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Para a história


Em jogo para ficar marcado, Pinheiros bate o Brasília, após duas prorrogações, e segue vivo na briga por uma vaga na decisão do NBB
Por Liga Nacional de Basquete


Histórico. Assim pode ser definido o quarto jogo da série semifinal entre Pinheiros/SKY e Uniceub/BRB/Brasília. Em um dos jogos mais espetaculares da história do NBB, a equipe paulista superou o rival, em pleno Ginásio Nilson Nelson, após duas prorrogações.
A vitória, por 109 a 105, empatou a série em 2 a 2 e manteve o Pinheiros vivo na luta por um lugar na grande final. A decisão da vaga ficou para o quinto jogo, que será realizado em São Paulo, no domingo (27), às 14h.
Marquinhos, com 26 pontos, foi o cestinha pinheirense na partida, seguido por Olivinha, com 21. O ala/pivô também superou seu recorde pessoal de rebotes ao coletar 20 na partida. Do outro lado, Alex, com 27 pontos, foi o cestinha do jogo. Giovannoni, com 16 pontos e 12 rebotes chegou ao duplo-duplo.
O NBB é um campeonato organizado pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a Rede Globo e patrocínio Eletrobras, Caixa, Penalty e Netshoes.
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O Pinheiros veio à quadra para o aquecimento vestindo uma camisa com a mensagem “Força Shamell”, em apoio ao companheiro que ficará seis meses afastado das quadras após romper o tendão de Aquiles do pé direito. Sem o norte-americano, o técnico Claudio Mortari optou por escalar Paulinho Boracini na equipe titular. E a estratégia deu certo. Com sete pontos do ala/armador e nove de Fiorotto, o Pinheiros venceu o primeiro período por 22 a 11.
Melhores em quadra também no início do segundo quarto, os visitantes mantiveram o controle da partida e a diferença chegou a 15 pontos, quando o Pinheiros vencia por 29 a 14. Mas a reação dos donos da casa também chegou de forma arrasadora. Se aproveitando dos erros ofensivos do rival, Brasília anotou uma sequência de 13 pontos consecutivos sem resposta e voltou para o jogo. As duas equipes então passaram a trocar cestas até o intervalo, mas o Pinheiros conseguiu se segurar a frente, 34 a 32.
A vantagem pinheirense voltou a subir no terceiro períoro e novamente chegou a dígitos duplos. Mas, limitando os paulistas a apenas três pontos nos últimos quatro minutos, Brasília reduziu para sete a diferença, 58 a 51.
O quarto período foi eletrizante. Brasília encostou, chegou a passar a frente, mas o Pinheiros retomou a dianteira. A quatro segundos do final, os donos da casa perdiam por três pontos e Nezinho sofreu falta. O armador converteu e propositalmente errou o segundo. Na briga pelo rebote, bola presa e posse novamente para os candangos. Na última chance para empatar, Nezinho buscou a infiltração e sofreu falta. Já com o cronômetro zerado, converteu os dois lances livres e levou o jogo para o tempo extra.
Na prorrogação, as duas equipes se alternaram na liderança a decisão ficou mais uma vez para os segundos finais. Restando apenas 11 segundos, Brasília vencia por dois pontos – 93 a 91 – quando Giovannoni sofreu falta. Mas o ala/pivô desperdiçou a chance de matar a partida ao errar os dois lances livres. Na sequência, Marquinhos acertou uma bola de 3 pontos de muito longe e virou o jogo.
Restavam apenas quatro segundos quando Alex recebeu o fundo bola e partiu para o ataque. No meio do caminho, sofreu falta de Rafael Mineiro e ganhou dois lances livres. Ele acertou o primeiro e errou o segundo, o que levou o jogo para a segunda prorrogação, 94 a 94.
No segundo tempo extra, o Pinheiros não podia contar com quatro jogadores. Morro, Paulinho Boracini e Figueroa estavam eliminados com cinco faltas e Fiorotto sentiu uma lesão no joelho. Com poucas opções, a formação escolhida por Claudio Mortari foi Renato, Marquinhos, Bruno Mortari, Olivinha e Mineiro.
E foi de Mineiro a bola que virou o jogo a favor dos paulistas. Restando 29 segundos no cronômetro, o pivô arremessou de 3 pontos e colocou o Pinheiros na frente, 107 a 105. No lance seguinte, Brasília trabalhou a jogada, mas Marquinhos interceptou o passe de Giovannoni no meio do garrafão, no lance que decidiu a partida. Ainda houve tempo para Olivinha converter mais dois lances livres e por números finais ao jogo, 109 a 105.
“Foi uma partida impressionante, de muita superação. Entrou todo mundo com olho de tigre para o jogo de hoje. Vai ficar marcado na memória para sempre”, resumiu o ala Renato.
Apesar do clima de euforia após a vitória, o camisa 13 ressaltou que a equipe ainda precisa venecr em casa para cumprir o objetivo de chegar a final. “O clima é de felicidade pela vitória e pelas circunstâncias. Mas ainda não chegamos a lugar nenhum. Precisamos ter quanquilidade, calma e baixar a adrenalina para o quinto jogo, em São Paulo”, completou.
Do outro lado, apesar da frustração pela derrota, o reconhecimento a uma das mais espetaculares partidas do NBB.
“Acho que foi um dos melhores jogos da história. Infelizmente tivemos o jogo duas vezes na nossas mãos e desperdiçamos. Não jogamos o nosso melhor, forçamos no final e acabamos punidos pelos próprios erros”, disse o técnico José Vidal.