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Mundial de Clubes

Que rufem os tambores!!

24-08-2015 | 04:32
Por Liga Nacional de Basquete

Com coletiva de imprensa no lendário E.C. Sírio, Copa Intercontinental 2015 tem seu primeiro evento oficial; competição terá SP como sede pela 5ª vez na história

A Copa Intercontinental 2015 teve sua primeira atividade oficial nesta segunda-feira (24/08). No Ginásio do Esporte Clube Sírio, em São Paulo (SP), foi realizada uma coletiva de imprensa com a presença alguns dos personagens que participarão da disputa pelo título mundial interclubes neste ano, entre Paschoalotto/Bauru e Real Madrid (ESP), atuais campeões das Américas e da Europa, respectivamente. As partidas acontecerão nos dias 25 e 27 de setembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP).

Depois de conquistar o inédito título da Liga das Américas, Bauru será a terceira equipe brasileira seguida a disputar o título mundial interclubes. Em 2013, na primeira edição da “Era Moderna” da Copa Intercontinental, o Pinheiros duelo com o Olympiacos, da Grécia, e ficou com o vice-campeonato. Já em 2014, o Flamengo levou a melhor sobre o Maccabi Tel-Aviv, de Israel, e se tornou o segundo time verde-amarelo a se sagrar campeão mundial.

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“É um prazer enorme para a FIBA estar aqui novamente. O Brasil foi mais uma vez campeão da Liga das Américas e hoje tem o melhor basquete do continente, sem dúvidas. Há sete oito anos, o Brasil tentava organizar seu basquete e, com o trabalho feito pela LNB (Liga Nacional de Basquete), conseguiu rapidamente ser soberano no continente”, disse o Sr. Alberto García, secretário-geral da FIBA Américas.

“Os números falam por si. O NBB está ativo há sete temporadas e o basquete brasileiro evoluiu demais desde então. Dos últimos seis campeonatos internacionais, o Brasil ganhou cinco e podemos dizer que dentro dessa história moderana a modalidade atravessa seu momento mais bonito. Reconquistamos o público e a credibilidade em tão pouco tempo e, com o apoio da CBB e também da FIBA, atravessamos um grande momento”, concordou João Fernando Rossi, vice-presidente da LNB e representante da entidade no basquete nacional.

A Copa Intercontinental terá o Brasil como sede pela terceira temporada seguida e o palco será o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP), local que tem uma ligação muito forte com a competição. Depois de realizar o torneio pela primeira vez em 1973, o Ibirapuera foi o lugar em que o Sírio se sagrou campeão mundial, em 1979, e colocou o Brasil no “topo do mundo da bola laranja” pela primeira vez na história.

“É uma competição única e o grande objetivo dos clubes ao redor do mundo. É um torneio que te credencia ao topo do mundo e tem grande importância no histórico do basquete internacional. Em 79, o Sírio subiu de patamar, e no ano passado aconteceu a mesma coisa com o Flamengo. Essa aproximação do basquete brasileiro com o que tem de melhor no mundo é muito importante e estamos em uma fase em que necessitamos disso”, disse o lendário técnico Cláudio Mortari, que comandou o Sírio na conquista em 1979 e que ainda tem mais cinco disputas da Copa Intercontinental em seu currículo – 1978 e 1981 também pelo Sírio, 1984 e 1985 pelo Corinthians e 2013 pelo Pinheiros.

Dois anos depois, em 1981, o ginásio na cidade de São Paulo voltou a sediar o torneio e, desta vez, o Real Madrid foi quem ficou com o troféu para estender sua soberania na competição. Com quatro taças, sendo a último delas conquistada na capital paulista, a equipe espanhola é a mais vitoriosa de toda a história da Copa Intercontinental. Além disso, o Ibirapuera também sediou a disputa pelo título mundial em 1984 e, na ocasião, o Banco di Roma, da Itália, se sagrou campeão.

“A Copa Intercontinental tem uma grande história. Agora, a competição está em uma nova era e o Brasil tem grande participação nisso. Não há nenhuma dúvida que as competições entre clubes são as mais importantes para o desenvolvimento de toda a modalidade e essa é a missão da Intercontinental. A competição já aconteceu quatro vezes em São Paulo e agora faremos pela quinta vez aqui no Ibirapuera, um dos palcos mais históricos deste torneio”, exaltou Alberto García.

Dono de um dos principais elencos do basquete nacional, Bauru manteve praticamente toda a base da temporada anterior e nomes como Alex, Ricardo Fischer, Robert Day, Hettsheimeir, Jefferson e Murilo seguem na equipe. Além disso, o time ainda acertou as contratações do jovem ala Léo Meindl, ex-Franca, e do armador Paulinho Boracini, que tem em seu currículo a disputa da Copa Intercontinental em 2013, pelo Pinheiros, seu ex-time.

“Já tive a oportunidade de enfrentar o Real Madrid, na época em que atuei pelo Maccabi, e venci as duas (risos). Sei o quanto o Real Madrid é grande, mas estamos nos preparando para não fugir das expectativas que temos. Temos um grupo muito forte e queremos agregar rapidamente os nossos reforços, o Léo e o Paulinho, para estarmos prontos para esses dois grandes jogos”, disse o capitão bauruense Alex Garcia.

Para um dos atletas do elenco bauruense, a Copa Intercontinental terá um gosto ainda mais especial. Dono de um extenso currículo no basquete espanhol – foram oito anos ao todo no país europeu -, o pivô Rafael Hettsheimeir defendeu as cores do Real Madrid na temporada 2012/2013 e participou da conquista da Liga Endesa (Campeonato Espanhol) e também do vice-campeonato europeu.

“O Real Madrid é uma equipe de uma grandeza mundial. Falando especificamente do time, eles têm qualidade em todas as posições. A base do time deles, que inclusive é a da época em que eu joguei lá, é praticamente a mesma há cinco anos, principalmente com Sergio LLull, Sergio Rodriguez, Rudy Fernandez e Felipe Reyes. Vai ser bom jogar contra eles”, disse Hettsheimeir.

“Eles ganharam tudo, não só a Euroliga. Eles foram campeões da Liga Endesa e também da Copa do Rei na última temporada. O Guerrinha já me perguntou sobre o times deles e posso passar alguns detalhes que podem nos ajudar na preparação”, completou o camisa 30 bauruense.

Enquanto Hettsheimeir jogará contra seu ex-clube, o técnico Guerrinha também viverá uma atmosfera diferente na Copa Intercontinental 2015. Dono de uma gloriosa carreira como jogador, o comandante bauruense disputará pela quarta vez a competição. Como atleta, o treinador atuou em três edições do torneio, em 1980 e 1981 com a camisa do Franca e também em 1984 vestindo as cores do Sírio.

“Nos dias de hoje é tudo muito diferente. As equipes se conhecem, mesmo sendo nunca terem se enfrentado, o que não acontecia na minha época de jogador. Mas diferenças à parte posso passar bastante da minha experiência aos atletas. Temos que respeitar o Real Madrid, mas ao mesmo tempo temos que saber das nossas qualidades. O foco e a concentração podem nos ajudar muito a conquistar este títuylo”, disse Guerrinha.

Participante do NBB desde a primeira edição, Bauru se firmou como uma grande potência do basquete nacional na última temporada. Além de conquistar seu segundo troféu seguido do Campeonato Paulista e ainda ficar com o vice-campeonato nacional, a equipe do interior paulista conquistou de maneira invicta os títulos da Liga Sul-Americana e da Liga das Américas, este que o credenciou para a disputa da Copa Intercontinental 2015. Agora, nesta temporada, a equipe disputará o título mundial e depois ainda participará da pré-temporada da NBA, com duelos contra New York Knicks, no dia 07/10, e Washington Wizards, quatro dias depois.

“Olhar para trás na história do Bauru é praticamente reviver esses sete anos de NBB. Nós estamos colhendo os frutos dessa nova organização dos clubes, que é a LNB. Não é por acaso que o Brasil vem ganhando as competições internacionais e Bauru vem de carona. Nossa equipe evoluiu bastante na parte organizacional, fora da quadra, e sempre fizemos um trabalho sério. Agora é um sonho poder jogar a Copa Intercontinental, no lendário Ginásioo do Ibirapuera, e ainda fazer parte da pré-temporada da NBA”, concluiu Guerrinha, único técnico a comandar a mesma equipe em todas as edições do NBB.