Melhor técnico

O treinador Paulo Cezar Martins de Oliveira, também conhecido como Paulo César Jaú, faturou o prêmio de melhor treinador da temporada 2023/24 do NBB CAIXA. É a primeira vez que o técnico conquista o troféu “Ary Vidal” em 16 edições da premiação e é o 11º comandante diferente a levar o prêmio para casa. Paulo César Jaú saiu de auxiliar de Guerrinha no início da temporada para conduzir o Bauru Basket entre um dos quatro semifinalistas da competição.

Paulo César Jaú recebendo o troféu Ary Vidal de melhor técnico do NBB CAIXA 2023/24. Foto: João Pires/LNB

Muitas vezes, a profissão que é menos valorizada em esportes coletivos e mais culpabilizada por más campanhas dos times é o técnico. Por mais que não entre em quadra, é o coach o responsável por selecionar os atletas para o elenco, dar os treinamentos e elaborar as táticas para encarar diferentes adversários. A dificuldade aumenta quando é um time de camisa tradicional no basquete nacional, que participou de todas as edições de playoffs no NBB CAIXA e que tem em seu elenco ninguém menos que Alex Garcia e Larry Taylor, duas lendas e que têm idades próximas ao de seu treinador.

Assim, Paulo Cesár Jaú, de 49 anos mostrou sua qualidade em conciliar a experiência desses jogadores com a habilidade de Dontrell Brite, a força de Anderson Rodrigues, a entrega de Martin Cabrera e Jeremy Hollowell, a juventude de Gemadinha e Maciel e virtudes de outras peças de um elenco curto para lutar entre os quatro melhores do maior NBB CAIXA da história, contra outros 18 concorrentes.

No começo da temporada, Paulo César Jaú era auxiliar técnico do Guerrinha no Dragão, mas outros projetos tiraram o treinador mais experiente, que já venceu o mesmo prêmio na temporada 2019/20, do time do interior paulista. A indicação de Guerrinha foi pelo próprio Jaú e a diretoria do clube confiou em seu trabalho e suas competências. Essa história a Liga Nacional de Basquete contou aqui.

Em determinado momento do primeiro turno do NBB CAIXA, o time acumulou oito vitórias em casa de forma seguida e oito derrotas jogando fora do Panela de Pressão. Quando emplacou as primeiras vitórias fora, o time classificou-se com a oitava colocação para a Copa Super 8 e caiu, ainda nas quartas de final, para o Flamengo. Em seguida, o Bauru Basket teve uma das melhores campanhas do segundo turno (14 vitórias e quatro derrotas) , melhorando três colocações e avançando aos playoffs com a quinta colocação, na mesma campanha que o R10 Score Vasco da Gama, que ficou em quarto.

Primeiro, passou pelo Pato Basquete (2 a 0) nas oitavas; teve problemas de contusões, mas superou o Cruzmaltino em (3 a 2) em São Januário, nas quartas de final; antes de sucumbir ao Flamengo (3 a 0) na semifinal. Jaú foi o único que levou um time classificado fora das quatro primeiras colocações à semifinal. Leia neste link a entrevista que o treinador concedeu aos jornalistas e comentaristas da LNB antes de começar seu embate decisivo no NBB CAIXA.

“É uma história linda mesmo. Começou lá atrás, eu galguei o espaço, perdi o espaço. Estava lá em Jacareí, como eu falo, com meus ‘monstrinhos’, com meu Sub-13 e Sub-18, em um projeto modesto, aí veio o convite para ir para o Bauru Basket. No dia que assumi a equipe, perco a pessoa mais querida da minha vida, que é a minha mãe. Foram muitas emoções, um verdadeiro turbilhão. Tinha felicidade de um lado e tristeza de outro. Tivemos uma temporada bacana. Os caras me abraçaram, as coisas aconteceram. Esse troféu não é só meu, é da minha família, é dos meus amigos, é do Bauru Basket, é da minha comissão técnica. Você vê o Alex, o cara é referência, falando disso emociona, deixa a gente muito motivado com a próxima temporada procurar fazer o melhor novamente”.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.