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NBB Caixa / Prancheta do Gustavinho

A POSIÇÃO 5!

17-10-2023 | 06:07
Por Gustavinho Lima

A Prancheta do Gustavinho selecionou 12 pivôs para ficar de olho na temporada 2023/24 do NBB CAIXA; confira a análise do pós-jogador

Alguns especialistas diziam que os pivôs entrariam em extinção, mas os últimos resultados do basquete mundial, jogaram por água abaixo essa tese.

O Denver Nuggets foi campeão da NBA com o super pivô Nikola Jokic como astro da equipe. Mais recentemente a Alemanha campeã do mundo, brilhou no Mundial de basquete FIBA fazendo muito uso do jogo interior.

No Brasil o “5” continua a ser fundamental na montagem das equipes. Acompanhando as novas tendências e evolução do esporte, os homens grandes estão cada vez mais móveis e habilidosos. Ficou obsoleto aquele “cincão” que só atua dentro do garrafão. O ritmo jogado no basquete moderno exige que os pivôs corram a quadra, chutem de longa distância e saiam para fazer ajudas longe do aro.

No NBB CAIXA 2023/24 há uma gama interessante de jogadores da posição 5 confirmando que o pivozão está longe de desaparecer das quadras de basquete.

 

12 – Wesley Sena – Caxias do Sul

Um pivô como Wesley Sena de 2,11m, habilidoso e com boas mãos é algo raro no basquete nacional. Wesley tem um potencial absurdo mas ainda carece de constância.

Sua última temporada jogando pelo Rio Claro foi de altos e baixos e, agora retornou a Caxias onde teve seu melhor desempenho como profissional. Na temporada 2021/22 vestindo a camisa do “Gambá” teve médias 12,4 pontos e 4,3 rebotes, mas sofreu com uma lesão que o impediu de dar sequência ao bom momento. Esse ano se conseguir se manter saudável pode ser uma peça importante no esquema do treinador Rodrigo Barbosa.

11 – Andrezão – Cerrado

Movimento muito interessante do técnico Régis Marrelli em apostar em alguns jovens no seu elenco para o NBB CAIXA 2023/24. Umas das principais escolhas para o time do Cerrado foi o pivô Andrezão. O “cincão” se despediu do Paulistano com o título da LDB sendo muito importante durante toda a campanha. Na equipe principal já vinha conquistando bons minutos na equipe dirigida por Demétrius Ferraciú mas se transferiu para o Cerrado para ser mais efetivo.

Andrezão é um pivô que trabalha bem de costas para a cesta e recentemente agregou o chute de três ao seu repertório. É um jogador muito alto de 2,11m, que protege bem o aro e também tem ótima mobilidade defensiva para sustentar cortes nos “miss match”(desequilíbrios).

10 –  Anderson Rodrigues – Bauru

Jogador muito atlético, Anderson costuma sacudir o aro do ginásio “Panela de Pressão” em Bauru.

O pivô vai bem nas continuações de corte e tem boas pernas para defender tanto os homens grandes como também alas e armadores. Ainda jovem, tem 26 anos e muito potencial a oferecer com seus 2,07m. Segue para a sua segunda temporada vestindo a camisa do Dragão, no último ano obteve médias de 8,3 pontos e 5,1 rebotes e sem dúvida ainda tem muito espaço para crescer no NBB.

9 – Thiago Mathias – Vasco da Gama

Mathias é um verdadeiro protetor de aro! O pivozão de 34 anos e 2,08m é o 3° em tocos na história do NBB.

Jogador muito consistente sempre entrega médias próximas ao duplo-duplo por todas as equipes que passou.

Na última temporada jogando pelo Caxias do Sul teve 9,9 pontos e 7,9 rebotes por partida.

Compõe o elenco do Vasco, que está super bem servido no garrafão. Além de Mathias, o “Gigante da Colina” tem o jovem Sergião como opção. O pivô de 23 anos e 2,08m tem uma mobilidade muito interessante, joga bem no “pick and roll” e também tem potencial atlético para subir alto nos rebotes e tocos.

 8 – Renato Carbonari – São José dos Campos

Extremamente sólido, Renatão é um cara que joga todas as posses de bola na sua máxima intensidade.

Já defendeu diferentes cores no NBB, sempre com a mesma dedicação. São quase 4 mil pontos na carreira (3.896), 2.093 rebotes e 336 bolas de três pontos convertidas.

Jogando por São José dos Campos, Renato Carbonari vem de sua melhor temporada, onde registrou médias de 12 pontos, 6,1 rebotes e 2,7 assistências.

Além dos bons números, tem boas leituras e muita disposição para defender.

Essa temporada irá dividir a posição com Matheus Leal, que cresceu muito de produção jogando por Brasília. Leal teve ótimas médias de 11,6 pontos e 6,7 rebotes.

São José está realmente bem servido na posição 5!

7- Alexandre Paranhos – Minas

A evolução de Paranhos é impressionante! É muito forte fisicamente e vem aprimorando a cada temporada seus fundamentos e finalizações.

Encaixa bem os bloqueios tendo a leitura correta nos ângulos do corta-luz, além de ser um dos melhores da Liga rolando para a cesta.

Na defesa pode defender múltiplas posições e se torna indispensável no esquema do treinador Léo Costa.

O pivô de 32 anos e 2,04 vai para sua segunda temporada vestindo a camisa do MInas e no “pick and roll” com o argentino Baralle, pode formar uma das melhores jogadas de dupla do campeonato.

O Minas tem um elenco muito profundo, e ainda conta a versatilidade de Rafa Mineiro que pode atuar como 4 ou como 5. Mineiro sempre entrega muita energia, excelente defesa e boas leituras ofensivas e sem dúvida vai agregar muita experiência ao elenco minastenista.

6 – Ralfi Ansaloni – São Paulo

Foi fundamental na campanha do tricolor ao vice-campeonato do NBB em 2022/23. E se o São Paulo tivesse saído com o título na final, Ansaloni certamente seria um dos fortes candidatos a MVP das Finais.

Ralfi é um pivô que possui ótimas mãos, tem técnica para finalizar tanto de costas para a cesta no poste baixo como chutando de fora de média e longa distância.

Ansaloni, do São Paulo

Esse elenco são paulino tem outra ótima opção como 5. O experiente pivô Vitor Faverani, recém chegado do Flamengo, está recuperado de lesão e sem dúvida é mais uma peça importante na luta tricolor pelo caneco do NBB CAIXA 2023/24.

5 – Gerson – Unifacisa

Muito impactante dos dois lados da quadra, Gersão parte para sua terceira temporada vestindo a camisa da Unifacisa.

Dominante, Gerson foi um dos alicerces da Unifacisa que chegou às quartas de final do NBB CAIXA 2022/2023 (Gabriella Tayane/Unifacisa)

Nos dois anos anteriores combinados, Gersão soma 10 pontos e 4,5 rebotes de média, mas seus números não traduzem a sua real importância em quadra.

Não tem bola perdida para o pivô do Jacaré! O pivô de  32 anos e 2,06m, une disposição com ótima técnica. Possivelmente faz a melhor defesa na ajuda do “pick and roll” do NBB. E essa é somente uma das tantas coisas que produz que não se medem nas estatísticas.

4 – Ruan Miranda – Paulistano

O céu é o limite para o pivô de 22 anos!

Ruan vem de uma temporada pelo Cerrado de 15,4 pontos e 8 rebotes por jogo com 56% de aproveitamento nos arremessos de quadra que o levaram a vencer o prêmio de DESTAQUE JOVEM do NBB 2022/23.

Campeão da LDB 2023, Ruan desponta como um dos pivôs mais promissores do basquete brasileiro (Fotojump/LNB)

O Paulistano sempre antecipando o futuro acertou na contratação do talentoso pivô 2,06 e 108 quilos. Na casa nova já chegou vencendo o título da Liga de Desenvolvimento de Basquete sendo um dos destaques da Final.

Na equipe montada pelo treinador Demétrius mantendo a filosofia de dar moral aos jovens jogadores deve ter bastante espaço e protagonismo.

3 – Maique – Flamengo

Sem dúvidas foi um dos jogadores que mais evoluiu na última temporada. Big Maique saltou de 5,5 pontos e 3,8 rebotes no Minas em 2021/22 para 12,1 e 6,3 no Corinthians em 2022/23.

Além da boa produção ofensiva, Maique ainda traz boas ações na defesa. O pivô de 30 anos e 2,11m foi o vice-líder em tocos da competição na última temporada.

Um dos jogadores que mais evoluiu na última temporada do NBB CAIXA, Maique trilhará nova jornada no Flamengo (Paula Reis/Flamengo)

Chegando ao Flamengo sem dúvida trará muita intensidade para o garrafão.

O quarteto de pivôs rubro negro tem muita mobilidade. Além de Big Maique, conta com Gabriel Jaú, Olivinha e o recém chegado húngaro Filypovit trazendo ótimas possibilidades ao elenco.

2 – Marcio Santos – Franca

Cria da base francana, Márcio é uma jóia do basquete nacional! Demonstrando evolução a cada temporada, o pivô de 21 anos vem conquistando seu espaço na marra.

Na última temporada, mesmo com Lucas Mariano e Lucas Dias, a melhor dupla de pivôs do campeonato, Marcião conseguiu ser primordial na conquista do bi campeonato.

Muito ágil e com ótimas pernas é o melhor defensor de pick do time, e talvez do campeonato.

Márcio, aos 21 anos, foi peça importante do bicampeonato francano do NBB CAIXA (Marcos Limont/Sesi Franca)

No ataque, rola pra dentro sempre com muita volúpia e intensidade, finalizando com enterradas ou sendo capaz de absorver o contato e fazer a cesta.

Márcio foi peça chave na conquista do título mais importante da história de Franca, sendo o cestinha da Final do Mundial contra o Bonn da Alemanha, com 15 pontos e ainda pegou 8 rebotes e distribuiu dois 2 tocos.

Esse ano com a saída de Lucão, terá a ajuda de outro ótimo jogador na posição para tentar dar conta do recado. Wesley BH, muito bom jogador, é um pivô muito versátil que pode atuar como 4 e 5.

Sempre entrega excelentes números, Wesley vem de uma temporada de 12,1 pontos e 5,8 rebotes jogando pelo Minas e traz profundidade ao time dirigido por Helinho Garcia.

1 – Hettsheimeir – Corinthians

Se o Karl Anthony Towns se auto intitula o melhor pivô chutador de todos os tempos da NBA, Hettsheimeir poderia fazer o mesmo no NBB. Em 9 temporadas, o experiente pivô de 37 anos foi bi campeão do NBB e matou incríveis 445 bolas de três pontos com 38% de aproveitamento.

E o pivozão não vive só das bolas de fora, na última temporada atuando pelo Flamengo teve 11,6 pontos de médias com 65% de aproveitamento nas bolas de 2 pontos.

Com história gigante na Liga, Hettsheimeir chegou ao Corinthians colecionando bons desempenhos, chegando à final do Campeonato Paulista (Beto Miller/Agência Corinthians)

No Corinthians revive a dupla de “pick and pop” (fazer o bloqueio e abrir para o arremesso) de 2019/20 com Élinho quando estavam encaixados e foram campeões da Copa Super 8 por Franca.

É evidente que Hett não esbanja a mesma vitalidade mas ainda é um dos pivôs mais difíceis de se defender no NBB.

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