85

X

80

COMPARE AS EQUIPES

85

PTS

80

11

A3C

9

13

A2C

19

26

LLC

15

39

RT

30

16

ASS

16

Pts: Pontos RT: Rebotes ASS: Assistências A3C: Arremessos de três certos A2C: Arremessos de dois certos LLC: Lances livres certos
(*) Colocação refere-se a rodada em que esta partida foi realizada

Com uma batalha digna da história de Bauru Basket e Paulistano/CORPe, dois times que já fizeram final de NBB CAIXA, o Dragão superou o Tigre no Panela de Pressão por 85 a 80, na prorrogação deste sábado (03/05) e classificou-se para as quartas de final. É o sexto time que garante vaga na próxima fase e terá o São Paulo pela frente. O time do interior de São Paulo, nunca tinha ficado de fora de uma quarta de final e avança a sua 16ª. Já o time da capital cai pela sexta vez em oitavas.

Jogo 5 de playoff do NBB CAIXA é equivalente a cobranças alternadas de pênalti no futebol: mesmo que seu time não esteja envolvido, você não consegue desgrudar e sente o clima tenso da disputa. Mas para quem é torcedor do Bauru Basket e Paulistano/CORPe, o nível nervosismo já estava no mais alto possível mesmo antes da bola subir no Panela de Pressão, que estava absolutamente tomado.

Tigre no garrafão

A partida começou com as duas equipes convertendo suas cobranças, com um volume ofensivo parecido. Foram quatro bolas de fora do perímetro para cada lado e a diferença pesou a favor do Paulistano/CORPe no jogo de dentro do garrafão, mesmo com menor aproveitamento (62,5% contra 75), conseguiu infiltrar o dobro que os donos da casa para converter 5/8 contra 3/4, contando com mais assistências (7 a 3), principalmente de Atauri e Landeira. Se a distribuição dos pontos do Tigre ocorreu de forma homogênea, Dontrell Brite assumiu a maior responsabilidade para o Bauru Basket, com 11 anotados e sendo o cestinha da parcial. Mas o time visitante venceu por 29 a 25.

Dragão defensivo

Quando um dos times marca apenas oito pontos no quarto, dá para creditar os méritos muito mais à defesa adversária, que fechou os espaços e dificultou todas as ações ofensivas. Assim, mantendo a alternância de bons momentos, a defesa do Bauru Basket foi quem garantiu a virada no placar para ir ao vestiário em vantagem, já que pegou mais rebotes e deixou desconfortável o ataque do Paulistano/CORPe com a pontuação baixa. Mas a defesa do Tigre também fez seu papel e o placar não foi mais elástico pela aplicação tática em cima do ataque do Dragão, um pouco mais efetivo, com 15 pontos e quatro de vantagem, no 40 a 36.

Paulo Jaú, técnico do Bauru Basket, comemorando a classificação às quartas. Foto: Thiago Moreno/Bauru Basket

Tensão máxima

Com a corrida de 7 a 1 nos primeiros minutos, a diferença do placar foi para dez pontos, obrigando o técnico do Paulistano/CORPe, Demétrius Ferracciú parar o jogo. Porém, a sequência da partida foi de erros e tomadas de bola para os dois lados, até uma bola de três de Gui Abreu para o Tigre e uma pronta resposta na mesma moeda de Dontrel Brite para o Bauru Basket. O placar fluiu melhor do que no quarto anterior, mas atrelado aos 15 rebotes e seis bolas roubadas pelas equipes. A parcial foi 17 a 14 para o Dragão, mas com os nervos à flor da pele.

Retorno do Paulistano/CORPe

Com quatro minutos corridos no relógio, Kevin Crescenzi converteu de fora do perímetro e empatou a partida em 62 a 62. Três minutos mais tarde e mais três pontos para cada lado apenas, tamanho estado de nervos. Até que Landeira converteu dois pontos na infiltração para o Paulistano/CORPe passar à frente após um longo período correndo atrás no placar. Contudo, nada de definição, com o Tigre vencendo por 19 a 12 a parcial e finalizando em 69 a 69. Ou seja, o jogo 5 foi para a cobrança alternada de prorrogação.

Extensão do desgaste

O argentino Santi Ferreyra abriu a contagem com uma bola de três para o Paulistano/CORPe. Andrezão e Brite viraram e Crescenzi retomou a ponta para os visitantes. Uma rápida reposição de Alex no fundo do ataque, deu uma cesta e falta que Andrezão converteu e o Bauru Basket criou dois pontos de margem. Mas o Brunão empatou novamente. Em seguida, Mogi acertou para o Dragão, Crescenzi desperdiçou uma de três e Gemerson colocou a vantagem em cinco pontos para o Panela de Pressão explodir. Com seis pontos de diferença, o Tigre teve algumas oportunidades, todavia, claramente o físico pesou e a precisão baixou.

Os três principais pontuadores do Bauru Basket funcionaram como se esperava: Brite, 26 pontos, oito rebotes e três assistências; Alex 20 pontos, três rebotes e sete assistências; e Andrezão, duplo-duplo com 12 pontos e 11 rebotes defensivos. Do lado do Paulistano/CORPe, Santi Ferreyra foi o cestinha com 15 pontos, entre cinco atletas que tiveram dígitos duplos na pontuação.

Muito orgulho

“Acho que essa série foi a mais difícil da minha carreira, porque fazíamos tudo certo e os caras (do Paulistano/CORPe) ficavam matando bolas demais, foi sempre uma briga. Mas foi uma série boa demais. Mas, graças a Deus, saímos com a vitória e vamos para as quartas. O Jaú me deu mais responsabilidades nessa temporada, o time está montado para meu estilo de jogo, pessoal me procura, consigo jogar pela lateral também ou por dentro de quadra. Esse é o time mais perfeito que já joguei, estão me ajudando muito”, declarou Dontrell Brite, do Bauru Basket.

Seu treinador, Paulo Jaú, também reconheceu os esforços dos dois lados. “Sabíamos que a série seria dura e longa, não importava que era o quinto contra o 12º.  O Paulistano veio aqui e quebrou a série, tivemos que ir lá e fazer uma partida praticamente impecável. Viemos para cá sabendo que esse jogo não teria nada a ver com o anterior. Que seria decidido nos momentos finais, quem tivesse a tranquilidade para fechar o jogo, não perdendo sua essência, jogando coletivamente, com a quadra aberta, levaria. Nossa defesa foi muito boa, quem entrou se doou ao máximo e pudemos dar alegria ao nosso torcedor”.

“Muitas emoções agora, mas primeiro gostaria de dar os parabéns para o Bauru, que jogou firme, forte. Tenho muito orgulho do nosso time, porque foi uma série dura, ninguém esperava que fizéssemos uma série tão dura assim contra eles, só nós. Estou orgulhoso do nosso grupo, apesar da derrota. Foi um jogo muito bom e muito pegado. É sempre difícil acabar a temporada assim, mas estou orgulhoso do nosso esforço nessa temporada. Dá para ver nesse jogo, vários jovens conseguindo entregar muita qualidade, todos os dias eu vejo eles trabalhando duro, entregando coisas novas, mais uma vez mostraram seu valor”, comentou Kevin Crescenzi, do Paulistano/CORPe, se referendo aos garotos de sua equipe.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.