HOJE
A POSIÇÃO 3!
Por Gustavinho Lima
A Prancheta do Gustavinho selecionou 12 alas para ficar de olho na temporada 2023/24 do NBB CAIXA; confira a análise do pós-jogador
Assim como a vida, o basquete evolui. As posições em quadra não estão mais tão pré definidas. Hoje em dia o “3” pode revezar com o “4” na função de interior e exterior ou trazer a bola pro ataque e fazer uso do pick and roll como um ala/armador.
Mas independente das mudanças táticas, a lgumas características continuam a serem procuradas pelos treinadores na hora de escolher um ala para compor o elenco.
A briga no rebote é pré -requisito! As segundas chances são muito valiosas e o “3” pode (e deve) brigar por rebotes ofensivos.
Acompanhando as novas tendência do basquete é fundamental também que na retaguarda o “3” possa marcar múltiplas posições, desde os homens grandes aos pequenos e mais ágeis armadores.
+ Confira o time de armadores da Prancheta do Gustavinho
Muitos alas da posição 3, foram pivôs em outra fase da carreira e através de treino específicos puderam aprimorar tecnicamente e “abrir” para atuar como lateral.
Um perfil de jogador que vem sendo cada vez mais útil no sistema de jogo, é o famoso “three and d” (bolas de três e defesa).
Esse estilo de jogo otimiza o potencial do atleta no que faz de melhor. Se especializar em alguns fundamentos específicos e conseguir se adequar a um determinado papel é uma grande virtude para conquistar tempo de quadra em qualquer time.
+ Confira o time de ala/armadores da Prancheta do Gustavinho
Doze alas para ficar de olho no NBB CAIXA 2023/24!
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12- Duane Johnson – União Corinthians
O ala de 2,01m tem faro de cesta e é a grande aposta do time do União Corinthians para puxar a pontuação da equipe gaúcha na temporada do NBB CAIXA 2023/24.
Jogador canhoto e muito agressivo nas batidas pra dentro, tem capacidade de finalizar no tráfego ou com seu bom drible parada e jump.
Já circulou jogando em diversos países e na última temporada jogou na segunda divisão de Israel no Maccabi Ma’ale Adumim com ótimas médias de 14,7 pontos e 7,3 rebotes e 1,5 bolas recuperadas por jogo.
11 – Eddy – Fortaleza Basquete Cearense
Chutador, chuta! Especialista na linha dos três pontos, Eddy tem um dos melhores arremessos da Liga após saídas de bloqueio. É top 10 de bolas de 3 pontos na história do NBB com 742 convertidas com 34 % de aproveitamento. Além disso, o ala de 36 anos tem também no currículo um título de NBB conquistado em 2017/18 defendendo o Paulistano. Vem de uma boa temporada jogando em São José dos Campos e chega para ser um dos principais “gatilhos” do Fortaleza Basquete Cearense.
10 – André Góes – Unifacisa
Versatilidade sem dúvidas é a principal qualidade de André Góes. Tem um QI de basquete muito alto e categoria para atuar em praticamente qualquer posição na quadra. Muitas vezes é o homem que organiza as jogadas e toma as decisões no fim do jogo para o time de Campina Grande.
Jogador de equipe, que se enquadra bem em qualquer sistema de jogo e na última temporada vestindo a camisa do Jack, fez um pouco de tudo com médias de 10,1 pontos, 4,3 rebotes e 4,3 assistências.
A Unifacisa conta ainda com mais um jogador interessante para a posição. O lateral argentino Matias Solanas, dono de um jogo plástico e inteligente, jogou pelo San Martin da Argentina e antes de desembarcar no Brasil esteve no colombiano Caribbean Storm Islands onde registrou médias de 13,6 pontos e 4,6 rebotes.
9 – Humberto – Vasco da Gama
O ala vem de duas temporadas muito sólidas jogando em Caxias do Sul. No último ano foi o cestinha da equipe registrando médias de 12,6 pontos e pegando 4,2 rebotes. Além dos bons números ofensivos é um ótimo defensor (1,2 recuperadas). Ágil e forte joga com muita entrega e energia e consegue defender múltiplas posições.
Humberto, chega ao Vasco para ser uma das principais referências de ambos lados da quadra.
Com um plantel bem montado para a temporada, o técnico Léo Figueiró ainda tem Gu Basílio para manter a mesma disposição em quadra. Basílio é um jogador que traz intensidade, boas leituras e sempre aporta boas coisas.
8 – Chuzito Gonzales – Minas Tênis Clube
O ala argentino é conhecido do público brasileiro. Deu seus primeiros passos no basquete profissional justamente no Minas em 2011 onde ficou por um ano e na temporada 20/21 vestiu a camisa do Flamengo com média de 11,2 ppj.
Chuzito chega ao Minas após ótima temporada em seu país natal, atuando pelo Instituto de Córdoba (ARG) onde teve excelente média de 15,8 ppj. Afiado nas bolas três pontos, o ala também foi o líder no fundamento da Liga Argentina.
No Minas chega com a difícil responsabilidade de ocupar o lugar deixado pelo craque Shaq Johnson eleito melhor estrangeiro do último NBB.
7 – Gui Abreu – Paulistano
Ala alto de 2,01m que possui ótimas leituras de jogo! Apesar da pouca idade, Gui Abreu demonstra excelente maturidade e frequentemente toma ótimas decisões.
Tem uma boa mecânica de arremesso e um bom trabalho de pés jogando no poste baixo.
Sempre apostando na juventude, o Paulistano foi cirúrgico na contratação de Gui após ser eleito MVP das finais da LDB 2021/22. Vestindo a camisa do CAP foi o líder de eficiência do time na última temporada com 14,3, registrando médias de 12,1 pontos e 5,5 rebotes por jogo.
6 – Jimmy – Pinheiros
Consistente e bom de grupo. Jimmy é um jogador que sempre entrega coisas boas aos clubes que defende. Competitivo dos dois lados da quadra, Jimmy tem bom aproveitamento de arremessos na carreira 77/ 53/ 36 % em lance livre, 2 pontos e 3 pontos respectivamente.
É disciplinado taticamente sempre brigando no rebote e se dedicando na defesa.
Defesa aliás que é um dos seus principais atributos. Jimmy tem versatilidade e agilidade para marcar diferentes posições, e já faturou o prêmio de melhor defensor do ano por três temporadas do NBB.
5 – Jhonathan Luz – Franca
Penta campeão do NBB e único jogador a ser campeão por três times diferentes (Paulistano 17/19, Flamengo 18/19 e 19/20, Franca 21/22 e 22/23) na história da competição.
Essa é a prova que o jogador encaixa bem em qualquer elenco.
Com o passar dos anos foi se especializando no “three and d”. Sabe bem o seu papel na equipe e contribui muito com bolas de três pontos e uma defesa intensa.
É também uma importante liderança vocal na equipe do Sesi/Franca.
4 – Didi – Flamengo
Revelado pelo Franca, Didi explodiu jogando no time do interior de São Paulo o que brilhou os olhos da NBA. Após ser draftado pelo Atlanta Hawks e imediatamente trocado para o New Orleans Pelicans, o ala que chegou a ser novamente negociado para o Portland Trail Blazers mas não emplacou no melhor basquete do mundo. Emprestado ao Sidney Kings, onde ficou por duas temporadas, foi bem utilizado e obteve médias 8,7 pontos e 3,2 rebotes pela Liga Australiana.
Didi vestiu a camisa da seleção brasileira ficando com a medalha de prata na disputa da Copa América.
Chega ao Flamengo com grande expectativa por parte dos torcedores e toda a mídia especializada.
Jogador muito atlético, possui boas infiltrações e capacidade de definir no tráfego. Tem boas pernas e atutude para defender e pode ser importante dos dois lados da quadra nesse forte elenco rubro negro, que entra novamente como um dos favoritos ao título do NBB.
O Flamengo tem um super plantel e ainda conta com o ótimo Martin Cuello. O ala argentino tem muito potencial de fogo e na última temporada foi o segundo maior pontuador da equipe rubro negra com 11,8 ppj com 42 % de aproveitamento nos três pontos.
3 – Shamell – Mogi das Cruzes
Shamell é craque! O maior cestinha da história do NBB está de volta à sua casa!
Na sua primeira passagem em Mogi em 2014 caiu rapidamente nas graças da torcida, onde permaneceu por cinco temporadas. O maior ídolo do basquete da cidade registrou nesse período média de 18,6 ppj tendo matado 390 bolas de três pontos (é também líder histórico de bolas de 3 pontos do NBB).
Depois de sofrer com algumas lesões sérias que o impossibilitaram uma boa sequência jogando no São Paulo, o ala norte americano chega para trazer experiência para a jovem equipe mogiana.
Aos 43 anos Shamell não tem mais o mesmo vigor físico mas inquestionavelmente tem pontos nas mãos e saudável é sempre um jogador muito perigoso que atrai muita atenção das defesas adversárias. Pode criar seus próprios chutes e principalmente usar seu talento no poste baixo para gerar ajudas e municar os companheiros.
2 – Alex Garcia – Bauru
Indiscutivelmente um dos maiores jogadores da história do NBB. Alex o Brabo ostenta 7 finais, tendo vencido em 4 oportunidades.
É o único atleta da história da competição no TOP 10 de todos os fundamentos.
Pontos (3°), rebotes (5°), assistências (5 °), bolas recuperadas, tocos (10°).
Aos 42 anos continua esbanjando vitalidade e impressiona pois continua batendo pra dentro e finalizando com enterradas muito agressivas. Na defesa é uma lenda. Eleito nove vezes defensor do ano, segue sendo sólido e versátil.
Na última temporada foi o líder do Bauru em pontos (13,1), assistências (4,9) e eficiência (14,9). O “Logo Brabo”, vem para a sua nona temporada defendendo as cores do Dragão.
1 – Malcolm Miller – São Paulo
Ele tem!!!
O ala do tricolor é muito quente nas bolas de três pontos. Na última temporada, M.M foi o líder disparado de chutes convertidos de longa distância. Em 41 jogos disputados, o norte americano matou incríveis 133 bolas triplas com 43% de aproveitamento! Foi o principal cestinha com 15,3 ppj e o jogador mais eficiente com 15,4 na caminhada do São Paulo para o vice-campeonato do último NBB.
Muito habilidoso, é uma arma que não nega fogo em qualquer parte da quadra (80 % de lance livre e 54 % de dois pontos), e demonstra muita facilidade em pontuar criando seus próprios arremessos ou saindo dos bloqueios para finalizar.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.