HOJE
Quebra-cabeçados quartos
Por Marcel Pedroza
Paulistano “rei” do primeiro tempo e Mogi “camaleão”: saiba como é o desempenho dos finalistas do NBB CAIXA quarto a quarto

Desempenho quarto a quarto de Paulistano e Mogi é bem diferente nos playoffs e na série final também (João Pires/LNB)
O placar é um só, e a divisão dos 40 minutos do jogo de basquete em quatro períodos deixa o jogo mais dinâmico, além é claro de dar um tempo maior de descanso aos atletas. Mas na prática é diferente e o desempenho num quarto pode ser decisivo para o resultado da partida.
Ninguém aqui está falando que quem vencer três quartos tem a garantia da vitória, mas sim que uma equipe pode ganhar determinado jogo graças ao desempenho em apenas um dos quatro períodos.
O maior exemplo vivo disso é o Golden State Warriors, que acumulas viradas e mais viradas no terceiro quarto. Tanto é que o desempenho dos atuais campões da NBA na volta do intervalo já virou algo místico e é talvez um dos assuntos mais falados dos playoffs da maior liga de basquete do mundo.
“Saldo” dos Warriors no terceiro quarto é assustador:
Warriors plus/minus by quarter this season (regular season and playoffs)
First quarter: -3
Second quarter: +130
Third quarter: +501
Fourth quarter: +6— Anthony Slater (@anthonyVslater) May 29, 2018
Mas e entre os finalistas do NBB CAIXA, como é o desempenho quarto a quarto? Do lado do Paulistano, uma coisa é clara: a equipe gosta de “matar” os jogos no primeiro tempo ou até o terceiro quarto. Durante a fase de classificação esta foi a tônica da equipe e raramente o time de Gustavo De Conti “precisou” do último quarto para vencer.

Nos playoffs, os números do Paulistano seguem bem parecidos e a equipe permaneceu com “sobras” no primeiro e segundo quartos. Já no terceiro período, o desempenho caiu, e a equipe tem saldo de apenas +3. Na parcial final, o número também é inferior ao desempenho conquistado na fase de classificação.
Durante sua campanha na fase de mata-mata, o Paulistano teve alguns “flashbacks” da fase de classificação e literalmente definiu partidas nos 20 minutos iniciais em todas as séries. No Jogo 4 das quartas, diante do Solar Cearense, a equipe venceu o primeiro tempo por 47 a 17 (28 a 9 no 2º quarto). Já no Jogo 3 da semi, diante do Bauru, o saldo foi de 22 pontos no primeiro quarto (30 a 8) e de 21 pontos no intervalo (49 a 28).
Já no Jogo 1 das Finais, o cenário foi bem parecido e a equipe venceu o primeiro quarto por 30 a 14. Em seguida, ainda aumentou a vantagem no período seguinte para chegar ao intervalo com 19 pontos de frente (52 a 33). Depois disso teve uma boa “gordura para queimar” e conseguiu controlar todas as tentativas de reação do Mogi no segundo tempo.

Do outro lado, Mogi tem desempenhos bem distintos “quarto a quarto” nas duas etapas do campeonato. Na fase de classificação, assim como o Paulistano, a equipe do Alto do Tietê teve um saldo extremamente positivo nos dois primeiros quartos. Só que nos dois períodos finais, o time teve saldo negativo.

Já nos playoffs, o quebra cabeça mogiano se inverteu. O saldo dos dois períodos iniciais é negativo e a equipe tem uma força maior na segunda metade da partida, especialmente no terceiro quarto, em que seu saldo é de +37.
Nas três vitórias na semifinal contra o Flamengo, Mogi foi sempre dominante no terceiro período. No Jogo 1, depois de chegar ao intervalo com apenas quatro pontos de frente, a equipe venceu a parcial por 20 a 13 e colocou sua vantagem em dígitos duplos. Já no Jogo 3, o time mogiano estava em desvantagem, mas foi arrasador na volta dos vestiários (26 a 14) e ganhou fôlego para administrar o placar nos dez minutos finais.

Agora falando especificamente dos três primeiros jogos das Finais uma coisa ficou clara: o primeiro quarto tem sido “decisivo” e quem venceu a parcial ficou com a vitória. Outro dado curioso das três partidas é o que segundo quarto é sempre o mais equilibrado – nos Jogos 2 e 3 a parcial teve empate.
+Histórias de sobrevivência: nunca uma série de Finais foi fechada na primeira chance
Também é notável que apenas Mogi fez mais de 30 pontos no terceiro quarto dos Jogos 2 e 3, tanto é que o saldo da equipe neste período nas três primeiras partidas é de +11. Já o Paulistano leva grande vantagem no primeiro quarto, com saldo de +14. Na segunda parcial, a diferença entre as equipes é de 3 pontos e na última é de 1 – ambas com vantagem do Paulistano no saldo.
Confira os placares quarto a quarto de cada jogo das Finais do NBB CAIXA:
– Jogo 1: Mogi 82 x 99 Paulistano
1º quarto: 14 x 30
2º quarto: 19 x 22
3º quarto: 32 x 24
4º quarto: 17 x 23
– Jogo 2: Paulistano 70 x 84 Mogi
1º quarto: 10 x 21
2º quarto: 17 x 17
3º quarto: 28 x 34
4º quarto: 15 x 12
– Jogo 3: Paulistano 88 x 84 Mogi
1º quarto: 21 x 12
2º quarto: 25 x 25
3º quarto: 21 x 18
4º quarto: 21 x 29
Diante destes números, uma coisa é certa: o início do Jogo 4 pode ser decisivo. Será que o Paulistano “mata” o jogo no primeiro tempo ou o Mogi leva o jogo equilibrado e dá o gás no terceiro quarto? Certamente esses são os cenários mais prováveis para o duelo deste sábado.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, LG, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.
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