O maior de todos

Entre tantos outros títulos, Marcelinho alcançou algo que ninguém tem: ser o maior campeão da história do NBB (Fotojump/LNB)

Ele é uma lenda viva do NBB. Neste sábado, no Ginásio Neusa Galetti, em Marília (SP), o experiente ala Marcelinho Machado se tornou o maior campeão de todos os tempos do NBB ao somar seu quarto título da competição com o Flamengo. O jogador, de 40 anos, antes disputava o posto de atleta com mais títulos no NBB com Alex Garcia, do Paschoalotto/Bauru, que se faturasse o troféu, assumiria a posição que hoje é de Marcelinho.

“Fico muito feliz (por ser o maior campeão do NBB), mas estar no topo não é o suficiente. Quero continuar. Se tem algo que me motiva continuar jogando são momentos como esse. Esse título é um prêmio por toda dedicação, por tudo que tivemos que abrir mão para poder estar todo dia treinando. Às vezes as coisas não saem do jeito que pensamos, mas sempre mantivemos a cabeça no lugar, sempre em pro da equipe e acho que o resultado é esse”, disse Marcelinho.

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Nascido no Rio de Janeiro (RJ), Marcelo Magalhães Machado possui uma vasta quantidade de títulos em seu currículo, dentre eles uma Liga Sul-Americana, uma Liga das Américas, competição no qual ainda foi eleito o MVP, e um Mundial de Clubes conquistado na temporada passada em cima do campeão europeu Maccabi Tel-Aviv.

“Sempre digo que sou um privilegiado por fazer parte disso. Fui criado na arquibancada do Maracanã, vendo a geração do Zico jogar e não esperava um dia poder estar onde eu estou, escrevendo meu nome na história do clube que eu amo e com essa torcida maravilhosa. Me emociono demais pois sou parte deles”, declarou o emocionado Marcelinho Machado.

Marcelinho contribuiu com 11 e 8 pontos nos respectivos dois jogos da Final do NBB 7 contra o Bauru (Fotojump/LNB)

Segundo maior cestinha da história do NBB, com 4951 pontos, Marcelinho entrou na temporada 2014/2015 assumindo um papel diferente na equipe em relação aos anos anteriores. Usando sua extrema experiência em prol do grupo, o camisa 4 do Flamengo deixou de ser o maior cestinha do time no campeonato e contribuiu de maneiras diferentes.

Com média de 10,1 pontos por jogo, o ala de 40 anos mostrava uma carta na manga diferente a cada jogo e sempre tinha parcela de ajuda nas vitórias do Flamengo. Ora pontos, ora assistências, rebotes, defesas. Cada dia era a vez de Marcelinho se destacar em um fundamento, mas sempre em benefício do time do técnico José Neto, que terminou a fase de classificação na terceira posição e foi exepcional nos playoffs.

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Na decisão do NBB 7 contra o Paschoalotto/Bauru, Marcelinho saiu do banco e registrou 11 pontos em 16 tentados (68,8% de aproveitamento) na vitória rubro-negra na HSBC Arena, por 91 a 69. Já no Jogo 2, o camisa 4 do Flamengo veio do banco de reservas novamente e desfilou mais uma bela atuação, com oito pontos, todos eles no terceiro quarto, e mais duas assistências e dois rebotes.

“É muito difícil se manter no topo. Estamos em um grande clube e isso nos motiva muito a continuar trabalhado. Só quem estava lá dentro sabe o quanto foi difícil essa temporada. A gente jogou mal em alguns jogos, mas sabíamos do nosso potencial e entramos com tudo nos playoffs. E no mata-mata jogamos um basquete digno de campeão. Isso é um time e isso é Flamengo”, finalizou o capitão Marcelinho Machado.

Aos 40 anos, Marcelinho Machado se tornou “o cara” do NBB (Fotojump/LNB)