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LDB

Orientador de Arbitragem

26-06-2024 | 12:21
Por Marcius Azevedo

Marcos Benito, Fábio Kover, Jonas Pereira, Gustavo Mathias e Jacob Barreto têm função importante na LDB, ajudando no desenvolvimento de novos árbitros para o NBB CAIXA

A Liga de Desenvolvimento de Basquete não serve como porta de entrada para o NBB CAIXA apenas para atletas e treinadores. Os árbitros também recebem uma atenção especial na competição, contando com a orientação de profissionais mais experientes, com um currículo robusto na arbitragem.

A LDB também é uma porta de entrada no NBB CAIXA para os árbitros. Foto: Maurício Almeida/LNB

Na edição de 2024, cinco árbitros foram designados para trabalhar na função de orientador de arbitragem nas quatro sedes. Em São Paulo estão Marcos Benito e Fábio Kover. Jonas Pereira ficou em Pato Branco e Gustavo Mathias, no Rio de Janeiro. Já Jacob Barreto está em Brasília.

“É uma oportunidade de passar tudo que você aprendeu ao longo da carreira. Temos árbitros chegando com potencial, vigor e vontade de crescer e se desenvolver na arbitragem. É fascinante. Dentro da quadra não temos essa mesma visão de fora. É essencial termos novos árbitros”, afirmou Jacob Barreto. “É possível corrigir aqueles erros que você cometeu na carreira e não tinha ninguém para corrigir. É um trabalho muito importante”, acrescentou.

Jacob Barreto (centro) trabalha em partida da LDB ao lado dos árbitros que orienta na competição. Foto: Matheus Maranhão/LNB

A Coordenação de Arbitragem da Liga Nacional de Basquete escala na LDB árbitros novatos e aqueles que já apitaram no NBB CAIXA, mas ainda precisam se desenvolver ainda mais. A avaliação do orientador é bem ampla durante todos os jogos para que nenhum detalhe seja esquecido.

“Observo o comprometimento, postura, atuação, se estão bem fisicamente, aplicando corretamente as regras, se têm feeling, entendimento, se conseguem trabalhar no alto nível. As exigências da Liga Nacional são altas, o árbitro precisa estar em um padrão de excelência”, explicou Jonas Pereira.

Gustavo Mathias acrescenta: “Avalio conhecimento das regras, interpretações e como aplicam de maneira correta na quadra. A mecânica de arbitragem também é muito importante. O bom posicionamento, o olhar para o lugar correto pode trazer melhores decisões. Também precisa lidar bem com o lado da disciplina dos jogadores, treinadores e comissões técnicas.”

Para Marcos Benito, o trio de arbitragem precisa funcionar como um ecossistema perfeito. “Os árbitros precisam ter uma mesma filosofia de trabalho no jogo. Por exemplo, se um deles avisa um jogador para tirar a mão da cintura, o outro árbitro também tem de avisar. Eles precisam ter esse sincronismo”, afirmou. “A arbitragem não pode ser individual, cada um por si, isso é ruim para o trio. É igual uma equipe, não adianta só um jogador fazer 40 pontos e outro apenas três. A vitória pode não acontecer”, acrescentou.

Marcos Benito (centro) apita jogo da LDB ao lado dos árbitros que são orientados por ele na competição. Foto: João Pires/LNB

Como os jogos da LDB são em sedes fica mais fácil o feedback, afinal o convívio é diário. Cada orientador de arbitragem tem uma maneira de trabalhar com os árbitros. “Faço um relatório do jogo onde cada situação que ocorre juntamente com a tomada de decisão do árbitro é anotada e passada para que o árbitro assista e possa analisar suas decisões”, explicou Fábio Kover. “As informações são passadas e discutidas com cada trio pós-jogo para um crescimento e desenvolvimento dos árbitros.”

Jonas Pereira faz reuniões diárias, com análise de vídeos e situações. “Os árbitros têm um protocolo diário para cumprir. Editar vídeos, discutir os lances. Cada árbitro traz uma situação para que possamos discutir. Ele apresenta o vídeo, explica porque tomou aquela decisão e depois abrimos um debate. Não é somente mostrar os erros. Mostramos os acertos também”, afirmou. “Não é só cobrar. Gosto de começar pelos pontos positivos e onde ele pode melhorar além desses pontos positivos. O erro é humano, mas temos de fazer de tudo para que ele seja reduzido ao máximo”, acrescentou Jacob Barreto, que conversa com o trio, individualmente e depois com o grupo todo.

A postura com jogadores e membros da comissão técnica é outro ponto importante no feedback que Marcos Benito costuma dar aos árbitros. “Avaliamos também como o árbitro consegue sair de uma situação difícil no jogo, quais as ferramentas, quais as habilidades, o que ele consegue fazer para resolver o problema antes de ter uma falta técnica”, afirmou o árbitro, reforçando que o trio precisa trabalhar como uma unidade. “Esses três árbitros estão se combinando legal? Quando eles (atletas) percebem que o trabalho de equipe está sendo bem feito, consequentemente eles diminuem o número de reclamações”, finalizou.

A LDB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, bola oficial Penalty, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), EMS, UMP e Genius Sports.