Kid Flash começou como um ajudante entusiasmado, cheio de admiração e vontade de fazer o bem. Aos poucos, se transformou em um velocista poderoso por mérito próprio. Um dos personagens mais icônicos do universo da DC Comics tem uma representação na vida real. Trata-se de Dontrell Brite, destaque do Bauru Basket e que foi eleito o melhor jogador das oitavas de final dos Playoffs do NBB CAIXA 2024/25 pelo desempenho no triunfo sobre o Paulistano/CORPe.

O americano de 31 anos ganhou o apelido na Universidade de Mount Olive, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. “Surgiu quando assinei para jogar na faculdade. Estávamos em um treino, aí um dos veteranos do time, chamado Ewon Wright, começou a me chamar de Kid Flash por causa da minha velocidade e disse que eu parecia um mini Dwayne Wade. Depois, com o passar dos anos, o apelido se tornou Flash e, com o tempo, o apelido ficou na minha cabeça”, contou.

Dontrell Brite se destacou na série em que o Bauru Basket eliminou o Paulistano/CORPe. Foto: Bryan Assis/Bauru Basket

Com o apelido atualizado, Brite chegou ao Brasil para atuar pela Liga Sorocabana de Basquete na temporada 2017/18. Depois passou três temporadas no Fortaleza Basquete Cearense até chegar ao Bauru Basket em 2021/22. Nesta temporada, o armador registra os seus melhores números no NBB CAIXA, com médias 20,1 pontos, 4,4 assistências e 3,4 rebotes para 19,1 de eficiência. Não à toa, é um dos candidatos ao prêmio de MVP.

“Estar na disputa pelo prêmio de MVP é uma honra. Nos meus primeiros anos aqui no NBB CAIXA, todos viram o quanto eu me esforcei para me adaptar a um ritmo de basquete diferente, que eu nunca havia jogado. Agora, estamos jogando novamente em um estilo de jogo rápido, que beneficia mais o meu estilo. Então, naturalmente, consigo ser eu mesmo e estou mais confiante nos jogos”, afirmou Brite, que elogiou o trabalho do técnico Paulo Jaú, que está no comando do Bauru Basket pela segunda temporada consecutiva.

 

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“Jaú me ajudou muito a voltar à mentalidade, dizendo que é assim que eu tenho de jogar. E isso é bom não só para me ajudar em termos de confiança, mas também para ajudar a criar algo para o time. Também passei muito tempo aqui aprendendo com dois dos melhores armadores que já jogaram aqui (Alex e Larry), que me ajudaram a ler o jogo de forma diferente para chegar até aqui”, completou.

Destaque da temporada regular, Brite também brilhou na série diante do Paulistano/CORPe. Nas oitavas de final, o armador registrou médias de 19,2 pontos, cinco assistências e 4,2 rebotes para 20 de eficiência nas oitavas de final. No confronto decisivo, no quinto jogo, realizado no Panela de Pressão, o americano anotou 26 pontos e foi fundamental no triunfo por 85 a 80, na prorrogação.

“Fico feliz por atuar bem, mas o importante mesmo foi termos conseguido vencer. Foi uma das séries mais difíceis da minha carreira. O Paulistano atuou em alto nível, não perdoava os nossos erros. E é importante falar que o Andrezão mudou tudo para o nosso time nessa série. Ele estava imparável, sinceramente. Se não fossem as faltas, acho que ele teria uma média de 30 pontos por jogo. Fico feliz em ver o quanto sua mentalidade e atitude mudaram desde que chegou a Bauru para quem ele é agora, na parte mais importante da temporada”, afirmou o armador.

Com oito temporadas no NBB CAIXA, Brite já se sente mais “relâmpago” do que o Flash. “Sim, dá para dizer que já me sinto mais brasileiro do que americano”, comentou, rindo. “A maior parte da minha vida adulta, se parar para pensar, foi aqui, jogando no Brasil”, acrescentou o americano de Virginia, que certamente, aos 31 anos, tem muita lenha para queimar.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.