionar mais um resultado positivo à sua lista no Jogo 2 da série oitavas de final contra o Minas Tênis Clube, em Cajazeiras, às 19h30 (de Brasília), com transmissão ao vivo no SporTV.
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Não há dúvidas de que jogar em Cajazeiras é uma missão ingrata para os rivais. E para os atletas e comissão técnica do Vitória? Eles deram seus depoimentos. Mas antes, vamos analisar alguns números da equipe atuando ao lado de sua torcida:
Das 14 vitórias conquistadas na fase de classificação, 11 foram em Cajazeiras. Aliás, essa campanha de mandante só é inferior à dos quatro primeiros colocados do NBB CAIXA. Quando joga em casa, a produção ofensiva é de 81,0 pontos por partida. Já como visitante, é de apenas 72,6.
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Jogar no aro que treina todos os dias realmente faz a diferença? Os números não mentem. Nas bolas de 3 pontos, o Vitória tem o segundo melhor aproveitamento entre os mandantes no NBB CAIXA, com 37,1%. Quando joga como visitante, por outro lado, a porcentagem cai para 32%.
Individualmente, alguns atletas do Vitória também têm suas médias elevadas quando jogam em Cajazeiras. Caso do cestinha Kenny Dawkins, que em Salvador anota 15,3 pontos por partida, mas fora de casa tem apenas 10,0. E o que falar de Nick Okorie, que em solo baiano acerta 49% das bolas de 3 pontos tentadas, mas longe de casa converte apenas 29%?
Pois é, deu para ver que jogar em Cajazeiras também é diferente para os atletas do Universo/Vitória. Agora, chegou a hora de vermos o que alguns deles têm a dizer sobre isso, já projetando o Jogo 2 da série oitavas de final contra o Minas nesta quarta-feira (04/04). Confira:
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.
Kenny Dawkins – armador
“A torcida daqui aqui é muito apaixonada e sempre quer muito ganhar, independente do esporte. Eles trazem essa energia para a gente e isso foi fundamental para a nossa campanha. A energia aqui é realmente muito boa, ainda mais com nossos amigos e familiares assistindo. Será muito importante contar com nossa torcida nesses playoffs, pois com ela nos sentimos em casa e muito mais confortáveis”.
André Góes – ala/armador
“É uma torcida gigante que está ao nosso lado, de um time de camisa muito tradicional. Somos mais fortes com eles no ginásio e em peso. Nos playoffs do ano passado eles foram cruciais, então contamos com eles novamente esse ano para fazermos valer o mando de quadra, começando por empatar essa série amanhã”.
“Cajazeiras é a nossa casa, onde treinamos todos os dias, isso nos ajuda bastante. As dimensões são um pouco maiores, o que ajuda a abrir um pouco mais a quadra para a gente também. Todo time se sente mais confiante em casa, mas isso ficou ainda mais evidente para nós esse ano. Fomos mal jogando fora de casa, mas nosso desempenho em casa foi excelente e isso fez total diferença na nossa campanha”.
Arthur Belchor – ala
“Em Cajazeiras temos um retrospecto muito bom e nosso desempenho realmente é melhor. Jogamos com um ritmo defensivo e ofensivo melhor. O apoio da nossa torcida nos ajuda muito e é fundamental para a nossa campanha. Vamos entrar focados para usar tudo isso ao nosso favor, levar o torcedor junto com a gente em quadra e empatar essa série contra o Minas”.
Murilo Becker – pivô
“A importância de jogarmos em casa, pelo retrospecto do campeonato, já diz tudo. Claro que se tivéssemos mais bons resultados fora de casa, subiríamos algumas posições na tabela, mas essa vantagem agora de jogar em casa a maioria dos jogos é muito importante e temos que aproveitá-la”.
“Com um resultado que não foi favorável diante do Minas, é nossa obrigação fazer o dever de casa. O objetivo é fazer um grande jogo para que as coisas possam fluir melhor para a gente dentro de quadra. Teremos o apoio da nossa torcida e jogaremos onde nos sentimos muito bem, então, vamos com tudo em busca da vitória”.
Régis Marrelli – técnico
“O Ginásio de Cajazeiras é muito bom, muito legal. Para o clima da Bahia ele é bem fresco. Ele fica dentro de uma comunidade, que é um dos maiores bairros da América Latina com quase um milhão de habitantes. Temos uma torcida que recebeu muito bem o basquete, que sempre torceu para o futebol, mas devagarzinho foi entendo o basquete e aprendendo a torcer. Hoje a escolinha de Cajazeiras hoje tem mais de 100 alunos no basquete, todos nos tratam bem nas ruas, muita gente andando com camisa de basquete, não só do Vitória, mas também da NBA. O basquete está crescendo e a tendência é crescer ainda mais”.
“No ano passado tivemos uma campanha melhor fora do que em casa. Pelas passagens que tive por outros times, como São José e Palmeiras, aprendi que um bom time começa com grandes campanhas em casa. A equipe adversária tem que respeitar e saber que dificilmente vai ganhar quando joga na nossa casa. Isso foi uma coisa que insisti muito para os jogadores e felizmente deu certo. Se a gente tivesse vencido mais jogos fora de casa poderíamos ficar entre os cinco primeiros, mas como no basquete não existe ‘se’, espero que nosso bom retrospecto em casa funcione bem contra o Minas. Temos o mando de quadra e precisamos colocar isso em prática para avançar às quartas”.