Que passeio!

Mills teve mais uma grande atuação e comandou o passeio australiano (FIBA/Divulgação)

Grande sensação da primeira fase, a Austrália manteve o ótimo nível e avançou às semifinais dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com uma vitória arrasadora sobre a Lituânia. Nesta quarta-feira (17/08), o selecionado da Oceania não deu chances aos europeus e levou a melhor, com tranquilidade, pelo placar de 90 a 64.

E agora? O rival da Austrália nas semifinais, que acontecerão nesta sexta-feira (19/08), será a Sérvia, que bateu a Croácia nas quartas. O duelo acontece às 19 horas (de Brasília). Na outra semi, Estados Unidos e Espanha se enfrentam às 15h30.

Pela quarta vez: Esta é a quarta oportunidade em que a Austrália chega entre os quatro melhores das Olimpíadas. A última vez que isso aconteceu foi quando a equipe jogou em casa nos Jogos de Sidney, em 2000. No entanto, em todas as oportunidades, a equipe foi derrotada nas semifinais e depois acabou fora do pódio, na quarta posição.

Sempre ele: Em mais uma grande atuação no Rio de Janeiro, o armador Patty Mills marcou 24 pontos e foi o cestinha da partida. Para construir sua alta pontuação, o atleta que atua pelo San Antonio Spurs acertou oito dos 15 arremessos de quadra que tentou (53% de aproveitamento).

Todo mundo contribuiu: Junto de Mills, os outros quatro titulares da Austrália também tiveram atuações decisivas para o triunfo da equipe. O pivô Aaron Baynes e o armador Matthew Dellavedova marcaram 16 e 15 pontos, respectivamente, enquanto que o ala Joe Ingles contribuiu com dez pontos. Já o pivô Andrew Bogut voltou a mostrar sua versatilidade e deixou a quadra com seis pontos, sete rebotes e seis assistências.

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Números comprovam: A larga vitória australiana pode ser facilmente explicada pelo aproveitamento ofensivo das equipes. O time vencedor acertou 61% nas bolas de dois pontos, 40% nos tiros de 3 e 82% nos lances livres, enquanro que os europeus tiveram apenas 56% nos dois pontos, 27% nos arremessos de 3 e 33% nos lances livres.

Ainda sobre números: Para impôr seu estilo de jogo de transição, a Austrália emplacou uma ótima defesa e forçou os lituanos a 17 desperdícios de bola. Além disso, os representantes da Oceania distribuíram expressivas 30 assistências, contra apenas 14 dos rivais.

Bem abaixo: Em uma atuação completamente abaixo do que vinha apresentando, a Lituânia teve apenas dois com dígitos duplos na pontuação nesta quarta. Foram eles o armador Kalnietis e o pivô Kavaliauskas, com 12 pontos cada.

Começo imponente: A Austrália iniciou a partida abusando de seu estilo de jogo com muita velocidade e logo abriu vantagem. Com um ótimo aproveitamento nos tiros de três pontos – cinco acertos em dez tentativas –, os representantes da Oceania mantiveram regularidade ofensiva durante todo primeiro quarto e abriram nove pontos de frente (26 a 17).

Cenário parecido: Abusando dos erros – foram 13 desperdícios nos 20 minutos iniciais para os lituanos –, o time europeu não conseguiu equilibrar as ações no segundo quarto. Do outro lado, os australianos seguiram com ótimo aproveitamento nos arremessos e a diferença no placar dobrou para 18 pontos (48 a 30).

Comando dos armadores: Muito do ótimo primeiro tempo realizado pela Austrália pode ser atribuído ao grande desempenho de Mills e Dellavedova. Juntos, os dois jogadores marcaram 64% dos pontos da equipe na metade inicial do jogo, sendo 16 de Mills e 15 de Dellavedova.

Surra ainda maior: A pausa para o intervalo em nada alterou o roteiro da partida. No terceiro quarto, a Lituânia seguiu cometendo muitos erros, enquanto que a Austrália manteve o altíssimo aproveitamento nas finalizações. Desta maneira, o time do técnico Andrej Lemanis venceu a parcial por 22 a 13 e aumentou ainda mais sua vantagem (70 a 43).

Não teve jeito: Com a larga vantagem a seu favor, a Austrália apenas administrou o jogo durante o último quarto. Os lituanos até tentaram acelerar o ritmo, mas nada que pudesse alterar o desfecho do confronto e o largo triunfo dos australianos rumo às semifinais.

Com ótimas jogadas no garrafão, Aaron Baynes foi figura importante no triunfo australiano (FIBA/Divulgação)