Prancheta da semifinal

A série melhor de cinco jogos entre Flamengo x Bauru Basket, pela semifinal dos Playoffs do NBB CAIXA 2023/24, começa neste sábado, às 15h, no Tijuca Tênis Clube, com transmissão da TV Cultura, ESPN e NBB BasquetPass. O segundo jogo acontece na terça-feira (21/05), às 19h30, no Panela de Pressão, mesmo local e horário do terceiro confronto, na quinta-feira (23/05).

Arte: Pedro Sant

Dois dos únicos cinco times que já levantaram a taça do NBB CAIXA brigam por uma vaga na final da temporada 2023/24.

O Flamengo é o maior vencedor da história e, em 15 playoffs, chegou à final em nove ocasiões, conquistando sete vezes o troféu de campeão.

Bauru por sua vez chegou a três finais conseguindo o lugar mais alto do pódio em uma oportunidade.

Novamente montado para ser campeão, o Flamengo entra como favorito na série semifinal. Foi o líder da competição e ainda não perdeu nos playoffs.

Despachou o rival Botafogo nas oitavas sem complicações por 2 x 0 e também foi capaz de imprimir seu ritmo contra a equipe de Fortaleza para vencer por 3×0.

O Fortaleza B.C./CFO caiu de cabeça erguida com a sétima posição no NBB Caixa diante de um Flamengo que demonstrou ter um elenco mais profundo e ser um time muito mais intenso dentro de quadra.

O time dirigido por Gustavinho de Conti muito aplicado taticamente subiu as linhas defensivas e sufocou o Basquete Cearense.

O rubro negro tem possivelmente a melhor dupla de defensores nas laterais, formada por Didi e Gui Deodato. Extremamente atléticos e contando com um time bem postado para boas ajudas foram capazes de frear as ações do pontuador Dexter McClanahan que caiu de 15,6 para 10,3 pontos por jogo.

Com seu principal jogador muito bem marcado, o Fortaleza não conseguiu chutes de qualidade e propiciou o jogo de transição tão buscado pela equipe flamenguista.

Correndo bem a quadra e chegando espaçado o Flamengo sabe explorar bem seus chutadores.

Nos playoffs Didi tem 2,8 bolas de 3 pontos por 48% de aproveitamento, Cuello tem 1,4 com 46% e Gui Deodato tem 1,5 com 37%.

Quando não matam as bolas contam com o ímpeto dos pivôs na luta pelo rebote ofensivo (10 por jogo nas quartas) principalmente com Gabriel Jáu que pega 2,7 rebotes de ataque, 7,2 no total ainda soma 15,5 pontos de média nos playoffs.

É difícil parar um elenco tão robusto como o do Flamengo mas pensando na estratégia de Bauru para tentar avançar às finais, o início de tudo passa por minimizar as segundas chances e tentar forçar o jogo de meia quadra no 5 contra 5.

O Bauru vem de uma série espetacular decidida nos detalhes do jogo 5 contra o R10 Score Vasco da Gama.

Em um playoff muito físico, o Vasco é outro time que caiu de pé nessa temporada. Jogando um basquete interessante, a volta do time cruzmaltino deve ser comemorada pela qualidade do basquete e envolvimento do torcedor durante toda a campanha.

Porém não surpreende a vitória de Bauru que jogou um basquete muito bem organizado com regras bem pré-estabelecidas durante toda a competição.

Ao lado do seu torcedor no tradicional Ginásio de Panela de Pressão teve o 3° melhor retrospecto do NBB com 16 vitórias e somente 3 derrotas. O grupo comandado por Paulo Jáu foi ganhando corpo e o treinador foi inteligente ao usar bem o seu plantel que cresceu demais na reta final de temporada regular, tendo perdido somente quatro jogos em todo o segundo turno.

Na semifinal, no duelo entre dois dos maiores jogadores da história do NBB CAIXA, Alex Brabo levou a melhor sobre Marquinhos.

Alex teve êxito na missão de diminuir a produtividade de Marquinhos que caiu de 20,5 pontos nas oitavas contra o Pinheiros para 13,6 nas quartas contra o Bauru.

O grupo bauruense se comportou muito bem em quadra e mesmo perdendo dois jogos na prorrogação soube ter equilíbrio emocional para vencer o jogo 5 da série dentro de um Ginásio Januário abarrotado de vascaínos.

No derradeiro jogo, o Dragão demonstrou resiliência e capacidade de se reinventar pois perdeu Anderson Rodrigues melhor jogador do Bauru durante a temporada regular (14 pontos e 6,3 rebotes por jogo) e Dontrell Brite principal pontuador do time nos playoffs (17,1 pontos de média), ambos por lesão.

A expectativa é que tanto o Rodrigues como Brite possam retornar nas semifinais.

Mas o ponto positivo do Dragão foi que outros jogadores assumiram um protagonismo importante e deram conta do recado.

O ala-pivô Maciel ficou em quadra por 28 minutos no jogo decisivo e foi o responsável por trombar e brecar a volúpia dos pivôs vascaínos.

E o ala-armador Gemadinha roubou a cena e fez 7 dos seus 11 pontos nos últimos 5 minutos de jogo e sem dúvida pode ser uma peça chave para trazer pontos nessas semifinais.

Mas o ponto de equilíbrio do Dragão é sem dúvida o interminável Alex Garcia. Além de defender Marquinhos e matar lances livres importantes no fim do jogo 5, o Brabo ainda foi de 13,1 na temporada regular para 14,6 pontos por jogo no mata-mata.

A bola passa constantemente nas suas mãos e sempre toma boas decisões, é o principal passador do Bauru e o 5° da Liga com 5,7 assistências por jogo.

Contra o Flamengo sua criatividade e experiência é mais que necessária e além disso pode ser o encarregado de defender Gabriel Jáu no jogo de poste baixo se impondo fisicamente e tentando desestabilizar Jáu emocionalmente.

Se no duelo dos maiores da história, Brabo bateu Marquinhos, agora ele tem a chance de derrubar Olivinha e se tornar o jogador com mais finais na história do NBB CAIXA.

Extremamente vitoriosos, ambos têm 7 finais de NBB. Olivinha é o maior vencedor ao lado de Marquinhos com 7 finais e 6 títulos e Alex disputou 7 vezes a taça e levantou em 4 oportunidades.

Para vencer o Flamengo em uma série melhor de cinco jogos, o Bauru precisa jogar no seu limite, beirando a perfeição. Nas quartas de final esteve perto disso e também demonstrou ser um time de caráter para bater o Vasco.

O Flamengo é favorito e Bauru tenta fazer história!

Curiosidades

Momentos distintos no comando: Assumindo a equipe de Bauru no meio da temporada, Paulo Jáu vivencia sua primeira experiência como treinador principal de uma equipe e consegue o excelente feito de já estar brigando por uma vaga na final porém vê toda a experiência no outro banco de reservas.  O treinador rubro negro, Gustavinho de Conti acostumado à finais tem 6 decisões e 3 títulos no currículo.

Lei do ex: Titulares no Flamengo, Gui Deodato e Gabriel Jaú iniciaram suas trajetórias no NBB CAIXA e foram campeões na temporada 2016/17 jogando em Bauru. Gui jogou nove temporadas e Jaú seis pelo Dragão.

Dá pra sonhar: Somando temporada regular e playoffs, o Flamengo não perde a 12 jogos. No entanto, a última derrota foi justamente para o Bauru no segundo turno no Panela de Pressão por 74 x 72. No primeiro deu Flamengo por 89 x 73.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.