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25-04-2024 | 05:54
Por Juvenal Dias

Com dois duplo-duplos nas oitavas do NBB CAIXA, Paranhos tem ajuda familiar, dos companheiros e de equipe multidisciplinar para crescer no momento decisivo para o Minas

O pivô do Minas, Alexandre Paranhos, começou os Playoffs do NBB CAIXA 2023/24 voando alto. Em dois jogos contra o União Corinthians, pelas oitavas de final, o atleta registrou duplo-duplo. No jogo de ida, teve 16 pontos e 10 rebotes, e na volta fez 21 pontos e pegou 11 rebotes. O camisa 24 da Tempestade lidera as estatísticas de maior reboteiro na temporada, tanto em média (7,43) quanto em números absolutos (260).

Paranhos, do Minas, durante suas atuações perante o União Corinthians. Foto: Hedgard Moraes/MTC

Paranhos está com 32 anos e tem os seus melhores números de pontuação em 12 temporadas do NBB CAIXA, anotando, em média, 12 pontos por partida. Essa boa fase não é fruto apenas de seu esforço nas quatro linhas. Há uma dedicação do atleta em muitos segmentos além do jogo. “Eu atrelo essa questão dos números a diversos fatores. O atleta é feito de várias vertentes, não só dentro de quadra, mas também fora. Toda a preparação durante a semana, os treinos, os objetivos que quer alcançar física e tecnicamente. Foquei muito nisso nos últimos anos, cuidando da pré-temporada, cuidando dos trabalhos específicos.”

Tem muita gente quem não entra em quadra, mas que tem influência no desempenho de Paranhos. “Me aprofundei mais nesses aspectos, procurei alguns profissionais: o Pablo Marcelino foi meu preparador físico durante as férias já há três ou quatro anos e, por coincidência, é o preparador físico do Minas também. O trabalho que ele fez de lapidação deu para perceber a melhora nos dados que ele me apresenta mês a mês. Procurei um nutrólogo para poder me auxiliar com suplementação.”

Outros pilares fundamentais para ver Paranhos com alegria em quadra é saber com quem ele divide a vida cotidiana em seu lar e entender seu lado espiritual. “Além desses profissionais, tem o lado familiar, minha esposa (Sara Elen) e meu filho (Felipe), que são minha base, minha estrutura para poder desempenhar meu melhor jogo dentro de quadra. Eles são meu combustível para que, temporada após temporada, apresentar minha melhor versão. Agradeço à Deus por tudo o que está acontecendo, a pessoa precisa estar bem com sua fé, com sua espiritualidade, acreditando que tudo tem um propósito, um tempo certo para acontecer, às vezes falta essa paciência para o atleta nesse processo”.

Foto: Hedgard Moraes/MTC

Muito do desempenho do Paranhos também dialoga com a proposta que Léo Costa, treinador do Minas, implementou na equipe. “Desde a pré-temporada, o Léo tem insistido bastante na filosofia de defender com consistência e ser um time bem solidário e eu me encaixei bem dentro desse sistema. Sou um jogador responsável de facilitar as ações do ataque, com bloqueios diretos e indiretos. Com isso, tenho evoluído meus aspectos dentro de produção de pontos, meu jogo de costas para a cesta, meus arremessos de média distância e aproveitando os espaços gerados pelo ataque, muito porque meus companheiros me acionarem em boas situações. O fato do time ser líder em assistências do NBB CAIXA está muito atrelado à filosofia que o Léo propôs para nós.”

O pivô também atribui ao jogo coletivo do Minas para que ele seja líder em rebotes. “É muito consequência do trabalho que é feito por todos. Quando você foca em desempenhar seu melhor, dentro de um cenário favorável, como é nosso time, com nossa estrutura, os excelentes companheiros de equipe, isso tudo coopera para que, em algum momento, alguma estatística, eu acabe me destacando. Nosso time tem destaques nos rebotes, assistências, bolas de três. O Léo soube montar bem a equipe nesse sentido, estamos apresentando o melhor desses aspectos em favor do Minas.”

Se depender do camisa 24, o Minas está pronto e terá nas quartas um comportamento semelhante ao que impulsionou a equipe à terceira colocação na temporada 2023/24. “A postura para alcançar um lugar nas semifinais é manter a confiança, não tem casa ou jogando fora, toda partida é local para implementarmos nossa filosofia, temos que encarar com confiança e personalidade, isso faz muita diferença nos playoffs.”

Paranhos e Lenz são grandes companheiros no Minas. Foto: Hedgard Moraes/MTC

Paranhos fez questão de ressaltar o ambiente do Minas e o capitão do time como influência positiva em seu desempenho. “O grupo que temos dentro do Minas, tanto jogadores como comissão técnica e diretoria. São pessoas que se preocupam em manter um ambiente de trabalho bom, então favorece para todo mundo entregar sua melhor versão, as escolhas das peças tem se mostrado bem eficiente para o desenvolvimento individual e no coletivo. Só posso agradecer ao Minas por toda a estrutura e apoio. Queria falar também do nosso capitão, Renan Lenz, um cara que tem uma postura gigantesca dentro do nosso elenco, um cara que coopera muito para o bem-estar do time. Estar no meu segundo ano aqui trabalhando com ele, fez eu aprender muita coisa para evoluir meu jogo, consegui absorver muita coisa dos toques que ele dá dentro de quadra, ele ajudou diretamente para o meu crescimento. É um dos caras mais fantásticos com quem pude dividir a quadra.”

É com esse espírito solidário e coletivo que Paranhos e o restante do time do Minas vão buscar sua sexta semifinal na história do NBB CAIXA e depois a primeira final do clube na competição.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.