HOJE
Reconhecimento
Por Gustavinho Lima
Técnicos têm uma função heroica (muita vezes esquecida) no basquete brasileiro e participação fundamental nos resultados recentes das seleções
Em menos de um mês, o basquete brasileiro venceu duas vezes os Estados Unidos. Sim, você leu certo. Primeiro, na final da Universíada, ou Jogos Mundiais Universitários, realizada na Alemanha, o terceiro maior evento esportivo do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo. Depois, no último fim de semana, de novo contra os americanos, desta vez representados pela tradicional Universidade de Georgetown, no Globl Jam, torneio sub-23 disputado no Canadá.
Os feitos ganham ainda mais valor porque a base da equipe é formada por atletas criados em solo brasileiro. E isso nos leva a um ponto muitas vezes esquecido, o papel dos técnicos em um time de basquete.

O técnico Fernandinho com o time campeão da Universíada. Foto: Steffie Wunderl/Rhine-Ruhr 2025
Heróis da beira da quadra
O treinador é aquele que ensina, corrige, orienta e cobra. Muitas vezes não recebe crédito nas vitórias e, quase sempre, é o primeiro a ser apontado nas derrotas. Ainda assim, segue firme. Estuda, cria métodos de treino, adapta conceitos, insiste em fundamentos e, principalmente, molda jovens dentro e fora da quadra. É uma função de resiliência e de paciência. É uma função heroica, sem exageros!
Duas conquistas, duas histórias incríveis
Na Universíada, a comissão comandada por Fernando José de Oliveira Pereira (Fernandinho) e Fabrício Fernandes construiu um time vibrante, capaz de virar uma final histórica após estar 26 pontos atrás contra os Estados Unidos. Um exemplo de atributos indispensáveis em equipes vencedoras, como competitividade e superação!
Já no Globl Jam, foi a vez de Helinho Garcia e Pablo Costa reeditar a parceria vitoriosa do NBB CAIXA. Montaram uma equipe intensa, com defesa sólida e bom padrão coletivo. “Jogando com regulamento debaixo do braço”, perderam para os americanos na fase de classificação, mas souberam esperar a hora certa de “dar o bote” e venceram justamente na grande decisão, garantindo o ouro para o Brasil.

Helinho e Pablo reeditaram parceria na Globl Jam. Foto: Arquivo Pessoal
Competir formando
Vale lembrar que nada disso acontece sem o trabalho diário nos clubes. São técnicos, preparadores físicos, fisioterapeutas e médicos que desenvolvem fundamentos, ampliam entendimento tático e cuidam do corpo e da mente dos atletas. Ensinar a competir sem perder o foco da formação talvez seja o maior desafio.
É aí que campeonatos fortes nas categorias de base, a nível nacional, se tornam imprescindíveis! Os CBI organizados pela CBB e a Liga de Desenvolvimento do NBB CAIXA são fundamentais nesse processo.
É no jogo que o atleta é forjado. A pressão do placar, o improviso diante do adversário, o frio na barriga da torcida, o peso das derrotas e o sabor das vitórias. Tudo isso educa para o esporte e para a vida.
Reconhecimento
Essas vitórias internacionais são fruto direto desse esforço coletivo. Que as conquistas da Universíada e do Globl Jam sirvam não apenas para celebrar os jogadores, mas também para valorizar quem arma as estratégias, corrige os erros e extrai o melhor de cada talento. Os técnicos brasileiros precisam receber esse reconhecimento!
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