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LDB

E NÃO É QUE DEU PRAIA MESMO?!

12-09-2022 | 06:34
Por Arthur Salazar

Praia Clube mostrou seu valor até aqui na LDB e chega à fase final querendo ainda mais!

Artigo escrito por Arthur Salazar via Collab NBBxPosterizamos

 Quem diria que o Praia Clube aguentaria os trancos da segunda etapa rumo à uma classificação histórica para a fase decisiva da LDB? Eu mesmo, confesso que tive de ver o time mineiro ao vivo pra poder começar a acreditar na conquista da vaga e na possibilidade de uma campanha de sete triunfos que desbancaria Flamengo, Mogi e Minas no processo. Como todo bom líder, o armador Alê Vernizzi acreditava no potencial praiano e no trabalho de “formiguinha” do time de Uberlândia: “Nós já tínhamos jogado o Campeonato Brasileiro Adulto com boa parte desse elenco e estávamos trabalhando muito para a LDB… Então nós sabíamos, sim, que tínhamos capacidade de conquistar um espaço na fase final. Com certeza eu acreditava na vaga!”

 Em busca da campanha inédita, os comandados de Daniel Wattfy potencializaram o estilo de jogo que garantiu a invencibilidade na primeira etapa, e jogaram o basquete aurinegro sem amarras no Ginásio Azulzinho. A média de pontos por jogo subiu em 4; as assistências tiveram um salto de 14 por partida para 19 e mesmo com quedas em rebotes e no saldo final, o Praia Clube fechou a fase classificatória da LDB com o quinto melhor ataque, deixando de passar dos 70 pontos em apenas duas ocasiões.

Alê, do Praia Clube

 Para a segunda etapa, a explosão de Alê foi crucial na inserção do estilo de jogo uberlandense contra adversários mais cascudos. O armador foi responsável por mais de quinze pontos, cinco assistências e se tornou o quinto jogador a atingir 10 ou mais bolas recuperadas em uma partida da LDB. Cestinha praiano na sede paulista, Alê explica o novo papel no sistema de Wattfy: “A primeira etapa foi importantíssima para o time e para a classificação, mas sabíamos que a segunda etapa seria difícil. Me tornar cestinha foi algo totalmente natural. Tentei fazer algo diferente para poder ajudar o time a alcançar o nosso melhor, mesmo assim, o trabalho em equipe é o principal, já que ninguém consegue fazer nada sozinho. Conseguimos a classificação pelo nosso trabalho coletivo de todos os dias e sei que com esse foco e união podemos chegar longe!”

 Mesmo com a melhora e protagonismo novo, o Praia Clube sofreu para buscar o quarto lugar no Grupo A, afinal, as derrotas para Pinheiros; São Paulo e São José por uma diferença média de 8 pontos apresentaram um cenário delicado para os mineiros. Para Alê: “O momento mais complicado foi quando tivemos algumas derrotas que deixaram uma leve preocupação… Mas o time reagiu bem com os jogos seguintes, conseguimos algumas vitórias que eram necessárias para a classificação, e com jogos parelhos que ajudaram a trazer de volta a união; energia e confiança do time!”

 As “vitórias necessárias” vieram contra Mogi; Pato e Unifacisa, e colocaram o Praia no rol de times com sete vitórias (número mágico para a classificação), ao lado do Flamengo no Grupo A.

 Se na segunda etapa o Praia jogou contando os triunfos necessários para chegar à fase final, essa postura só foi possível por conta da primeira bateria de jogos invicta do aurinegro uberlandense em casa. Curiosamente, a vitória sobre o Flamengo naquela etapa da LDB garantiu a superioridade no critério de desempate, e assim, o time de Daniel Wattfy se coloca entre os oito melhores clubes Sub-22 do Brasil.

 Quando perguntado sobre os objetivos do Praia para a fase final, Alê demonstrou a confiança esperada de um bom líder que segue firme na busca por mais, e sem medo de sonhar com mais história para Uberlândia: “Queremos chegar ao topo e chegar o mais alto possível. Para isso, basta acreditar na nossa capacidade e que podemos, afinal, é continuar trabalhando firme para o time chegar preparado e 100% para essa fase final.”