Personagem da semana

Dizem que nasceu em Chicago. Outros afirmam que é cidadão bauruense. Muitos têm certeza de que, por tudo o que fez em quadra, Larry Taylor só pode ser de outro planeta.

Chegando ao Brasil em 2008, aos 28 anos e esbanjando saúde, vestiu a camisa 4 do Bauru Basket, faminto por escrever seu nome na história do clube.

Larry Taylor . Foto: Bryan Assis/Bauru Basket

O Alienígena do Dragão

Por 13 temporadas, Larry honrou a camisa do Dragão. Competiu firme dos dois lados da quadra, protagonizou lances inacreditáveis, conquistou títulos e se tornou o maior ídolo da história do basquete bauruense.

Pelo Bauru Basket, o Alienígena venceu dois Campeonatos Paulistas, duas Copas Sul-Americanas (2014 e 2022) e uma Liga das Américas (2015).

É do Brasa, e não tem jeito

Além dos atributos inquestionáveis como atleta, Larry conquistou fãs pelo seu carisma inigualável. Sempre com um sorriso no rosto, demonstrava empatia por todos ao seu redor, gentil com os torcedores, atencioso com os mais jovens e apaixonado pelo Brasil a ponto de se tornar um dos nossos.

Foi o primeiro americano a se naturalizar brasileiro para poder defender a Seleção. Pelo Brasil, disputou os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e foi campeão Pan-Americano, em 2015, no Canadá.

O pai brasileiro e o “Brother por Life”

Sempre se mostrou grato a Guerrinha, técnico que o revelou para o basquete nacional, a quem chamava de “pai brasileiro”.

Juntos, trilharam uma trajetória de conquistas em Bauru de 2008 a 2015. Em 2016, quando Guerrinha se transferiu para o Mogi, Larry foi sua primeira contratação.

Ficou por três temporadas no clube, onde formou uma das parcerias mais emblemáticas da história do NBB CAIXA, ao lado de Shamell, seu “brother for life” (irmão para a vida).

Juntos, foram campeões paulista e sul-americano.

 

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Volta a Bauru e fim no Caxias

Larry caiu nas graças do torcedor mogiano, mas o coração falou mais alto. Voltou a Bauru para vestir novamente a camisa 4 e conquistou mais uma Copa Sul-Americana, em 2022.

Na temporada 2024/25, defendeu o Caxias do Sul, reencontrando o “parça” Shamell e deixando também sua marca no basquete do Sul do país.

Nos meus pesadelos

Tive pesadelos pensando em como defender o Larry em quadra.

Muito atlético, com um repertório de finalizações próximo ao aro absurdo, um jump shot mortal e um chute de três pontos confiável, ele era realmente motivo de dor de cabeça.

Em transição, era quase impossível pará-lo. Lembrava o Derrick Rose no auge, pelo Chicago Bulls.

Colecionando recordes

O armador deixa as quadras como:

• 5º maior cestinha

• 4º em assistências

• 9º em rebotes, e

• Líder em bolas recuperadas da história do NBB CAIXA.

 

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Número 4 imortalizado

Reconhecendo o maior jogador da história do clube, a diretoria do Bauru Basket, liderada por Vanderlei Mazzuchini, organizou uma bela homenagem no Ginásio Panela de Pressão.

Com o ginásio lotado, no intervalo do jogo entre Bauru Basket e Caxias do Sul Basquete, o público aplaudiu de pé o Alienígena ao ver sua camisa número 4 sendo imortalizada.

Visivelmente emocionado, Larry agradeceu o carinho vindo das arquibancadas. “Nós conquistamos muitas coisas juntos. Muito obrigado. Bauru sempre será a minha casa!”

Aos 45 anos, Larry Taylor teve seu “último shot” com o sentimento de missão cumprida.

Obrigado por tudo, Larry, o basquete brasileiro agradece!

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete, com patrocínio máster das Loterias, Caixa Econômica, Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball, bola oficial Molten, marca oficial Kappa, e parcerias oficiais Cruzeiro do Sul Virtual, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.