HOJE
Palavra do Mão Santa
Por Liga Nacional de Basquete
Em entrevista exclusiva para a LNB, Oscar Schmidt fala sobre a expectativa para Londres 2012 e seus palpites para as Finais do NBB
Ele é um atleta que, praticamente, não precisa de introdução. Dentro de quadra foi um dos maiores cestinha da história do basquete mundial e, hoje, fora dela, é conhecido por todos os brasileiros pelo seu jeitão simples e pelo carisma que tem tanto quando atua de frente para as câmeras quanto nas palestras que faz por todo o Brasil.
Aos 54 anos, Oscar Daniel Bezerra Schmidt é a principal personalidade do basquete brasileiro. No alto dos seus 2,05m, o ala de importantes clubes como Palmeiras, Sírio, Corinthians e Flamengo fez história nas quadras brasileiras com um jogo de extrema precisão nos arremessos de 3 pontos, o que lhe rendeu o apelido de “Mão Santa”.
Além do grande sucesso nos clubes por onde passou, inclusive na Europa, o grande prazer de Oscar sempre foi atuar pela Seleção Brasileira. O eterno número 14 do Brasil liderou uma geração inteira em quatro mundiais e cinco olimpíadas. E foi nos Jogos Olímpicos que o ala conseguiu seus principais recordes pessoais, sendo um deles, o de maior cestinha da história da competição, com 1.093 pontos marcados.
Em entrevista exclusiva para o site da LNB, Oscar Schmidt comenta sobre o atual momento do basquete brasileiro, suas expectativas para Londres 2012 e como ele vê o NBB no cenário esportivo do País. Confira!
LNB: Seleções na Olimpíada, ligas nacionais se fortalecendo a cada temporada, atletas se destacando na NBA e na Europa… o basquete brasileiro voltou a caminhar no rumo certo?
Oscar: O basquete brasileiro voltou sim e tudo isso tem méritos da ótima administração que a CBB teve nessa gestão.
LNB: Não será uma missão nem um pouco fácil, mas você está esperançoso para os Jogos Olímpicos de Londres? É sonhar muito alto chegar numa medalha olímpica no basquete masculino?
Oscar: Com certeza, é sonhar alto sim. Mas nada é impossível, principalmente quando se trabalha bem.
LNB: Além da Espanha, qual será nosso jogo mais importante na fase de classificação?
Oscar: Os principais e mais importantes adversários do Brasil serão a Austrália e, possivelmente, o classificado do Pré-Olímpico Mundial.
LNB: Você sempre defende que os atletas devem vestir a camisa da Seleção Brasileira. Se você fosse convocar a equipe que vai a Londres, você convocaria todo mundo ou levaria apenas os jogadores que serviram o Brasil nas últimas competições?
Oscar: Se eu fosse o técnico, não levaria o Nenê nem o Leandro. Só que reconheço que, com eles no time, o Brasil fica mais forte para a competição.
LNB: Eu sei que você acompanha bastante o NBB e sempre comenta no seu blog. Qual é a sua avaliação do NBB desde sua primeira edição até esta última?
Oscar: O NBB está melhor a cada temporada e acho que com a transmissão da final na TV aberta este ano, o basquete e a competição vão ganhar muito com a divulgação que será dada.
LNB: Tem algum palpite de quem será o campeão do NBB 2011/2012?
Oscar: Torço muito para o Pinheiros e para o Flamengo, mas creio que Brasília tem grandes chances de conquistar o título de novo.
LNB: Qual é o jogador do NBB que você mais gosta de acompanhar em quadra?
Oscar: Eu gosto de acompanhar o Marcelinho, do Flamengo, o Alex, do Brasília, e o Larry Taylor, do Bauru.
LNB: Apesar do bom momento do nosso basquete, quais evoluções você ainda gostaria de ver?
Oscar: Gostaria de ver os jogadores seguindo o exemplo do nosso capitão Marcelinho Huertas, do Alex Garcia, do Tiago Splitter e do Marcelinho Machado quando atuam pela Seleção Brasileira. Esse tem que ser o espírito de todos quando vestem a camisa da Seleção.
LNB: Você deve ter visto que o Palmeiras voltou às atividades na categoria adulto e está na luta por uma das vagas ao NBB 2012/2013. Como você vê essa iniciativa?
Oscar: Isso é ótimo! Eu, inclusive, gostaria de ver mais clubes de camisa voltando ao basquete e atuando no NBB.