Diga não à discriminação

Na última segunda-feira (14/10), o Paulistano iniciou sua trajetória em casa no NBB CAIXA 2024/25. Em sua segunda partida da temporada, o Tigre mostrou força não só em quadra, mas também no lado de conscientização social. A vitória sobre o rival Pinheiros foi importante para o campeonato, mas o triunfo extra-quadra abrange questões relevantes para tornar o ambiente do basquete ainda mais acolhedor para todos.

Times do Paulistano e Pinheiros juntos antes da partida do NBB CAIXA, na luta contra o racismo. Foto: William Almeida/ Foto Atleta

Antes da partida se iniciar, as equipes mostraram que a rivalidade histórica fica apenas dentro do jogo. Paulistano entrou com uma camisa de combate ao racismo e torcedores que trouxeram alimentos não perecíveis para doação também ganharam essa camisa (foram 160 no total). Ademais, se juntaram abraçados com os jogadores do Pinheiros para exibirem uma faixa escrita: “Eu jogo contra o preconceito, diga não à discriminação”. É mais uma ação que tem o apoio da Liga Nacional de Basquete, que, por meio do Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB, abraça todas iniciativas de combate à atitudes discriminatórias.

Camisa do Paulistano na campanha ao combate contra o racismo que os jogadores entraram para aquecer e foi distribuída para a torcida. Foto: William Almeida/ Foto Atleta

A ação foi realizada juntamente com voluntários do clube, que estiveram na porta do ginásio coletando doações de alimentos não perecíveis para o Instituto Pequenos Craques. Ao todo foram arrecadados 184 kg de alimento que ajudarão a entidade. Pode parecer uma quantidade pequena, mas é uma iniciativa que tende a crescer no decorrer da temporada e conta com o apoio e a divulgação de mais pessoas que queiram assistir as partidas do Paulistano no ginásio Antonio Prado Jr. ao longo dos próximos meses. A entrada é gratuita, então ajudar com doações é uma maneira de fazer o bem ao próximo e acompanhar o melhor do basquete nacional de perto. Na temporada 2023-24, nos jogos do Paulistano, foram arrecadados 4.500 kg de alimentos, que atenderam 5 ONGs com formação esportiva.

A campanha “Eu Jogo contra o preconceito, diga não à discriminação”, iniciou em decorrência de um jogo da base, no qual uma das componentes da comissão técnica ter sofrido episódio de racismo. Após esse ato, a equipe realizou uma palestra sobre tema com atletas de várias modalidades do clube, com a presença do coordenador de ESG da Liga Nacional de Basquete e idealizador do Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB, Rafael Garcia, nesse processo educacional. Ele esteve ao lado de Marcio Kayatt, Diretor Jurídico do Paulistano, que abordou casos de racismo sob o ponto de vista legal.

Jogadores do Paulistano perfilados para o Hino Nacional com a camisa de combate ao racismo. Foto: William Almeida/Foto Atleta

Além desse caso, um atleta do polo aquático do clube, também profissional de alto rendimento, foi vítima de ataques racistas durante uma competição. O Paulistano está trabalhando para que os casos deploráveis rendam aprendizados, promovendo eventos educativos que deixarão mensagens significativas rumo a um mundo mais justo, respeitoso e inclusivo. A Liga continuará apoiando mais iniciativas como essas incansavelmente afim de que esses comportamentos repulsivos sejam tratados como crimes e excluídos dos meios esportivos nos quais a LNB está inserida.

Essa ação foi capitaneada por Marcelo Belleza, diretor de desenvolvimento social, Cristiana De Angelis, responsável pela comissão de diversidade e inclusão, Fernando Barbosa, membro da comissão e responsável pelo pilar racial, e Pilar Alava, funcionária da diretoria que coordenou essa ação com Esportes. O Paulistano trabalha constantemente para que a campanha esteja presente em seus eventos e em novas oportunidades de realização e amplificação do tema, tanto presencialmente como via canais oficiais.

Coordenador de ESG da LNB, Rafael Garcia celebrou mais essa iniciativa do clube. “As ações realizadas pelo Paulistano fortalecem o laço entre esporte e sociedade. Que o posicionamento permanente em combate ao racismo e as ações sociais possam estimular todo o ecossistema do NBB CAIXA.”