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Caminhada rumo ao inédito
Por Gustavinho Lima
Entenda na Prancheta do Gustavinho os motivos da campanha do KTO Minas, que fechou na liderança da temporada regular pela primeira vez na história do NBB CAIXA
Com três rodadas antes do fim da temporada regular, o KTO Minas já havia se garantido como líder do NBB CAIXA. Um feito que diz muito sobre regularidade e solidez de um time que, mesmo sob algumas turbulências, manteve o foco e uma alta produtividade em quadra.
Time bom de prancheta
O time é comandado pelo técnico Léo Costa, que propõe um basquete sempre muito bem organizado e que vem conseguindo extrair o máximo do elenco.
O grande trunfo na temporada é não tomar cestas fáceis. O KTO Minas tem a melhor defesa do campeonato (71 pontos sofridos por jogo), ancorada por três monstros defensivos: Danilo Fuzaro, Rafael Mineiro e Alexandre Paranhos. Juntos, eles transformaram a quadra em território hostil para qualquer ataque adversário. E se a defesa é o alicerce, o ataque prega sempre um jogo coletivo, fluido, a cada posse de bola procurando aproveitar uma vantagem criada. São cinco jogadores com média superior a 10 pontos por jogo. É o tipo de ataque que não depende de um herói, mas de uma orquestra.

Danilo Fuzaro é peça fundamental para o sucesso do KTO Minas. Foto: Hedgard Moraes/MTC
O regente dessa banda é o talentosíssimo Franco Baralle, que tem capacidade para encontrar passes geniais e principalmente para matar bolas decisivas.
Mas o time mineiro passou por um super teste, perdendo seu armador principal por lesão, ficando 12 rodadas de fora, e o experiente e bom jogador Scott Machado e o jovem prodígio Lucas Rodriguez se mostraram extremamente capazes de segurar a bronca.
A força do coletivo
Isso ficou ainda mais evidente após a inesperada debandada do dominicano Luis Montero, então jogador mais eficiente do time, que abandonou o projeto no meio da temporada para jogar na Venezuela. Um golpe duro para qualquer equipe, mas que o KTO Minas soube transformar em combustível.
Quem mais se aproveitou foi o argentino Juan Pablo Arengo, que assumiu a responsabilidade e elevou seu jogo. O hermano vem anotando 17,6 pontos de média nos últimos nove jogos. Uma resposta à altura do abandono!
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Mas a pergunta que fica é inevitável: será que esse time criou a casca suficiente para alcançar um feito inédito na sua história? O KTO Minas sempre flertou com o protagonismo, mas nunca chegou à final do NBB CAIXA. A derrota na decisão da Copa Super 8, em casa e na última bola para o Flamengo, ainda ecoa. E é impossível ignorar o peso de nomes como Sesi Franca e Flamengo, que já conhecem o caminho da decisão e sabem lidar com a pressão do tudo ou nada.
Chegou a vez do KTO Minas?
Ainda assim, a sequência de dez vitórias consecutivas mostra um time maduro, com confiança e controle emocional. O KTO Minas parece pronto para escrever um novo capítulo na sua história, um capítulo reservado apenas a cinco clubes na história da competição: os campeões.
Será que agora é a vez deles? O tempo vai dizer. Mas se há uma temporada em que o Minas parece mais preparado do que nunca, é esta.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Penalty e UMP e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.