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Força dos clubes

31-07-2024 | 06:02
Por Juvenal Dias

No clima olímpico, a LNB faz um levantamento da participação dos clubes que competem no NBB CAIXA e que classificaram atletas de diversas modalidades

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começaram oficialmente na última sexta-feira (26/07). Essa é a 33ª edição de uma Olimpíada na Era Moderna, contabilizada desde Atenas-1896. O Brasil está com uma de suas maiores delegações da história com 277 atletas e 89% deles (246) são de clubes formadores que recebem apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), instituição que apoia a Liga Nacional de Basquete na execução do NBB CAIXA e da LDB.

O time nacional de basquete masculino que luta pela terceira medalha de sua história tem seus 12 atletas que foram formados ou passaram no começo de suas carreiras em clubes que disputam o NBB CAIXA. Além disso, sete clubes que competem no principal campeonato de basquete do País têm atletas que estão em quadras, gramados, piscinas ou tatames franceses representando o Brasil em diversas modalidades.

O presidente do CBC, Paulo Maciel, explicou a importância dos clubes brasileiros no esporte olímpico de alto rendimento. “Os Clubes Esportivos do Brasil desempenham um papel fundamental na formação de atletas de alto rendimento, que representam o Time Brasil em competições internacionais. Nestes Jogos Olímpicos de Paris 2024, 89% da delegação brasileira é composta por atletas com passagens pelos Clubes. Essa estatística evidencia o compromisso e a eficiência dos Clubes em desenvolver talentos e proporcionar as condições ideais para que nossos atletas alcancem o mais alto nível competitivo. O Comitê Brasileiro de Clubes continuará apoiando e incentivando essa base sólida que é essencial para o sucesso esportivo do Brasil.”

No Basquete

Todos os 12 jogadores que defendem o Brasil na Olimpíada de Paris têm ligação com pelo menos um time do NBB CAIXA, seja um clube formador ou uma passagem de sua carreira. A seleção brasileira decide vaga nas quartas de final contra o Japão, nesta sexta-feira (02/08), às 6h (horário de Brasília). Confira o histórico dos atletas na modalidade:

 

  • Bruno Caboclo – Começou no NBB CAIXA no Pinheiros na temporada 2013/14 e esteve no São Paulo na temporada 2021/22;
  • Cristiano Felício – Da temporada 2009/10 até a temporada 2014/15 passou pelo Minas e Flamengo;
  • Didi Louzada – Estreou no NBB CAIXA pelo Sesi Franca em 2017/18, permanecendo por três temporadas e retornou na última para jogar no Flamengo;
  • Georginho – Na temporada 2013/14, começou sua trajetória no Pinheiros, já teve passagens pelo Paulistano, São Paulo e Sesi Franca, retornando ao clube do interior paulista para a temporada 2024/25;
  • Gui Santos – Por quatro temporadas, começando em 2018/19, defendeu as cores do Minas, antes de ir para os Estados Unidos;
  • Léo Meindl – Um dos mais longevos do NBB CAIXA, teve nove temporadas desde 2011/12, passando por Sesi Franca, Bauru Basket, Paulistano e São Paulo;
  • Lucas Dias – Há treze temporadas seguidas, começando no Pinheiros, passando pelo Paulistano e, atualmente, tricampeão do NBB CAIXA com o Sesi Franca, prova da qualidade da competição;
  • Mãozinha – Em três temporadas no NBB CAIXA, esteve no Pinheiros, Fortaleza B.C./CFO e Corinthians;
  • Marcelinho Huertas – É o único que já jogava basquete profissionalmente antes da LNB existir, atuou pelo Paulistano e Pinheiros, antes de sua vasta carreira no exterior;
  • Raulzinho – Nas três primeiras temporadas da história do NBB CAIXA, competiu pelo Minas;
  • Vitor Benite – Um ano antes do NBB CAIXA, jogou no Rio Claro, que também já participou do campeonato, mas sua estreia na competição foi pelo Pinheiros, depois seguiu para Sesi Franca, Limeira e Flamengo até a temporada 2014/15; e
  • Yago dos Santos – Atuou por seis temporadas seguidas no NBB CAIXA entre 2016/17 e 2021/22, sendo quatro pelo Paulistano e duas pelo Flamengo.

Clubes do NBB CAIXA em outras modalidades

O Pinheiros é o clube que mais enviou atletas para o Time Brasil na atual edição olímpica. Seriam 34, caso Isaac Souza (saltos ornamentais), não tivesse sido cortado por lesão. Então, serão 33 atletas em oito modalidades – atletismo, esgrima, ginástica artística, judô, natação, saltos ornamentais, triatlo e vôlei de praia. Seus principais destaques são Alison dos Santos, o “Piu”, nos 400m rasos; Nathalie Moelhousen, na espada; Beatriz Souza, no peso pesado do judô; e Bárbara/Carol Solberg, uma das duas duplas do vôlei de praia.

O Flamengo tem 12 atletas na delegação brasileira em cinco modalidades – canoagem, ginástica artística, judô, natação e remo. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva (ambas ginástica), Rafaela Silva (judô) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) são os principais nomes do clube Rubro-Negro.

O complexo Sesi Esportes, espalhado por diversas cidades do estado de São Paulo, inclusive Franca no basquete, terá 11 representantes em seis modalidades – atletismo, basquete, ciclismo de estrada, judô, triatlo e vôlei. Felipe Bardi, nos 100m rasos; Georginho e Lucas Dias no basquete; e Lorenne Teixeira e Darlan Souza estarão nas seleções de vôlei.

O Minas Tênis Clube tem sete atletas nacionais e duas de países estrangeiros que estarão na Olimpíada, em quatro modalidades – ginástica de trampolim, judô, natação e vôlei. Yonkaira Peña e Celeste Plak estarão pelas seleções da República Dominicana e Holanda, respectivamente, de vôlei, que terá a central Thaisa Daher como representante brasileira e principal destaque.

Assim como o Corinthians, que também tem uma atleta de outra nação além das seis nacionais do futebol feminino – Tamires, Yasmim, Duda Sampaio, Gabi Portilho, Yaya e Jheniffer, e a colombiana Daniela Arias, somando sete representantes do Timão.

Outro clube com sete representantes será o Botafogo, que estará em quatro modalidades diferentes – badminton, canoagem slalom, futebol e remo. Os dois do futebol são estrangeiros Gatito Fernandez (Paraguai) e Thiago Almada (Argentina), mas os principais nomes são Ana Sátila, em provas de caiaque e caiaque cross e Ygor Coelho, do badminton.

Por fim, o Club Athletico Paulistano terá três atletas na delegação brasileira, Luisa Stefani e Laura Pigossi, no tênis, e Juliana Viana, do badminton.

Medalhas contabilizadas pelos clubes

Antes dessa edição de Paris, o Brasil tinha 150 medalhas na história olímpica. Muitos atletas que conquistaram essas medalhas eram vinculados a clubes brasileiros na época que conquistaram as láureas. Em um levantamento junto aos clubes que competem no NBB CAIXA, a LNB mostra quantas medalhas cada clube considera com seus atletas. Confira pela ordem alfabética dos clubes:

  • Botafogo – 2 medalhas (2 bronzes);
  • Corinthians – 11 medalhas (4 pratas e 7 bronzes)*;
  • Flamengo – 26 medalhas (2 ouros, 8 pratas, 16 bronzes);
  • Minas – 14 medalhas (4 pratas e 10 bronzes);
  • Paulistano – 8 medalhas (3 pratas e 5 bronzes);
  • Pinheiros – 11 medalhas (1 ouro, 2 pratas e 8 bronzes);
  • Farma Conde São José Basketball – 1 medalha (1 bronze);
  • São Paulo – 10 medalhas (3 ouros, 2 pratas e 5 bronzes); e
  • R10 Score Vasco da Gama – 40 medalhas (9 ouros, 20 pratas e 11 bronzes).

*Não teve confirmação oficial do clube até o fechamento da matéria.